CGTP volta às ruas de Lisboa com pacote laboral na agenda
"Milhares de trabalhadores" de todos os distritos do país rumam este sábado à capital para defender o aumento dos salários e pensões, a valorização das carreiras e profissões, e o fim da precariedade.
A CGTP volta às ruas este sábado para uma manifestação nacional em Lisboa em que que espera juntar “muitos milhares de trabalhadores de todos os distritos e setores de atividade”. Entre as principais reivindicações, que se vão fazer ouvir durante o cortejo pela Avenida da Liberdade, estão o aumento geral dos salários, a redução do horário de trabalho e a defesa da contratação coletiva.
“A expectativa é muitos milhares de trabalhadores de todos os distritos e setores de atividade”, sinaliza Ana Pires, dirigente da CGTP. Em declarações ao ECO, a responsável pela ação reivindicativa assegura que há comboios e autocarros provenientes de todos os distritos de Portugal continental, sublinhando contar igualmente com a “mobilização de distritos mais perto” de Lisboa.
Com o mote “Avançar é Preciso”, a concentração vai começar às 14:30 no Marquês de Pombal. Os grupos com origem nos vários distritos “vão confluir todos na Avenida da Liberdade”, seguindo até aos Restauradores, explica a dirigente sindical. É aí que estará montado o palco, onde Isabel Camarinha vai dar voz às reivindicações dos trabalhadores.
A questão central é a necessidade de avançar. Não pode continuar esta situação de degradação das situações de vida e de trabalho dos trabalhadores.
As revindicações centrais desta manifestação envolvem temas como o aumento geral dos salários, as 35 horas sem redução de salário, a erradicação da precariedade e a defesa da contratação coletiva. E toca também em “questões gerais e importantes”, como as pensões e o reforço dos serviços públicos, acrescenta Ana Pires.
Ainda assim, sublinha, “a questão central é a necessidade de avançar, não [pode] continuar esta situação de degradação das situações de vida e de trabalho dos trabalhadores”. Para a CGTP, “o nível salarial é muito baixo e tem levado a um aumento da pobreza, mesmo entre quem trabalha“, pelo que é necessário “valorizar o trabalho e os trabalhadores”.
Nesta reivindicação inclui-se também o valor do salário mínimo nacional (SMN), sendo que esta estrutura sindical defende a necessidade de “aumentar para 850 euros a curto prazo”, embora assinale que este é um número que “não pode ser visto de forma isolada”. É uma “visão integrada, de aumento geral de todos os salários”, esclarece Ana Pires, apontando que o SMN “tem vindo a absorver outras grelhas salariais”, pelo que “tem de ser considerado na perspetiva de que é uma base”.
A proposta que o Governo apresentou aos parceiros sociais foi de aumentar o salário mínimo nacional em 40 euros, para se fixar nos 705 euros em 2022. Para a CGTP, esta proposta continua a ser “manifestamente insuficiente e a gerar situações de pobreza de quem trabalha”.
Além disso, há também um “conjunto de matérias de extraordinária importância” nesta luta, sendo que, por exemplo, a legislação laboral é uma “questão fundamental”, nomeadamente a revogação da caducidade da contratação coletiva, destaca a dirigente sindical.
A manifestação deste sábado “será um momento de grande importância, em que os trabalhadores de todos os setores de atividade trarão à rua as suas reivindicações concretas, em luta pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, exigindo a valorização do trabalho e dos trabalhadores e uma política que garanta um futuro melhor num país desenvolvido que dignifique quem trabalha e produz a riqueza”, como resumiu o Conselho Nacional do sindicato na resolução que aprovou a manifestação.
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