Bitcoin entra em 2022 com o pé esquerdo. Perde 10% desde o início do ano
Pressão vendedora em torno das criptomoedas intensificou-se nas últimas horas, depois de a Fed ter sinalizado que pode subir os juros mais cedo do que o esperado.
A bitcoin entrou em 2022 com o pé esquerdo. A mais popular das criptomoedas desvaloriza cerca de 10% desde o início do ano. A Reserva Federal norte-americana (Fed) deu esta quarta-feira mais um empurrão ao mercado das moedas digitais.
Cada bitcoin estava a transacionar nos 42.834 dólares esta quinta-feira, menos 8% em relação às últimas 24 horas, de acordo com a plataforma CoinMarketCap. Chegou a cair para 42.503 dólares, o valor mais baixo em mais de um mês.
As outras criptomoedas também estão em queda. O Ethereum caiu quase 10%, para 3.452,58 dólares, face ao preço do último dia.
Bitcoin começou 2022 com o pé esquerdo
Fonte: CoinMarketCap (última atualização às 9h40 de 6/01)
A pressão vendedora no mercado das criptomoedas intensificou-se esta quarta-feira, depois de a Fed ter publicado as atas da reunião de dezembro, na qual indicou que vai apertar a política monetária, nomeadamente através de uma redução das compras de dívida e da subida dos juros. Mas o que surpreendeu os investidores — não só das criptomoedas, mas também do mercado acionista — foi a sugestão deixada pelo banco central liderado por Jerome Powell de que poderá subir as taxas de referência mais cedo do que o esperado.
Como consequência, os ativos com maior risco foram os mais penalizados pelos investidores. O índice tecnológico americano Nasdaq caiu mais de 3% na sessão desta quarta-feira e as bolsas europeias assistem a perdas acentuadas nesta quinta-feira.
“No geral, penso que os mercados globais mostraram fraqueza à luz das recentes movimentações da Fed sobre a subida das taxas de juro. Acho que a queda [das criptomoedas] está bastante correlacionada. Vimos os mercados dos EUA caírem esta quarta-feira e, como resultado, todas as outras classes de ativos de risco saíram igualmente mais, incluindo as cripto”, afirmou Vijay Ayyar, da plataforma de criptomoedas Luno, citado pela CNBC.
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