Obras da Linha Rosa e Amarela da Metro do Porto já arrancaram
Neste momento, a obra da Linha Rosa “não produz impactos nas imediações e não impõe, neste momento, qualquer tipo de condicionamento rodoviário”.
As obras de construção da Linha Rosa e de expansão da Linha Amarela da Metro do Porto já arrancaram e “não impõem, neste momento, condicionamentos rodoviários ou desvios de trânsito”, revelou esta sexta-feira à Lusa fonte da empresa.
A fonte da Metro do Porto afirmou que a empreitada de construção da Linha Rosa, que se traduz num novo trajeto no Porto entre a zona de S.Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música, arrancou na segunda-feira, dia 29 de março.
Com quatro novas estações subterrâneas e um percurso em túnel de quase três quilómetros, esta linha tem o cunho de dois prémios Pritzker [considerados o Nobel da Arquitetura] uma vez que Eduardo Souto Moura é o responsável pelos projetos das novas estações, sendo que a de São Bento é assinada em parceria com Álvaro Siza Vieira.
A primeira intervenção da Linha Rosa está em curso no espaço da futura estação da Casa da Música, no gaveto da Avenida de França com a Rotunda da Boavista. “A par do derrube do muro que circunda este terreno, estão a decorrer trabalhos de desbaste do espaço, de instalação de estaleiros de apoio à obra e de prospeção arqueológica”, adiantou.
Neste momento, a obra da Linha Rosa, que se vai ligar às linhas Azul, Vermelha, Verde, Violeta e Laranja na Casa da Música, bem como à Linha Amarela na Estação de S. Bento, “não produz impactos nas imediações e não impõe, neste momento, qualquer tipo de condicionamento rodoviário”.
Em simultâneo, está também em desenvolvimento a empreitada de extensão da Linha Amarela, que atualmente cruza o rio Douro através da ponte Luís I, partindo do Hospital de São João, no Porto, até Santo Ovídeo, em Vila Nova de Gaia.
A expansão da Linha Amarela para sul acontecerá através de um viaduto sobre a autoestrada, sendo que depois a linha entrará num túnel até chegar à futura estação Manuel Leão, em Gaia, onde servirá a Escola EB 2-3 Soares dos Reis e o Centro de Produção da RTP no Monte da Virgem.
De seguida, a linha volta à superfície até à estação do Hospital Santos Silva, uma das unidades do Centro Hospital de Vila Nova de Gaia/Espinho, partindo para a urbanização de Vila D’Este, que tem mais de 15 mil residentes.
Segundo fonte da Metro do Porto, o estaleiro social do consórcio Ferrovial/ACA já está montado no início da estrada nacional 222, junto à estação D. João II do metro, e durante a próxima semana “será encerrado o parque de estacionamento público situado na Rua Conceição Fernandes, em frente ao Hospital Santos Silva”.
Os trabalhos preparatórios para o emboquilhamento do túnel que conduzirá o metro à superfície vão iniciar-se neste local, garantindo a Metro do Porto que após a conclusão da obra, o parque de estacionamento “voltará a estar disponível numa nova configuração”. “Nestes primeiros tempos, a empreitada não implica nenhum desvio de trânsito”, acrescentou.
Na cerimónia de consignação das obras da Linha Rosa e Amarela, que decorreu a 16 de março nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga anunciou que os trabalhos “decorrerão durante três anos”, até 2024.
As obras de prolongamento da Linha Amarela e de construção da Linha Rosa representam, no total, “um acréscimo de seis quilómetros e sete estações à rede de metro do Porto e um investimento total superior a 400 milhões de euros”, referiu durante a cerimónia, depois de a 03 de março, fonte oficial da Metro do Porto ter revelado à agência Lusa que o Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde a estas obras.
O visto do TdC foi dado aos contratos assinados, em novembro, entre a Metro do Porto e consórcio Ferrovial/ACA.
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