Poiares Maduro e Fernando Alexandre lideram equipa de Rangel
Miguel Poiares Maduro vai coordenar as bases do programa eleitoral da candidatura de Paulo Rangel. Já o professor e economista Fernando Alexandre ficará responsável pela área económica do programa.
Miguel Poiares Maduro, professor universitário e ex-ministro do governo de Passos Coelho, vai ser o coordenador das bases do programa eleitoral da candidatura de Paulo Rangel, anunciou esta quinta-feira o eurodeputado do PSD, que também apontou o professor e economista Fernando Alexandre como o responsável pela área económica do programa eleitoral.
Nas palavras de Paulo Rangel, estas são “grandes notícias para o PSD e para o país”. O candidato a líder social-democrata disse ser “importante” que cada uma das candidaturas à liderança do partido prepare já as bases do programa eleitoral para as eleições legislativas antecipadas, decorrentes da dissolução da Assembleia da República que se espera que Marcelo Rebelo de Sousa anuncie nos próximos dias.
Em conferência de imprensa transmitida pela SIC Notícias, Rangel sublinhou que a marcação das diretas do PSD para 4 de dezembro é “perfeitamente compatível” com a marcação de eleições legislativas nos primeiros meses de 2022. Garantirá “que o novo líder do partido, qualquer que ele seja, vai defrontar as eleições gerais com uma legitimidade forte, reforçada, em 2022 […] porque teve o voto dos seus militantes”, considerou.
Já a data prevista de 14, 15 e 16 de janeiro para o congresso de tomada de posse formal dos órgãos do PSD não é vista com bons olhos pelo candidato que defrontará Rui Rio. Tendo em conta que, nesse congresso, serão eleitos os restantes órgãos do partido, Rangel considera que quer a primeira, quer a segunda semana de janeiro, afigura-se um prazo “demasiado tardio” para um prazo “racional, razoável e rápido” das legislativas.
É com vista à antecipação desse congresso que quer convocar um Conselho Nacional extraordinário do PSD, tendo já recolhido as assinaturas necessárias para o efeito. “Dou todo o meu apoio à iniciativa de mais de seis dezenas de conselheiros nacionais que requerem a convocação do Conselho Nacional extraordinário de modo a antecipar o congresso para os dias 17, 18 e 19 de dezembro“, afirmou. Para o eurodeputado, trata-se de uma “antecipação perfeitamente possível e normal”, que “serve de modo idêntico as duas candidaturas” à liderança do PSD – a sua e a do atual líder, Rui Rio.
Nesse sentido, Rangel propõe o “final de fevereiro”, mais propriamente os dias 20 ou 27 de fevereiro, como data da realização das legislativas. Permitirá, na sua opinião, “a estabilização dos órgãos dos vários partidos que têm congressos e eleições no final do ano de 2021”, como é o caso do CDS e do CHEGA!, “uma preparação cuidada das listas de deputados” e “minimizar os riscos de pandemia e do inverno em tempos de campanha”.
Na conferência de imprensa, o candidato à liderança do PSD considerou ainda que o PS “não tem, nem terá mais condições para governar Portugal nos próximos anos”. Por isso, considera que “todo e cada voto no PS [nas legislativas antecipadas] será um voto inútil”. E justifica: “Inútil porque já não se pode chamar à esquerda, inútil porque o PSD como única alternativa viável, credível, reformista, referente de estabilidade, recusará sempre o recurso à solução perniciosa do bloco central”.
Deste modo, Paulo Rangel assumiu que, se vencer as diretas do PSD em 4 de dezembro, tornando-se líder e candidato do partido às legislativas, não dará a mão aos socialistas para fazer renascer um “bloco central de partidos e interesses”. “Se eu for líder do PSD, recusaremos sempre essa solução má para a democracia, essa solução sempre coxa que é o bloco central”, asseverou.
Poiares Maduro suspende comentário na RTP. Exclui “forças políticas radicais”
Miguel Poiares Maduro anunciou na sua conta de Twitter que irá suspender o seu comentário na RTP: “Decidi (em acordo com a RTP) suspender o meu papel como comentador até às eleições do PSD. Isto deve-se a ter tomado partido por um dos candidatos e não ser correto (na ausência de contraditório) comentar nesse espaço essas eleições“, escreveu o ex-ministro de Passos Coelho na rede social.
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Além disso, o coordenador do programa de Paulo Rangel escreve que há uma “escolha fundamental” a fazer no futuro entre o PSD e o PS. No caso de os social-democratas virem a ser liderados por Rangel, Poiares Maduro promete um “projeto politico moderado e reformista – que exclui forças políticas radicais -” e uma reforma da “cultura política e a qualidade das nossas instituições”.
(Notícia atualizada às 21h38 com mais informação)
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