Vendas de malparado dão prejuízo de meio milhão ao Novobanco

  • ECO
  • 6 Janeiro 2022

A instituição, liderada por António Ramalho, esclarece, a pedido da CMVM, que a venda das carteiras Orion e Harvey vão ter "um impacto negativo de 500 mil euros" nos resultados de 2021.

A venda de carteiras de crédito malparado, no final de dezembro, resulta num prejuízo de meio milhão de euros nas contas do Novobanco em 2021. Em comunicado, ao mercado, o banco indica que o projeto Orion teve um impacto positivo de 3,9 milhões de euros, ao contrário do projeto Harvey, que resultou num prejuízo de 4,4 milhões de euros.

Na nota de esclarecimento, pedido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novobanco indica que “a concretização das transações acima mencionadas, nos termos acordados, deverão no seu conjunto ter um impacto negativo de c.500 mil euros na demonstração de resultados de 2021″.

A carteira Orion, que incluía mais de 12 mil empréstimos, foi vendida a 23 de dezembro a um consórcio de fundos geridos pela britânica West Invest e pela LX Partners (LXP), sediada no Luxemburgo. Este portefólio, que em setembro de 2021 tinha um valor nominal de 231,3 milhões de euros, foi vendido com um desconto de 70%, ou seja por 64,7 milhões de euros. Agora ” deverá ter um impacto positivo de c.3,9 milhões de euros” nas contas de 2021, assinala a instituição no comunicado enviado à CMVM.

Já a carteira Harvey, vendida a 27 de dezembro, era constituída por crédito malparado de grandes devedores com o valor bruto de 164 milhões de euros. Também foi vendida por um desconto de cerca de 70%, por 52,3 milhões. O comprador foi o fundo Deva, em consórcio com a Arrow – neste caso, uma subsidiária do grupo, a AGG Capital Management. Esta operação, ao contrário da anterior, “deverá ter um impacto negativo de c.4,4 milhões de euros”, lê-se no comunicado.

A conclusão destas operações vai permitir ao Novobanco terminar o ano com um rácio de NPL (non performing loans) na casa dos 5%. Depois de anos de prejuízos milionários, a instituição teve lucros de 159 milhões de euros até setembro, com António Ramalho a destacar o “virar de página” rumo a uma rota de crescimento e resultados positivos.

 

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