TAP recebe mais 536 milhões do Estado já na próxima semana

A TAP vai voltar a ser capitalizada ainda este ano, de forma a completar os 998 milhões previstos para 2021. Faltam 536 milhões que entram já na próxima semana, segundo apurou o ECO.

A companhia aérea já recebeu este ano 462 milhões de euros a título de compensação por prejuízos provocado pela Covid-19. Dinheiro que entrou através de um aumento de capital realizado em maio. A luz verde de Bruxelas ao plano de reestruturação e aos auxílios de Estado à TAP, anunciada na terça-feira, abre caminho a novas injeções de capital. Segundo apurou o ECO junto de fonte ligada ao processo, os 536 milhões em falta este ano vão entrar nos cofres da companhia já na próxima semana.

Além de viabilizar a reestruturação, a Comissão Europeia aprovou uma segunda tranche da compensação dos prejuízos provocados pela Covid, de 107,1 milhões de euros. Dinheiro que fará já parte do bolo a entrar na companhia aérea este ano, através de um novo aumento de capital. A transportadora aérea aguarda ainda a autorização para uma terceira tranche de compensações da pandemia, referente ao impacto sofrido no primeiro semestre de 2021, que deverá chegar em breve.

O plano de reestruturação aprovado mantém a injeção de 3.200 milhões na TAP. A companhia recebeu em 2020 um financiamento de 1.200 milhões que será convertido em capital, a que se somam os 998 milhões deste ano. Em 2022 entram mais 990 milhões.

Parte do dinheiro previsto para o próximo ano será colocado na transportadora aérea através de um empréstimo com garantia do Estado, no valor de 360 milhões, com maturidade de um ano. No final do prazo, o Estado injeta este valor na TAP, que reembolsa os investidores.

A partir de 2023 não haverá mais dinheiro dos contribuintes na companhia, mas o plano prevê a ida ao mercado para um financiamento com um valor mínimo de 250 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou na terça-feira o plano de reestruturação da TAP, obrigando, no entanto, a companhia a ceder 18 slots (9 pares de descolagem e aterragem) no aeroporto de Lisboa e a venda das participações na Manutenção & Engenharia Brasil, na Cateringpor e na Groundforce.