Governo reforça apelo à vacinação e não descarta confinamento
"A nossa primeira preocupação é exatamente esta: vacinar, vacinar, vacinar", sublinhou Lacerda Sales, referindo que, face ao aumento de infeções, todos os cenários estão em aberto.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde reforçou, este sábado, o apelo à vacinação dos idosos e assegurou que “todos os cenários estarão sempre aberto” quanto à necessidade de medidas para responder ao aumento de casos de Covid-19.
“A nossa primeira preocupação é exatamente esta: vacinar, vacinar, vacinar, porque percebemos que é muito importante que as faixas mais vulneráveis da nossa população possam ser o mais rapidamente possível vacinadas, precisamente pelo aumento de casos que verificamos na Europa, em toda a Europa, portanto temos que defender a nossa população, temos que defender o nosso país”, afirmou António Lacerda Sales.
No âmbito de uma visita ao centro de vacinação de Odivelas, instalado no Pavilhão Multiusos deste concelho do distrito de Lisboa, pelas 12h00, acompanhado da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, do coordenador do núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a Covid-19, coronel Carlos Penha-Gonçalves, e do presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS), o secretário de Estado Adjunto e da Saúde revelou que este sábado, em pouco mais de duas horas, já foram administradas em todo o país 12 mil vacinas contra a Covid-19 e 17 mil vacinas contra a gripe.
Questionado sobre a necessidade de medidas, inclusive controlo de fronteiras no Natal, para responder ao aumento de casos de Covid-19 em Portugal, nomeadamente a previsão de o país ultrapassar dentro de 15 a 30 dias os 240 casos de infeção a 14 dias por 100 mil habitantes, Lacerda Sales respondeu: “o que é preciso é irmos fazendo uma avaliação e uma ponderação em função da evolução epidemiológica, eu acho que isso é que é muito importante e abrir sempre todos os cenários em função dessa evolução”.
“É termos vários cenários em função daquilo que é a nossa evolução epidemiológica, porque nós não somos uma ilha, sabemos que os casos estão a crescer na Europa, portanto não sendo nós uma ilha e tendo obviamente conexões com outros países, temos que nos defender obviamente e, por isso, todos os cenários estarão sempre aberto, mas também sempre monitorizados por aquilo que são os indicadores da evolução epidemiológica”, reiterou o governante.
Sobre a possibilidade de regresso a medidas restritivas, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde frisou “todos os cenários são mesmo todos os cenários”, referindo que, neste momento, existem países na Europa que estão recuar e a voltar a outras restrições. “Nós, neste momento, como é sabido, ainda temos uma evolução moderada de casos, estamos com cerca de 135 casos por 100 mil habitantes a 14 dias e com um índice de transmissão que anda em 1,15”, indicou.
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