Preço do gás natural já faliu 21 fornecedores no Reino Unido

  • ECO
  • 16 Novembro 2021

A Neon Reef e a Social Energy Supply são as duas últimas empresas de energia britânicas a fechar portas. Mais de dois milhões de clientes já ficaram sem fornecedor desde o início de setembro.

Acaba de subir para 21 o número de empresas de energia no Reino Unido que entraram em situação de falência, apenas desde o início de setembro, por causa do aumento dos preços do gás natural.

A Neon Reef, que servia 30 mil clientes domésticos, e a Social Energy Supply, que abastecia 5.500 famílias, são as últimas duas fornecedoras a abandonar o mercado, anunciou esta terça-feira o regulador britânico (Ofgem).

De acordo com a Sky News, mais de dois milhões de clientes já foram afetados por estes encerramentos, impulsionados pelo recorde de preços que têm sido registados no mercado do gás. Sobretudo empresas desprotegidas contra as flutuações, tendo de comprar energia a preços elevados e presas a contratos para venda a preços muito inferiores.

No entanto, a principal razão que estas empresas têm invocado para cessar a atividade é o teto imposto pelo Ofgem para as tarifas no mercado doméstico, que atualmente estão abaixo do preço de custo. “Isso é insustentável”, denunciara a Pure Planet, uma das últimas a falir, referindo que “infelizmente, muitos outros deverão fechar”.

Os clientes destas empresas estão a ser notificados de que vão ter um novo fornecedor e que o abastecimento de energia vai continuar sem interrupções, além de terem o dinheiro protegido, caso tenham créditos.

“A prioridade é proteger os consumidores. Sabemos que é um tempo preocupante para muita gente e que a notícia de um fornecedor a sair do mercado pode ser inquietante. Quero garantir aos clientes afetados que não precisam de se preocupar: sob a nossa rede de segurança, o fornecimento de energia vai continuar”, referiu o diretor de retalho da Ofgem, Neil Lawrence.

Logo em meados de setembro, quando começaram a falir as primeiras empresas, o ministro da Economia britânico, Kwasi Kwarteng, admitiu que mais fornecedoras de energia iriam sair do mercado nas semanas seguintes por causa do aumento do preço do gás, mas garantiu que não haverá cortes no serviço às habitações.

O Governo liderado por Boris Johnson está igualmente sob pressão das indústrias de consumo intensivo de energia, como as metalúrgicas ou as empresas do ramo da cerâmica, para impor um teto ao custo da energia para estas companhias, sob risco de cessarem atividade e desencadearem milhares de despedimentos.

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