Covid-19 infetou quase 137 mil portugueses numa semana
Em sete dias foram registados pela DGS 136.883 casos de covid-19, mais do dobro do que na semana anterior. Casos ativos abrangem 1,9% da população.
A rápida disseminação da covid-19, provocada pela variante Ómicron, levou a um aumento exponencial de novos casos na última semana de 2021. Entre o dia 26 e a véspera da passagem de ano foram contabilizados 136.883 novos casos pela Direcção-Geral de Saúde (DGS), o equivalente a 1,32% da população portuguesa.
O número de novos infetados nestes sete dias são mais do dobro dos registados na semana anterior, quando foram contabilizados 55.217 novos casos. E batem por larga margem o anterior máximo, registado na última semana de janeiro, quando os relatórios da DGS somaram 84.326 casos.
O país bateu recordes sucessivos nos últimos dias, com 30.829 casos reportados na sexta-feira, 28.659 na quinta, 26.867 na quarta e 17.172 na terça. O número conhecido hoje, de 23.290 novas infeções, foi o quarto mais elevado desde o início da pandemia.
Os últimos dados da DGS indicam ainda que Portugal tem agora 196.223 casos ativos, mais 17.511 do que no boletim da véspera, o que equivale a 1,9% da população. Há ainda 173.314 contactos sob vigilância das autoridades de saúde.
A rápida escalada dos casos de infeção espelhada nos dados deve-se, têm explicado os especialistas, à nova variante do coronavírus, a Ómicron, que, por outro lado, tende a causar sintomas menos graves. O Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) estimava, na sexta-feira, que a Ómicron já representa 83% das infeções.
Nos últimos dias têm também sido batidos recordes de testagem. O máximo foi atingido na sexta-feira, com a realização de 402.756 testes à covid-19 em todo o país, também segundo o INSA.
Muito menos óbitos do que em janeiro
O número de óbitos é muito inferior ao que se registava em janeiro. Entre 26 e 31 de dezembro faleceram 125 pacientes com o novo coronavírus, o que compara com 2.013 na última semana de janeiro. Se no início do ano o processo de vacinação estava ainda a arrancar, agora perto de 90% estão vacinados.
O Presidente da República salientou na sexta-feira que o aumento de infeções “não é acompanhado pelo número de internados, que é um terço de há um ano, e o de cuidados intensivos é um quarto”. Marcelo Rebelo de Sousa considera, por isso, que “já passámos à endemia”.
Portugal vive neste momento um “período de contenção“, estando algumas atividades encerradas por decisão legal ou administrativa (como bares e discotecas) e sendo o teletrabalho de adoção obrigatória.
O boletim divulgado na sexta-feira atualizou a matriz de risco: o risco de transmissibilidade nacional subiu de 1,29 para 1,35 e a incidência nacional subiu de 923,4 para 1182,7 casos de infeção por 100.000 habitantes.
Desde o início da pandemia já foram confirmados 1.412.936 casos de infeção com o novo coronavírus. 18.976 pessoas faleceram e 1.197.737 recuperaram da doença.
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