Não basta “ligar para uma linha para se ter acesso a fundos europeus”, atira Marcelo

O Presidente da República chama a atenção para o planeamento e distribuição dos fundos europeus, reiterando que é necessário ter rigor.

À medida que o processo para aplicar o dinheiro da chamada bazuca europeia vai avançando, o Presidente da República deixa alguns recados, nomeadamente sobre o planeamento e a distribuição dos fundos. Não basta “ligar para uma linha para se ter acesso a fundos europeus”, reitera Marcelo Rebelo de Sousa, sinalizando que o rigor deve prevalecer sobre o “discurso eleitoral”.

“Temos de ultrapassar uma visão de que basta ligar para uma linha para se ter acesso a fundos europeus”, de que “há fundos para todos a qualquer hora do dia, a qualquer dia do ano: isto não existe e é bom que saibamos que não existe nem vai existir“, sublinha o Presidente, num discurso numa conferência sobre fundos europeus, transmitido pela RTP3.

Marcelo aponta ainda que “é bom que o discurso do rigor prevaleça sempre sobre discurso eleitoral”, isto depois de umas autárquicas em que o primeiro-ministro foi bastante criticado pela oposição por fazer vários anúncios e discursos sobre a bazuca durante a campanha. “Não há fundos para todos”, diz, mas estes estão “ao serviço de todos”, e de uma estratégia.

Os avisos de Marcelo passaram também pelo planeamento, com o Presidente a apontar que aqueles que planeiam e projetam a aplicação dos fundos “têm que estar todos os dias em contacto com a realidade, com os pés no chão”, nomeadamente pelo prazo apertado durante o qual é necessário executar estas verbas.

Para além disso, o Presidente defende que é necessário ter “rigor orçamental”, mas sem uma obsessão financista, salientando que tem de “haver a noção exata do que significam esses fundos e o esforço, rigor, transparência e abertura com que devem ser utilizados”.

Marcelo deixou ainda uma palavra aos autarcas, indicando que “executar o PRR como se se estivesse a executar um mecanismo financeiro plurianual, partindo do princípio de que os autarcas são elementos passivos da equação, é fracassar na execução dos fundos europeus”.

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