Portugal capta quase sete milhões de euros em financiamento europeu para novas tecnologias
Do conjunto de 56 projetos financiados pelo Conselho Europeu de Inovação, 10 têm participação portuguesa em consórcios internacionais e três são liderados por instituições nacionais.
Portugal captou quase sete milhões de euros do Conselho Europeu de Inovação por 13 projetos em novas tecnologias, três dos quais coordenados por equipas nacionais nas áreas da saúde e energia, anunciou esta terça-feira a Agência Nacional de Inovação (ANI).
O financiamento é atribuído no âmbito do Programa Pathfinder Open, que premeia tecnologias e avanços científicos inovadores, com Portugal a captar 4% do total do orçamento de 174 milhões de euros.
Do conjunto de 56 projetos financiados, 10 têm participação portuguesa em consórcios internacionais e três são liderados por instituições nacionais.
Portugal foi o terceiro país europeu “com maior taxa de financiamento”, segundo a presidente da ANI, Joana Mendonça, citada em comunicado pela instituição.
De acordo com Joana Mendonça, Portugal conseguiu uma taxa de sucesso de financiamento de 8%, superando a taxa média europeia de 6%.
O comunicado da ANI destaca os três projetos coordenados por equipas portuguesas sem divulgar o montante do apoio financeiro concedido.
O i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto foi “premiado” por um projeto que pretende desenvolver o primeiro protótipo de dispositivo médico apoiado por inteligência artificial para antecipar convulsões e administrar automaticamente medicamentos, prevenindo a morte súbita de doentes epiléticos.
A Associação para a Inovação e Desenvolvimento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa propõe-se desenvolver “tecnologias inovadoras de aproveitamento da humidade atmosférica para conversão direta em eletricidade”, para se obter “uma nova fonte sustentável de energia renovável”.
A Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento será financiada pelo desenvolvimento de um microscópio de raios-X de imagem de vírus em nanoescala.
“A caracterização das estruturas virais e a identificação das proteínas-chave envolvidas em cada etapa do ciclo de infeção são fundamentais para o desenvolvimento de tratamentos. No entanto, as imagens de vírus individuais só podem ser realizadas em alguns centros especializados na Europa, embora todos os hospitais possam beneficiar disso”, descreve a súmula do projeto.
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