Wall Street recupera, mas saldo semanal é negativo

A sessão desta sexta-feira foi positiva para os principais índices norte-americanos, depois das quedas dos últimos dias. Porém, o saldo semanal foi negativo.

Wall Street acabou em tom positivo uma semana atribulada. A preocupação com a variante Delta, com a desaceleração da economia e com os sinais da Reserva Federal sobre a retirada dos estímulos levou a quedas expressivas durante a semana, mas a sessão desta sexta-feira foi a exceção. Ainda assim, o saldo semanal é negativo para os principais índices norte-americanos.

O Dow Jones valorizou 0,65% para os 35.120,08 pontos, o Nasdaq avançou 1,19% para os 14.714,66 pontos e o S&P 500 subiu 0,81% para os 4.441,67 pontos. No conjunto da semana, o Dow Jones perdeu 1,1% do seu valor, o Nasdaq contraiu 0,7% e o S&P 500 encolheu 0,6%.

Tanto o Dow Jones como o S&P 500 atingiram máximos históricos recentemente, beneficiando da época de resultados das cotadas: estima-se que 87,4% das cotadas do S&P 500 superaram as expectativas, de acordo com os dados da Refinitiv.

A subida das ações foi transversal a vários setores — com maior valorização no setor tecnológico — com os investidores a apagarem da memória, em grande parte, os receios que tinham marcado a negociação desta semana.

À Reuters, o analista da Inverness Counsel, Tim Ghriskey, considera que houve a “realização de mais-valias” desde o início da semana e agora os investidores voltaram para comprar as ações em desconto.

Além das preocupações com a saúde da economia, os mercados estiveram também a reagir às minutas da última reunião da Fed onde ficou patente a expectativa de começar a reduzir em breve — ainda este ano — a compra de ativos no valor de 120 mil milhões de dólares mensais. Mais pormenores deverão chegar na próxima semana na conferência habitual da Fed em Jackson Hole.

A contrariar o sentimento negativo das bolsas estiveram as notícias positivas do mercado de trabalho norte-americano. O número de pedidos de subsídio de desemprego caiu na semana passada para um mínimo de 17 meses, apontando para mais um mês de crescimento do emprego, apesar da ameaça da variante Delta.

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho mostraram ainda que o número de pessoas que está a receber apoio do seu Estado também desceu no início de agosto para o nível mais baixo desde março de 2020, altura que marca o início da pandemia.

Entre as cotadas, o destaque vai para as cotadas tecnológicas como a Microsoft, Cisco e Salesforce e ainda a Tesla. A fabricante de carros elétricos subiu 1% no seu dia de inteligência artificial em que apresentou um novo robô humanoide. Apesar disso, o saldo semanal da Tesla é negativo: perdeu cerca de 4% na sequência da abertura de uma investigação à sua tecnologia de piloto automático.

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