89% dos portugueses estão disponíveis para trabalhar a partir de outro município

É no Porto que esta tendência é mais sentida, com 91% dos portugueses que residem e trabalham no Porto a mostrarem disponibilidade para trabalhar remotamente a partir de outro município.

Uns mais, outros menos, mas a grande maioria dos portugueses afirma que a pandemia mudou a forma como encaram o trabalho e como vivem as suas vidas. Em Portugal, 89% dos profissionais mostram-se disponíveis para trabalhar remotamente a partir de um município diferente daquele em que vivem agora, caso a oportunidade surgisse e encontrassem as condições ideias nesse local.

“Estes dados são reveladores dos efeitos da pandemia no estilo de vida e na forma como os portugueses olham para a sua atividade profissional, uma visão que não se limita a um pequeno ajuste conforme as regras, restrições e necessidade de adaptabilidade em certos momentos desta situação em que vivemos, mas sim a uma profunda mudança que influenciará as decisões de onde viver, onde trabalhar e, acima de tudo, a exigências aos executivos locais para que os locais onde vivem e trabalham correspondam às novas expectativas”, comenta Filipe Roquete, diretor-geral da Bloom Consulting Portugal, citado em comunicado.

Esta é, de facto, uma das principais conclusões dos estudos da empresa, que envolveram mais de mil inquéritos a profissionais dos 18 distritos portugueses, com o objetivo de entender a dimensão e os contornos destes impactos. De acordo com os dados da Bloom Consulting, é no Porto que esta tendência é mais sentida: 91% dos portugueses que residem e trabalham no Porto mostram disponibilidade para trabalhar remotamente a partir de outro município.

One size doesn’t fit all

Já no que toca ao modelo de trabalho esperado pelos profissionais portugueses, o trabalho híbrido parece ser a solução que junta mais adeptos, sobretudo entre os grupos etários mais jovens, entre os 18 e 24 anos, entre os 25 e 34 anos e entre os 35 e 44 anos. As gerações acima dos 45 mostram-se, por sua vez, mais resistentes a esta tendência laboral.

Apesar das diferenças entre escalões etários, 73% dos portugueses afirmam que não querem voltar a ter um trabalho 100% presencial. No entanto, os moldes variam: 42% gostaria de ver implementado um sistema híbrido na sua empresa, combinando escritório e trabalho remoto; e 27% afirma que gostaria de trabalhar de forma 100% remota.

Mas há também quem deseje voltar a trabalhar no seu escritório a tempo inteiro, é o caso de 31% dos cidadãos portugueses, o que demonstra, uma vez mais, que a ideia de “one-size-fits-all” não poderia estar mais ultrapassada.

“Poder-se-á dizer que há também uma grande vontade para que se mude o paradigma, com apenas 23% a afirmar que gostaria que o seu local de trabalho voltasse exatamente ao que era antes do período da pandemia”, detalha a empresa sobre os resultados dos inquéritos.

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