Doses de reforço contra a Covid “não são um luxo”, diz diretor da OMS para a Europa
O diretor da OMS para a Europa defende que dar uma terceira dose de reforço contra a Covid-19 é uma forma de manter as pessoas mais vulneráveis seguras e "não um luxo".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que dar uma terceira dose de reforço contra a Covid-19 é uma forma de manter as pessoas mais vulneráveis seguras e “não um luxo”. Ainda assim, a entidade liderada por Tedros Adhanom Ghebreyesus avisa que é necessário ter “cuidado”, dado que ainda não há evidências científicas suficientes sobre a sua necessidade.
“Uma terceira dose da vacina não é um reforço de luxo (isto é) retirado de alguém que ainda está à espera de receber a primeira dose. É basicamente uma maneira de manter os mais vulneráveis seguros”, disse Hans Kluge, diretor da agência para a Europa, em conferência de imprensa, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
Não obstante, o responsável aponta que é preciso ter “um pouco de cuidado com a injeção de reforço”, dado que “ainda não há evidências suficientes” sobre a sua necessidade. Ainda assim, Hans Kluge sublinha que há cada vez mais estudos a demonstrarem que “uma terceira dose mantém as pessoas vulneráveis seguras”, pelo que há cada vez mais países a optarem por darem um reforço da vacina.
Recorde-se que devido à maior transmissibilidade da variante Delta, dos EUA a Israel, há alguns países que estão a considerar ou já começaram a oferecer uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Em Portugal, a a DGS já admitiu que poderá ser disponibilizada uma terceira dose para pessoas vulneráveis.
Por fim, o responsável exortou os países com vacinas em excesso a partilhá-las com outros países da Europa Oriental e de África, onde a escassez de vacinas é um dos maiores entraves ao progresso das campanhas de vacinação.
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