Piratas informáticos atacam sites do Governo e embaixadas na Ucrânia

Ataques informáticos tiveram como alvos sites do Governo e embaixadas na Ucrânia, tendo sido publicada a mensagem “Tenham medo e esperem o pior”. Origem dos ataques ainda por confirmar.

Mais de uma dúzia de sites do Governo ucraniano e de embaixadas no país foram pirateados esta sexta-feira. Nos sites dos ministérios da Educação e dos Negócios Estrangeiros foi ainda publicada a mensagem “Tenham medo e esperem o pior”, avançou a BBC (acesso gratuito e conteúdo em inglês).

Os ataques informáticos, cujos alvos incluíram as embaixadas do Reino Unido, Estados Unidos da América (EUA) e Suécia na Ucrânia, surgem um dia após uma nova ronda inconclusiva de conversas diplomáticas entre a Rússia e os países ocidentais.

A origem dos ataques ainda não foi confirmada, embora um porta-voz da Ucrânia já tenha admitido que, no passado, a Rússia esteve na origem de ataques informáticos. Do lado russo ainda não foi prestada nenhuma declaração oficial.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, já condenou o ciberataque e anunciou a convocação de uma reunião de emergência dos embaixadores do Comité Político e de Segurança, de modo a analisar como pode a UE “prestar assistência técnica” a Kiev e “aumentar a sua capacidade de resistência a este tipo de ataques”.

“Infelizmente, já esperávamos que isto pudesse acontecer. Evidentemente, não podemos apontar o dedo a ninguém, pois não temos provas, mas podemos imaginar”, acrescentou Borrell à entrada para uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros dos membros da UE em Brest, França.

As tensões entre a Rússia e a Ucrânia e, subsequentemente, o mundo ocidental, têm crescido nas últimas semanas após a concentração de dezenas de milhares de tropas russas junto da fronteira com a Ucrânia. Entre as exigências do lado russo estão incluídas concessões a nível de segurança, bem como a promessa de não aceitar a Ucrânia na UE, avançou o The New York Times esta sexta-feira (acesso condicionado e conteúdo em inglês).

O presidente francês, Emmanuel Macron mostrou-se também satisfeito, esta terça-feira, com o “interesse renovado” dos EUA na questão da Ucrânia, embora tenha sublinhado que, quando se trata da segurança europeia, “é a Europa que deve falar”. O presidente admitiu considerar “bom” que os Estados Unidas e a Rússia falem sobre a questão europeia, visto tratar-se de uma questão de “segurança coletiva”.

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