Lisboa e Porto são os melhores municípios para viver, visitar e fazer negócios

  • Lusa
  • 14 Setembro 2021

Os cinco melhores concelhos para viver são Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Viseu, segundo um estudo da Bloom Consulting.

Lisboa e Porto são os melhores municípios para viver, para visitar e para fazer negócios, segundo a sétima edição do ranking elaborado pela consultora Bloom Consulting, divulgada esta terça-feira.

A consultora elabora anualmente este Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking, um estudo sem “qualquer variável qualitativa ou de opinião”, baseando-se “exclusivamente” em dados quantitativos (estatísticas oficiais, pesquisas ‘online’, ‘performance’ de páginas na Internet e redes sociais das autarquias) “que classificam o desempenho das marcas dos 308 municípios portugueses”.

Um algoritmo gera um ranking geral que resulta da ponderação de outros três rankings, que hierarquizam os concelhos em três dimensões: viver, visitar e negócios (atração de investimento).

Lisboa e Porto lideram o ranking geral deste ano e também os outros três no estudo divulgado esta terça-feira pela Bloom Consulting. Na análise dos melhores concelhos para viver, no top 5 estão, além de Lisboa e Porto, Coimbra, Braga e Viseu. No turismo, os concelhos com melhor classificação são Lisboa, Porto, Funchal, Cascais e Portimão. Nos negócios, Cascais, Vila Nova de Gaia e Coimbra seguem-se a Lisboa e Porto. No ranking geral que leva em consideração todas estas vertentes estão Lisboa, Porto, Cascais, Braga e Coimbra, o mesmo top 5 do estudo anterior, publicado em 2019.

“No ano de 2020 [devido à pandemia da covid-19] optámos por não fazer lançamento da VI edição devido à volatilidade dos dados e das circunstâncias”, escreveu o diretor-geral da Bloom Consulting, Filipe Roquette, no documento divulgado esta terça-feira.

O relatório do estudo deste ano tem três destaques, todos relacionados com a pandemia: o município da Lousã, a região do Alentejo e o tema da habitação.

“A Lousã é um dos municípios que mais se destaca positivamente face a 2019, sendo que o interesse proativo para este município tem especial incidência em tópicos como Praias (+121%), Atrações turísticas (+114%) e Maravilhas naturais (+173%). A procura por estes três temas da dimensão turismo está em linha com a subida a nível nacional das procuras por ‘Turismo rural e sustentável’ que no último ano subiram também 59%”, lê-se no documento.

Já o Alentejo, “foi a única região de Portugal a apresentar um volume de interesse proativo superior ao ano anterior”, o que a consultora diz poder justificar-se por a Covid-19 ter levado “muitas pessoas a querer afastar-se de meios urbanos”.

Por fim, o estudo registou “um abrandamento claro na procura por temas mais ligados ao turismo” e “a procura por habitação e outros temas ligados à qualidade de vida passou a ter uma preponderância muito especial nesta edição”, sendo que a pandemia “ajudou a trazer mais relevância aos fatores sociais que muitas vezes apareciam num segundo plano”.

Este ano, a consultora fez um estudo específico sobre o impacto da Covid-19 “na atração de turismo, investimento e talento” pelos municípios, juntando à análise das diversas variáveis do Consulting Portugal City Brand Ranking inquéritos “a mais de 1.000 perfis-chave” nos 18 distritos nacionais.

“É essencial ter em consideração que o futuro não será uma cópia do passado pré-pandemia e que os seus efeitos serão sentidos não só nas indústrias, mas também na personalidade dos públicos-alvo”, lê-se no estudo.

Segundo a consultora, “para além da gestão da pandemia, os munícipes de norte a sul do país mostram uma voz uníssona em relação às novas prioridades [que não eram tão relevantes antes do aparecimento da covid-19] que gostariam de ver implementadas nos seus municípios” e “a primeira prende-se com o acesso a cuidados de saúde de qualidade nos seus municípios, seguindo-se a implementação de programas de segurança e higiene nas escolas e nos postos de trabalho e não massificação dos espaços públicos”.

O estudo concluiu que surgiu uma nova tendência de “êxodo urbano”, com cerca de 73% dos inquiridos a revelarem ainda a vontade de não regressar a um modo de trabalho 100% presencial, e que 75% disse que pretende viajar exclusivamente para destinos nacionais nas próximas férias.

Por outro lado, o estudo revelou que a perceção da população em relação à gestão da crise pandémica terá influência na opção de voto da maioria daqueles que pretendem participar nas eleições autárquicas de 26 de setembro.

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