Primeira edição do UPSkill foi “um sucesso” e conta com 227 contratações
A primeira edição do programa UPSkill empregou 80%, conduzindo a 227 contratados, número que ainda pode subir. Vem aí a segunda edição e os responsáveis dizem-se mais empenhados do que na primeira.
O vice-presidente do IEFP, António Leite, classificou de “sucesso” a primeira edição do programa UPSkill que empregou até agora 80%, com o presidente da APDC, Rogério Carapuça, a apontar que foram contratados 227, mas número pode subir.
Em declarações à Lusa, o vice-presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) salientou que a primeira edição do UPSkill, programa que tem como objetivo a requalificação de profissionais, “redundou em êxito”, uma vez que se cumpriu o que era o principal objetivo — do IEFP e das empresas — “de conseguir até agora empregar 80% das pessoas” que terminaram a formação.
“Nós conseguimos efetivamente chegar ao fim e garantir que 80% das pessoas que entraram, que fizeram as várias componentes do programa e que saíram foram bem-sucedidas”, acrescentou António Leite. “Diria que a primeira edição foi um sucesso”, sublinhou, apesar de ter sido “trabalhosa” para todas as partes, acrescentou.
“Na primeira edição tivemos 430 formandos a arrancar, tivemos 81 desistências, foram integrados em estágio profissional 349″, detalhou o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Rogério Carapuça. A formação tem primeiro uma parte letiva e depois tem um estágio em ambiente de trabalho.
“Desses 349 que entraram em estágio, 227 foram contratados e 61 ainda estão em estágio”, acrescentou Rogério Carapuça, salientando que houve estágios que começaram mais tarde. “Se todos esses 61 forem contratados ficaremos com 288 contratados, portanto, um bocadinho acima dos 80%”, acrescentou o presidente da APDC.
As empresas comprometiam-se a contratar 80% das pessoas que lhes fossem apresentados e que tivessem tido sucesso na formação. A média de idades das pessoas que entraram na primeira edição do UpSkill é de 32,4 anos, mas existem formandos com idades abaixo dos 25 e acima dos 50. Se, na primeira edição, as mulheres representavam cerca de 25%, agora na segunda edição, cujas candidaturas decorrem até final deste mês, já rondam os 36%.
“Acho que o UPskill constitui neste momento uma boa prática naquilo que corresponde à formação em tecnologias digitais, com geração de emprego”, salientou Rogério Carapuça.
“Não estamos aqui a falar de uma formação em que as pessoas ficam com um determinado diploma e depois vão procurar emprego, aqui acompanhamos essa fase, é uma parceria entre a indústria, os poderes públicos e as instituições de ensino superior, é uma parceria de sucesso porque tem estes resultados que agora vimos”, sublinhou o presidente da APDC.
“A segunda edição vai ser um sucesso, estamos ainda mais empenhados nesta segunda edição do que estivemos na primeira”, salientou António Leite, que destacou as virtudes do programa. “Nós estamos a trabalhar exatamente à medida para dar resposta”, depois as “empresas estão envolvidas em todo o processo”, apontou.
“Há, de facto, aqui um conjunto de apoios acrescido aos formandos que não existe em mais nenhuma outra formação organizada ou financiada pelo IEFP nem por nenhuma outra entidade nacional, é que a bolsa que os formandos recebem é igual ao salário mínimo nacional”, mais de três vezes superior à bolsa habitual que o IEFP paga, prosseguiu o responsável.
“Nós pagamos a parte mais teórica e as empresas garantem o apoio aos formandos na parte concreta”, destacou, referindo a empregabilidade prevista de 80% por um salário não inferior a 1.200 euros. “Este conjunto de características torna este programa verdadeiramente único”, sublinhou o vice-presidente do IEFP.
Rogério Carapuça salientou que “a segunda edição tem uma diferença face à primeira”, uma vez que é organizada em ciclo. “A todo o momento pode ser lançada uma turma ou conjunto de turmas”, adiantou. As empresas envolvidas rondam um universo de quase 30. “Não estamos só a falar de grandes empresas, estamos a falar também de empresas mais pequenas, algumas empresas âncora”, ou seja,”é uma franja já bastante diversificada de empresas”, retratou Rogério Carapuça.
Esta iniciativa “é uma prática e ajuda a minorar este problema, que é um problema muito grave que temos no país que é a falta de técnicos qualificados quando ainda por cima, ao mesmo tempo, temos desemprego e, por isso, queremos aproximar os que estão desempregados e aqueles que são subempregados, que é um termo que temos para representar pessoas que têm um emprego, mas abaixo das qualificações que desejariam ter”, prosseguiu.
“O que queremos fazer é diminuir esse desemprego e subemprego, ao mesmo tempo que fornecemos ao setor pessoas especializadas que há em grande falta”, apontou, salientando que as empresas indicam como restrição para o aumento do volume de negócios a falta de pessoas qualificadas para preencher os postos de trabalho.
De acordo com o presidente da APDC, enquanto na primeira edição as empresas pediam programadores e técnicos de ‘cloud’, agora nesta segunda começam a pedir pessoas com perfis “mais específicos”, ou seja, especialistas aplicacionais. Durante o dia desta segunda-feira decorrerá uma sessão de esclarecimentos sobre o programa a partir das 15h00.
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