Israel avança com quarta dose contra a Covid. Alemanha já encomenda novo reforço da vacina

Israel avança com a quarta dose contra a Covid-19 para maiores de 60 anos. Também a Alemanha anuncia que a Ómicron será a variante dominante em três semanas e encomenda 80 milhões de doses adicionais.

Face a receios com a nova variante Ómicron, Israel vai avançar com a quarta dose contra a Covid-19 para maiores de 60 anos, ou pessoas com o sistema imunológico debilitado, bem como profissionais de saúde. Já as autoridades de saúde alemãs anunciaram que a nova variante vai obrigar também a uma quarta dose e, como tal, encomendou 80 milhões de doses contra a Ómicron.

Um painel de especialistas do Ministério da Saúde israelita recomendou, em comunicado, a quarta dose da vacina pelo menos quatro meses após a terceira, noticiou a Reuters (acesso condicionado, e em inglês). A sugestão foi bem recebida pelo primeiro-ministro de Israel Naftali Bennett, que considerou uma “excelente notícia”, sendo que “irá ajudar a superar a variante Ómicron que se tem alastrado pelo mundo”.

O painel recomendou ainda a redução do tempo de espera entre a segunda e terceira dose dos cinco para os três meses, como parte da “preparação para a quinta vaga” da pandemia. Bennet encorajou ainda o teletrabalho ao aprovar a redução de 50% do trabalho presencial para os funcionários públicos.

“Estamos a ver uma redução na proteção contra a Ómicron. Esta variante está a crescer a níveis alarmantes… Mais de 80% do painel apoiou esta medida”, referiu ao Israel’s Army Radio um médico do painel de especialistas, Arnon Shahar. O comunicado do painel não apresentou dados concretos a justificar as recomendações feitas.

Já na Europa, a Alemanha encomendou 80 milhões de doses da vacina contra a Ómicron da BioNTech, 4 milhões de doses adicionais da recentemente aprovada Novavax, e 11 milhões de doses da nova vacina Valneva, ainda a aguardar autorização para venda, anunciou o ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, em conferência de imprensa esta quarta-feira.

“Uma campanha ofensiva de reforço é o passo mais importante na luta contra a Ómicron”, disse Lauterbach em conferência. “O nível de proteção contra os sintomas graves de Covid-19, após uma dose de reforço, é muito elevado. Estimo que acima de 90%”, acrescentou o ministro, assegurando que será necessária uma quarta dose devido à variante Ómicron.

Na mesma conferência, o presidente do Instituto Robert Koch da Alemanha para doenças infeciosas, Lothar Wieler, recomendou ainda a população a limitar ao mínimo os contactos com outras pessoas, aludindo que o Natal não deve despoletar o “incêndio” de uma vaga Ómicron.

António Costa também sublinhou a possível necessidade de uma quarta dose para as populações mais vulneráveis, acrescentando que não haverá necessidade de uma vacinação generalizada da população.

Por todo o mundo, os países preparam-se e apertam as medidas de combate à nova variante à medida que a quadra natalícia se aproxima. Israel já proibiu os seus cidadãos de viajarem para vários países europeus, sendo que na Europa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou na quarta-feira passada que a nova variante deverá ser a dominante na Europa em janeiro. Por sua vez, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), estima que a Ómicron se torne na variante dominante em Portugal já esta semana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Israel avança com quarta dose contra a Covid. Alemanha já encomenda novo reforço da vacina

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião