Teletrabalho, escritório e “satelite hubs”. Espaços flexíveis ganham força

Localizados nas zonas periféricas dos grandes centros, os "escritórios-satélite" atuam como um suplemento temporário ou permanente ao portefólio das empresas.

No debate sobre a preferência entre escritórios e teletrabalho, existe uma terceira via que está a ganhar cada vez mais ímpeto: os espaços de trabalho flexíveis, como cafés, hotéis, centros de negócios, bibliotecas públicas ou até “escritórios satélite”. Em Portugal, a procura por espaços flexíveis será uma “tendência que irá continuar em crescimento”, segundo o inquérito “Savills Office Fit”, no mercado EMEA.

“Os satelite hubs que vemos nascer, sobretudo nas zonas periféricas dos grandes centros, proporcionam um espaço flexível que serve as necessidades de colaboração remota dos colaboradores das empresas, muitas vezes em modelo coworking, que atuam como um suplemento temporário ou permanente ao portefólio das empresas”, adianta Leonor Botelho, associate architect da Savills Portugal, em comunicado.

No fundo, trata-se de espaços fora de casa e do local habitual de trabalho, por norma mais perto das residências dos trabalhadores, que permitem beneficiar de deslocações de mais curta duração, também apelidados de “terceiro espaço”.

 

Apesar de a maioria dos profissionais querer manter a opção de trabalho remoto, em Portugal, 87% do profissionais consideram também a manutenção do escritório da empresa necessária para o bom funcionamento da organização, revelam os dados do inquérito “Savills Office Fit”, no mercado EMEA. No entanto, os moldes mudam. Já não se trata de trabalhar apenas no escritório, há outros modelos que oferecem maior flexibilidade e que também não se limitam à dicotomia casa/escritório.

“A razão de retornar ao escritório continua a ser a mesma de sempre: reunir pessoas em torno de um objetivo comum, em que a colaboração, o talento e o bem-estar devem estar no centro da estratégia empresarial. Assim, torna-se essencial implementar espaços de trabalho menos densos e que permitam melhorar, em vez de dificultar, a flexibilidade e a experiência do utilizador”, continua Leonor Botelho, acrescentando que a procura por estes espaços é cada vez maior.

Torna-se essencial implementar espaços de trabalho menos densos e que permitam melhorar, em vez de dificultar, a flexibilidade e a experiência do utilizador.

Leonor Botelho

Associate architect da Savills Portugal

À semelhança do que se tem vindo a verificar noutros mercados europeus, em Portugal, a procura por espaços flexíveis será uma “tendência que irá continuar em crescimento”, como consequência do contexto pandémico que conduziu ocupantes a uma análise profunda dos seus modelos organizacionais, com implicações diretas na reorganização dos postos de trabalho.

Apenas 19% dos inquiridos em território nacional não acederiam a estes “escritórios-satélite” fora dos centros urbanos, ou a centros de coworking mais perto do local de residência. “O tempo de deslocação entre a casa e o escritório tem um peso considerável na experiência de trabalho, sendo importante que os escritórios estejam fixados em localizações com uma robusta oferta de transportes públicos, bem como uma rede de serviços e comércio”, detalha a empresa.

Conheça os resultados obtidos nos vários indicadores avaliados pela Savills:

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