Menos emissões e maior qualidade do ar. Como a pandemia influenciou o ambiente

A pandemia colocou um travão às deslocações, reduzindo o número de passageiros nos transportes, bem como as emissões de gases com efeito de estufa.

Durante a pandemia, as deslocações dos portugueses diminuíram bastante, para evitar a propagação do coronavírus. Isto levou a uma menor utilização dos transportes, diminuindo também as emissões de gases com efeito de estufa e a receita de impostos ambientais, em 12%. Por outro lado, a qualidade do ar melhorou.

O transporte de passageiros caiu em todas as categorias durante 2020: 41,7% de comboio, 47,8% no metropolitano, 48,5% pela via fluvial e 42% no modo rodoviário, revela o Relatório do Estado do Ambiente. A tendência foi a mesma no transporte de mercadorias: recuou 10,6% no modo rodoviário, 31,5% no aéreo, 10,6% no ferroviário e 6,7% por via marítima.

Assim, recuaram em 20,1% as emissões face ao período 2016-2019, segundo a estimativa provisória, que considera apenas as emissões de gases com efeito de estufa com origem na combustão de combustíveis fósseis.

Neste panorama, melhorou a qualidade do ar, com o número de dias em que a classificação era bom ou muito bom a aumentar 2,7%. Já os dias em que o ar estava mau ou fraco diminuíram em 8%, no ano que passou. Além disso, registaram-se zero excedências do valor limite anual de NO2 (dióxido de azoto) nas grandes aglomerações, pela primeira vez.

A menor circulação ditou também uma queda no número de visitantes nas áreas protegidas, que foi menos 64,5% do que em 2019, ano em que ascendeu a perto de meio milhão.

Já na energia, as importações ocorridas em 2020 “diminuíram cerca de 14,7% face ao ano anterior, enquanto a produção doméstica apresentou um ligeiro aumento”, sublinha o relatório, apresentado no Ministério do Ambiente.

Com as restrições da pandemia, registou-se uma diminuição nos consumos de energia em 2020, tanto no consumo de energia primária (-7,5%, devido principalmente à redução do consumo nos produtos derivados do petróleo), como de energia final (-7,2%, devido fundamentalmente à redução do consumo de combustíveis nos transportes rodoviários e no transporte aéreo).

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