CGD: Comissão adia audição de Nogueira Leite

  • Rita Atalaia
  • 15 Fevereiro 2017

Hoje seria a vez de Nogueira Leite ser ouvido na comissão de inquérito à gestão da CGD. Mas a audição foi adiada. Isto depois de a esquerda ter travado a divulgação dos emails de António Domingues.

Hoje seria a vez de António Nogueira Leite, ex-vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão do banco público. Mas a audição foi adiada. Isto depois de a esquerda ter decidido travar a divulgação da correspondência que António Domingues enviou para a CPI, dizendo que os emails e SMS trocados entre o Ministério das Finanças e o presidente demissionário da CGD “estão fora do âmbito da comissão”.

No site do Parlamento, a audição de António Nogueira Leite na CPI deu hoje lugar a um “ponto de situação dos trabalhos”. O ECO sabe que a audição do ex-vice-presidente da CGD foi adiada depois de o PS, PCP e Bloco de Esquerda terem travado a divulgação da documentação que António Domingues enviou para a comissão. Porquê? Por estarem “fora do âmbito da comissão”. Isto é válido tanto para os emails como para as mensagens de telemóvel trocadas entre o presidente demissionário do banco do Estado e Mário Centeno.

Por isso, hoje os deputados reúnem-se para decidirem os próximos passos, numa comissão que, segundo decisão da esquerda, iria ouvir apenas mais quatro responsáveis: os representantes do Tribunal de Contas e da Inspeção-Geral das Finanças — o que já aconteceu — Nogueira Leite e Álvaro Nascimento. Esta última decorrerá amanhã, por volta das 18h.

O PSD e o CDS ainda têm a possibilidade de exercer os direitos potestativos de chamar mais dez pessoas. O PSD tem oito e o CDS dois, que são Armando Vara e Mário Centeno.

A polémica à volta da entrega das declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional por parte da anterior administração regressou na quarta-feira passada quando o ECO divulgou o conteúdo da correspondência entre António Domingues e Mário Centeno. E isso motivou o ministro das Finanças a defender-se, dizendo que houve um “erro de perceção mútuo”.

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