Wall Street em alta, mas caminha para pior semana em dois meses

O Dow Jones, o Nasdaq e o S&P 500 estão em alta, mas o saldo semanal deverá manter-se negativo, com Wall Street a registar a maior queda desde meados de junho.

Os principais índices norte-americanos estão a caminho da pior semana em dois meses. As preocupações dos investidores com a desaceleração da recuperação económica e, ao mesmo tempo, os sinais da Reserva Federal de que os estímulos vão começar a ser retirados em breve, levaram à queda dos ativos de maior risco como as ações nas últimas sessões, apesar de os índices continuarem perto de máximos históricos.

Porém, o arranque da sessão desta sexta-feira até está a ser positivo: o Dow Jones sobe 0,09% para os 34.925,36 pontos, o Nasdaq valoriza 0,34% para os 14.591 pontos e o S&P 500 avança 0,17% para os 4.413,07 pontos. Ainda assim, os três índices caminham para a sua maior queda semanal desde meio de junho, de acordo com os dados da Reuters.

Entre as cotadas em baixa estão as gigantes petrolíferas Chevron Corp e Exxon Mobil Corp, seguindo a queda da cotação do barril. O setor energético do S&P 500 acumula uma queda de 7,6% esta semana, a maior entre os 11 principais setores do índice.

As quedas são mais expressivas nas cotadas relacionadas com as viagens, nomeadamente as operadoras de cruzeiros que desvalorizam mais de 1%, assim como as companhias aéreas norte-americanas. Tal deve-se ao anúncio de vários países asiáticos sobre confinamentos mais drásticos e duradouros para combater a propagação da variante Delta.

Além das preocupações com a saúde da economia, os mercados estão também a reagir às minutas da última reunião da Fed onde ficou patente a expectativa de começar a reduzir em breve — ainda este ano — a compra de ativos no valor de 120 mil milhões de dólares mensais. Mais pormenores deverão chegar na próxima semana na conferência habitual da Fed em Jackson Hole.

A contrariar o sentimento negativo das bolsas estão as notícias positivas do mercado de trabalho norte-americano. O número de pedidos de subsídio de desemprego caiu na semana passada para um mínimo de 17 meses, apontando para mais um mês de crescimento do emprego, apesar da ameaça da variante Delta.

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho mostram ainda que o número de pessoas que está a receber apoio do seu Estado também desceu no início de agosto para o nível mais baixo desde março de 2020, altura em que marca o início da pandemia.

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