Investimento chinês em “vistos gold” cai 13,6% até outubro
China, Brasil, Turquia, África do Sul e Rússia são as nacionalidades que lideram o "top 5" de investimento captado através do programa dos vistos dourados.
O investimento oriundo da China captado pelo programa vistos gold caiu 13,6% nos primeiros dez meses do ano, face a igual período de 2020, para 120,2 milhões de euros, segundo dados do SEF pedidos pela Lusa.
Entre janeiro e outubro deste ano, o investimento chinês totalizou 120,2 milhões de euros, o que corresponde à concessão de 237 vistos (ou Autorização de Residência para Investimento – ARI), o que compara com 260 atribuídos em igual período do ano passado, num total de 139,2 milhões de euros.
Em igual período, o investimento proveniente dos Estados Unidos recuou mais de metade (51,5%), no âmbito deste instrumento. Nos primeiros 10 meses do ano, os Estados Unidos investiram mais de 36,6 milhões de euros, num total de 68 ARI. No ano passado não constavam no ‘top 5’ por nacionalidades, pelo que não existe valor comparável face a igual período de 2020.
No período em análise, a Rússia investiu 27,1 milhões de euros, tendo sido concedidos 50 ARI, mas, tal como os Estados Unidos, em 2020 não integrava o mesmo ‘ranking’.
Já o investimento brasileiro através deste instrumento caiu mais de metade (51,5%) este ano. Até outubro, o investimento oriundo do Brasil totalizou 31,4 milhões, num total de 49 ARI, o que compara com 75,5 milhões de euros e 114 vistos gold em igual período do ano passado.
África do Sul foi a quinta nacionalidade que mais utilizou o instrumento dos vistos gold até outubro, com um total de 28 ARI e um montante de 14,1 milhões de euros. Este valor representa uma queda de 56,2% face ao montante de 32,2 milhões de euros (66 ARI).
No grupo das cinco nacionalidades mais representativas no ano passado constavam a Turquia (31,6 milhões de euros e 66 ARI) e o Vietname (29,2 milhões de euros e 64 vistos gold).
O programa, que visa captar investimento, cumpriu nove anos em outubro, ultrapassando os 6.000 milhões de euros.
Questionado pela Lusa sobre o investimento acumulado das cinco nacionalidades que mais utilizaram este instrumento, desde o início do programa, o SEF adianta que este “é de 4.403.576.982,91 euros”.
China, Brasil, Turquia, África do Sul e Rússia são as nacionalidades que lideram o top 5 em termos de investimento captado através do programa vistos gold.
Desde que o programa de concessão de ARI foi lançado, em outubro de 2012, até novembro, foram captados por via deste instrumento 6.057.663.503,19 euros.
Desde montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que soma até novembro 5.471.573.948,60 euros, sendo que a aquisição para reabilitação urbana totaliza 350.507.722,90 euros.
O investimento resultante da transferência de capitais é de 586.089.554,59 euros.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 10.170 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 781 em 2021.
Em mais de nove anos foram atribuídos 9.514 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 974 tendo em vista a reabilitação urbana.
Por requisito da transferência de capital os vistos concedidos totalizam 636 e por criação de postos de trabalho são 20.
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