Após “perdas violentas”, agências de viagens pedem apoios até à Páscoa
Associação Portuguesa de Agências de Viagens (APAVT) diz que apoios foram insuficientes. Perante "perdas absolutamente violentas", pedem mais ajudas do Estado, pelo menos até à Páscoa.
O turismo começa a recuperar, mas as empresas do setor ainda pedem apoios. A Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) nota que as ajudas públicas dadas até aqui foram “fundamentais, mas insuficientes e tardias”, uma vez que não evitaram “perdas violentas” nem a “destruição de capitais próprios”. A associação pede, assim, que o Governo avance com mais apoios ao setor, e que estes durem, pelo menos, até à Páscoa.
Quase dois anos depois de a pandemia ter aparecido no país, levando de arrasto vários setores, sobretudo o turismo, ainda há empresas a precisar de ajuda do Estado. É o caso das agências de viagens que, embora festejem a “capacidade de resistência”, lamentam as “perdas absolutamente violentas, a destruição dos capitais próprios e o endividamento das empresas e dos empresários”. Factos que serão uma “pesada herança nos próximos anos”.
Esta quarta-feira, no dia em que decorre o 46.º Congresso da APAVT, em Aveiro, o presidente Pedro Costa Ferreira aproveitou para salientar a necessidade de se continuar a apoiar as agências de viagens. “Todos sabemos, há muito tempo, que os apoios foram insuficientes, frequentemente tardios, bem como, demasiadas vezes, foram difíceis os processos administrativos de acesso aos mesmos”, disse o responsável.
O presidente da APAVT afirma que os apoios “não poderão acabar”. Por isso, afirma: “Não estamos a pedir apoio. Estamos a exigir”. A APAVT diz, assim, ser “urgente que se confirme a continuação do apoio à retoma, pelo menos até à Páscoa”. Além disso, “é crítico que se reative o programa Apoiar”. E justificou, afirmando que “hoje, é absolutamente visível que as empresas estão ainda mais frágeis“.
Pedro Costa Ferreira falou ainda do efeito que a crise política tem no setor do turismo, salientando que este é o “momento de maior risco para o setor e para a recuperação económica do país”. “Não pode ser o orçamento a determinar o apoio à crise, é exatamente o tamanho da crise que tem de determinar o apoio do orçamento“, notou o responsável.
Ainda nas ajudas ao turismo, o presidente da associação referiu a importância de se decidir a localização do futuro aeroporto de Lisboa, sob pena de se chegar a 2027 com números nunca acima dos recordes de 2019. Além disso, é ainda fundamental “resolver a questão da ligação ferroviária de alta velocidade”.
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