“Não é minimamente aceitável” que Presidente receba Rangel para tratar de prazos eleitorais, diz Rio
“Se assim foi, peço desculpa, tenho o máximo respeito pela figura do Presidente da República, pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa, mas tenho de discordar frontalmente”, disse Rui Rio.
O presidente do PSD disse esta quarta-feira considerar “muito estranho” que o Presidente da República tenha recebido um candidato partidário e que, se o encontro serviu para falar de prazos eleitorais, discorda e “não é minimamente aceitável”.
Em declarações aos jornalistas à chegada ao Parlamento para o segundo e último dia de debate do Orçamento do Estado na generalidade, Rui Rio foi novamente questionado pelos jornalistas sobre a audiência concedida por Marcelo Rebelo de Sousa a Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, que foi divulgada na quarta-feira na página oficial de Belém.
“Obviamente que acho muito estranho que o Presidente da República receba um putativo candidato à liderança de um partido. Se for verdade o que vem nos jornais, que ainda por cima o que lá foram tratar foi a data das legislativas e tendo em vista a data das diretas do PSD, significa que vamos condicionar o país às diretas do PSD”, criticou.
Rio salientou que nem sequer os partidos foram ainda ouvidos sobre eventuais prazos para as legislativas antecipadas, caso se confirme o chumbo do Orçamento do Estado esta quarta-feira à tarde.
“Se assim foi, peço desculpa, tenho o máximo respeito pela figura do Presidente da República, pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa, mas tenho de discordar frontalmente”, disse.
E acrescentou: “Não é minimamente aceitável num país qualquer, neste caso um país europeu, que um chefe de Estado receba e possa combinar uma coisa com um líder da oposição”, disse, acrescentando rapidamente “líder da oposição interna”.
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