Economia europeia trava em agosto, mas continua a crescer a um ritmo considerável
A economia europeia continua a crescer de forma significativa, ainda que tenha desacelerado em agosto. Irlanda e Itália são dos países que mais crescem.
Mais suave, mas ainda assim uma expansão “acentuada”. É assim que a consultora IHS Markit descreve a evolução da economia europeia em agosto através do seu indicador compósito divulgado esta sexta-feira. O PMI situou-se nos 59 pontos no mês passado, ligeiramente abaixo dos 60,2 pontos de julho, mas ainda assim significativamente em crescimento (valores superiores a 50 indicam expansão).
Em julho, o PMI atingiu um máximo de 15 anos, pelo que era esperado um abrandamento. De acordo com a IHS Markit, o crescimento do emprego continuou a um dos maiores ritmos das últimas duas décadas, fruto do aumento da capacidade das empresas face à forte procura por bens e serviços. Ainda assim, a indústria continua a recuperar mais do que o setor dos serviços.
“Foi mais um resultado sólido para a economia da Zona Euro em agosto, de acordo com os números do PMI, os quais continuam a apontar para ritmos rápidos de expansão do PIB e da procura“, escreve o economista-chefe da IHS Markit, Joe Hayes, assinalando que a melhoria do mercado de trabalho também irá “encorajar” este crescimento baseado na procura interna nos próximos meses.
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Por países, o destaque vai para Itália que registou o maior crescimento económico dos últimos 15 anos. A Irlanda foi o país que mais cresceu, seguido de Espanha e Alemanha. Entre as principais economias europeias, França é o país que menos cresce.
Joe Hayes antecipa que a dinâmica do crescimento da Zona Euro “irá naturalmente perder algum ímpeto” à medida que passa o boom provocado pela redução das restrições. Mas há mais fatores a ter em conta, nomeadamente a variante Delta, a falta de materiais em algumas partes da economia, as dificuldades no transporte e o aumento generalizado dos custos para as empresas.
Independentemente desses efeitos, a IHS Markit espera que haja mais um “forte crescimento em cadeia” do PIB no terceiro trimestre, face ao segundo trimestre. Assim, “estamos certamente no caminho certo para que a economia da Zona Euro esteja de volta ao nível pré-pandemia até ao final do ano, senão mesmo antes“, conclui Joe Hayes.
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