Credit Suisse soma mais de 2 mil milhões de prejuízos no quarto trimestre

Os resultados foram penalizados pela perdas que o banco teve de incorporar relacionadas com a negociação de ativos imobiliários durante a crise financeira de 2008 nos EUA.

As despesas com litígios atiraram ao tapete os resultados do Credit Suisse. O banco suíço acumulou no último trimestre de 2016 um prejuízo de 2,35 mil milhões de francos suíços (2,205 mil milhões de euros), depois de este ter aceitado pagar para fechar a investigação de que estava a ser alvo nos EUA relacionada com a venda de ativos imobiliários durante a crise financeira de 2008.

Tratou-se do segundo ano consecutivo em que o Credit Suisse registou uma perda, tendo superado os 2,07 mil milhões de francos suíços (1,942 mil milhões de euros) de prejuízos antecipados pelos analistas sondados pela Bloomberg. O banco colocou de parte 2,17 mil milhões de francos (2,036 mil milhões de euros) para fazer face a provisões legais, incluindo 5,3 mil milhões de francos (4,972 mil milhões de euros) que fazem parte do acordo definido com o Departamento de Justiça norte-americano, afirmou o Credit Suisse em comunicado.

O último ano “foi o primeiro ano completo de implementação da nossa nova estratégia e foram uns desafiantes e ocupados 12 meses”, disse o CEO do banco, Tidjane Thiam na mesma declaração. “Graças à nossa forte rede de clientes e à dedicação das nossas equipas, também fizemos bons progressos nos nossos objetivos chave” complementou.

Após um primeiro ano dedicado à redução da divisão de trading, o CEO do Credit Suisse está a apostar na travagem de custos em outras áreas ao mesmo tempo que prepara a alienação de partes do seu negócio.

Se por um lado o acordo celebrado nos EUA resolve uma componente de forte incerteza para o banco sedeado em Zurique, representou um forte dano nos seus rácios de capital. O Credit Suisse reportou um rácio common equity Tier 1, um indicador de resistência financeira, de 11,6% no final de dezembro, abaixo dos 12% que tinha no final de setembro. O objetivo do banco passa por colocar esse rácio nos 13% no final de 2018.

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