Passageiros e contas da Metro do Porto só se aproximam do pré-pandemia em 2023
Metro do Porto prevê que os passageiros e as contas da empresa se aproximem dos valores pré-pandemia apenas em 2023, superando 2019 nalguns indicadores só em 2024.
A Metro do Porto prevê que os passageiros e as contas da empresa se aproximem dos valores pré-pandemia apenas em 2023, superando 2019 nalguns indicadores só em 2024, segundo o Plano de Atividades e Orçamento (PAO) de 2022.
“Pressupõe-se que apenas em 2023 será possível atingir valores de procura semelhantes aos apurados em 2019, ou seja, o volume de passageiros em 2023 será de cerca de 96% do registado em 2019 (ano recorde de procura do sistema de Metro)”, pode ler-se no documento.
Em 2019, o Metro do Porto transportou 71,3 milhões de passageiros, valor que será ultrapassado, segundo as previsões da empresa, apenas em 2024.
Entretanto, o transportador de ferrovia ligeira da Área Metropolitana do Porto contabilizou 39,3 milhões de passageiros em 2020 (sendo que em abril os validadores estiveram desligados), e para 2021 a projeção do PAO eram 46,6 milhões.
Para 2022 e 2023, as previsões da Metro apontam a 56,5 milhões e 68,6 milhões de passageiros (96% do valor de 2019), respetivamente, ainda abaixo dos valores de 2019.
Em 2024, acrescenta o documento, prevê-se um aumento significativo dos passageiros, transportando-se 87,5 milhões, algo que a empresa atribui às “inaugurações das extensões da rede de metro em curso (linha Amarela e Rosa) e da linha de BRT [Bus-Rapid Transit, ‘metro-bus’ da Boavista]”.
Quanto às contas da empresa, a Metro ainda não prevê um excedente operacional em 2021 ou 2022, “em consequência da quebra de procura e receita originada pela situação de pandemia”, depois de o ter atingido em 2019.
“Preveem-se taxas de cobertura dos gastos pelos rendimentos operacionais de cerca de 82% em 2021, 98% em 2022, 107% em 2023, 128% em 2024 e 130% em 2025”, uma evolução “consistente com a recuperação da procura e, consequentemente, das receitas de bilhética e acessórias”, aponta a Metro.
Relativamente ao volume de negócios, “comparando o volume de negócios previsto para 2022 com o de 2019, verifica-se um valor 9% inferior (menos 5,4 milhões de euros)”, pode ler-se no PAO.
Também neste indicador apenas em 2024 se superam os valores de 2019, o que alinha com as previsões de crescimento de passageiros.
No ano imediatamente anterior à pandemia de Covid-19, o volume de negócios da Metro atingiu os 57,1 milhões de euros, valor que baixou para 39,9 em 2020, primeiro ano da pandemia.
Para 2021, a projeção da empresa liderada por Tiago Braga aponta, no documento, para 42,4 milhões de euros de rendimentos, valor que é previsto subir para 51,7 milhões este ano e 55,8 milhões de euros em 2023, ainda assim abaixo dos valores de 2019.
Em 2024 está previsto um aumento significativo do volume de negócios da Metro do Porto, que atingirá os 71,8 milhões de euros, de acordo com o plano de atividades de 2022.
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