Em Portugal diferença no emprego entre mães e pais é das menores da UE

Portugal tem o terceiro menor fosso entre a taxa de emprego das mulheres com filhos e a taxa de emprego dos homens com filhos, entre os países da União Europeia, indica o Eurostat.

Ter ou não ter filhos afeta de modo diferente o emprego entre as mulheres e entre os homens. Na União Europeia, em 2020, 90% dos homens com dependentes à sua conta estavam empregados, enquanto entre as mulheres essa taxa era de 72,2%, revela o Eurostat. Portugal destaca-se ao registar o terceiro menor fosso entre mães e pais, com uma diferença de 9,3 pontos percentuais entre as taxas de emprego dos homens com filhos e das mulheres com filhos.

De acordo com a nota divulgada esta segunda-feira, entre os homens com filhos a taxa de emprego tende a ser mais elevada do que entre os homens sem filhos (90% contra 80,9%). Já entre as mulheres, a dinâmica é a inversa: 76,8% das mulheres sem dependentes a seu cargo tinham emprego em 2020 enquanto entre as mulheres com filhos essa taxa era de 72,2%.

O Eurostat acrescenta que quanto maior o número de filhos menor tende a ser a taxa de emprego feminino. Assim, em 2020, mais de 70% das mulheres com até dois filhos estavam empregadas enquanto entre as mulheres com três ou mais dependentes essa taxa era de 59,1%. Essa tendência é especialmente expressiva entre as mulheres que têm níveis de educação mais baixos.

Já entre os homens, a maior taxa de emprego (92,4%) foi verificada entre aqueles que têm dois dependentes. Entre os que têm três ou mais filhos, a taxa era de 86,7%, ainda assim acima daquela dos que não têm filhos. No emprego masculino, a diferenciação por nível de educação não é tão expressiva como entre as mulheres.

A nota conhecida esta manhã indica também que os homens com filhos registaram taxas de emprego mais elevadas na República Checa (96,5%), Malta (95,7%), Eslovénia (95%), Suécia (93,9%), Holanda (93,7%) e Polónia (93,5%).

Por outro lado, as maiores taxas de emprego de mulheres com filhos foram registadas na Eslovénia (86,2%), Suécia (83,5%), Portugal (83%), Lituânia (82,6%), Dinamarca (82,2%), Holanda (80,7%) e Finlândia (80,3%). E as mais baixas foram verificadas em Itália (57,3%), Grécia (61,3%) e Espanha (66,2%).

Tudo somado, é a Lituânia a ocupar o lugar de país europeu com menor fosso no emprego entre mães e pais (6,8 pontos percentuais ou p.p.), seguindo-se a Eslovénia (8,8 p.p) e Portugal (9,3 p.p.). Por outro lado, e no que diz respeito aos cidadãos sem filhos, Portugal brilha ao registar a menor diferença na taxa de emprego entre homens e mulheres (0,1 p.p.), seguindo-se a Bélgica (0,8 p.p) e a Alemanha (um ponto percentual).

Itália e Grécia destacam-se como os países da União Europeia onde há uma maior diferença na taxa de emprego entre homens e mulheres, tanto entre os que têm filhos (um fosso de 28,9 p.p em Itália e 27,2 p.p. na Grécia) como entre os que não têm (12,6 p.p. em Itália e 11,8 p.p. na Grécia).

(Notícia atualizada às 11h38)

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