Elétricas querem avançar com os preços dinâmicos na luz
A Iberdrola assume estar interessada em lançar oferta com preços dinâmicos na fatura da luz, enquanto a Goldenergy está a "trabalhar tecnicamente" o assunto. Consulta pública termina na quarta-feira.
Os preços dinâmicos na fatura da eletricidade estão para chegar a Portugal. Quando entrarão em vigor, ainda não se sabe. Mas pelo menos uma comercializadora de energia assume ter interesse em lançar este tipo de oferta no mercado.
Para já, está sob consulta pública até quarta-feira, 24 de novembro, a nova Lei de Bases do Sistema Elétrico. Trata-se de um diploma proposto pelo Governo para transpor uma diretiva europeia relativa ao mercado interno de eletricidade, que estipula que os comercializadores de energia com uma carteira superior a 200 mil clientes devem disponibilizar tarifários com preços dinâmicos.
Em causa estão preços que variam consoante o período horário, acompanhando os preços grossistas da eletricidade, que flutuam ao longo do dia, consoante a procura e a disponibilidade das diferentes fontes. Ao ECO, fonte oficial da Iberdrola assume ter interesse em lançar estas ofertas.
A Iberdrola, que é o terceiro maior operador no país, afirma ter “total disponibilidade e interesse em adotar tarifas dinâmicas“. Segundo a elétrica espanhola, a introdução destes tarifários em Portugal beneficiará da experiência já adquirida noutros mercados, como é o caso de Espanha.
“A existência de planos à medida do consumidor permite-nos avançar mais ainda na digitalização do mercado”, acrescentou a empresa ao ECO, garantindo que “vai sempre ao encontro das necessidades dos seus clientes, adaptando a oferta às necessidades dos consumidores”.
A Goldenergy também está a olhar para o assunto. Ao ECO, o CEO da empresa, Miguel Checa, disse que a empresa está a “trabalhar tecnologicamente” a vertente dos preços dinâmicos. No entanto, devido aos elevados preços grossistas, a aposta da Goldenergy é na estabilidade de preços, pelo que a solução das tarifas dinâmicas ainda fica, “para já”, na gaveta.
Quanto à EDP, o maior fornecedor de eletricidade do mercado nacional diz ser “prematuro fazer comentários”, dada a proposta encontrar-se ainda em fase de consulta pública. O ECO contactou ainda a Galp e a Endesa, mas não obteve resposta até ao fecho deste artigo.
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