Unilever falha “assalto” milionário à dona da Sensodyne

O grupo conhecido pelas marcas Dove, Axe ou Vaseline ofereceu 60 mil milhões de euros pela GSK Consumer Healthcare, que recusou a terceira aproximação e mantém o plano de separar esta área de negócio.

A GlaxoSmithKline (GSK) recusou 50 mil milhões de libras (cerca de 60 mil milhões de euros) da Unilever para a aquisição da unidade de bens de consumo na área dos cuidados de saúde, que inclui marcas como a pasta de dentes Sensodyne, dizendo que a proposta “subvaloriza” este negócio e também as suas perspetivas futuras.

A companhia farmacêutica de origem britânica, que nesta divisão tem como sócia a Pfizer, com uma quota minoritária, confirma ter recebido já três ofertas – a última das quais a 20 de dezembro –, envolvendo um valor de 41,7 mil milhões em dinheiro e 8,3 mil milhões em ações da Unilever, segundo a Reuters.

“A administração da GSK continua focada na execução de sua proposta de cisão do negócio de consumer healthcare, que está a caminho de ser alcançado em meados de 2022″, refere o grupo através de um comunicado. Já a Unilever, que neste ramo e em Portugal é conhecida por marcas como a Dove, Axe ou Vaseline, recusa adiantar se voltará à carga com uma proposta mais elevada.

Certo é que, caso acabe por ser concretizado por valores desta ordem de grandeza, este seria o maior negócio, a nível global, desde o início da pandemia de Covid-19. A mesma agência assinala que, por um lado, colocaria a Unilever, liderada por Alan Jope desde 2019, a concorrer de perto com gigantes como a Estée Lauder ou a L’Oréal nesta área da beleza e dos cuidados pessoais; e, por outro, poderia trazer à GSK “um alívio muito necessário da pressão dos investidores”.

A notícia do interesse na aquisição e desta proposta concreta foi dada pelo jornal britânico Sunday Times, o que levou a Unilever, num breve comunicado publicado este sábado no seu próprio site, a “confirmar a sua aproximação à GSK e à Pfizer sobre uma potencial compra deste negócio” da GSK Consumer Healthcare, sublinhando que “não há certezas sobre se algum acordo poderá ser alcançado”.

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