Costa admite “tristeza particular” com perda de Lisboa

Apesar da derrota em Lisboa que “penaliza qualquer partido”, o secretário-geral do PS reclama o maior número de mandatos autárquicos no país e rejeita a tese de um cartão amarelo mostrado ao Governo.

O secretário-geral do PS reconheceu este domingo, quando já se desenhava a derrota de Fernando Medina, que a derrota em Lisboa “penaliza qualquer partido”. Confessando “muito orgulho [por] em 2007 ter reconquistado a Câmara” para o partido, confessou “uma tristeza particular” pela derrota para a coligação de direita.

Ainda assim, António Costa lembrou que “o país não é só Lisboa”. “O PS não perde as eleições nacionais porque perde Coimbra, nem ganha as eleições nacionais porque ganhou Espinho ao PSD. O que interessa é o conjunto do resultado nacional”, insistiu António Costa.

Na contabilização feita pelo líder socialista — e numa altura em que faltavam ainda os resultados oficiais em algumas localidades –, reclamou o título de maior partido autárquico. Soma assim a terceira vitória consecutiva (quer em número de câmaras, quer de freguesias), o que acontece apenas pela segunda vez na história. A primeira tinha sido no ciclo 1989, 1993 e 1997, igualmente protagonizada pelo PS.

Entre “vitórias inesperadas e derrotas com as quais não [contava]”, António Costa agradeceu ainda aos portugueses “a confiança demonstrada no PS”. Mesmo salvaguardando que a leitura nacional deve ser feita com “cautela”, salientou que “a verdade é que depois de seis anos de governação e de um ano e meio tão difícil com uma grave crise económica, os portugueses renovaram a sua confiança no PS, atribuindo-lhe uma nova vitória eleitoral”.

“Podem contar com o PS para estar 200% empenhado para manter o rumo certo e garantir o futuro”, prometeu o secretário-geral socialista. Já com as negociações do Orçamento do Estado para 2022 no horizonte, o líder socialista fez mesmo questão de não beliscar os resultados eleitorais dos comunistas, de quem precisam para aprovar o diploma orçamental.

“Nem o PCP nem o PS confundem, de forma alguma, o processo das eleições autárquicas, que têm uma dinâmica própria, com a responsabilidade que temos de assegurar a estabilidade política, a continuidade da viragem política iniciada em 2015 e que o país manifestamente tem vontade de continuar. Não creio que haja qualquer perturbação das negociações”, resumiu o chefe do Executivo.

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