Vendas de veículos usados diminuíram 13% em 2021 face ao período pré-pandemia

O mercado de veículos usados registou um decréscimo de 13% nas vendas em 2021 face a 2019, anunciou esta terça-feira a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O ano passado foi, assim, pior que 2020, ano em que as vendas de automóveis usados tiveram uma quebra de 11% em relação ao período pré-pandemia.

No mês de dezembro, houve um crescimento de 9% no registo de carros usados comparativamente ao período homólogo de 2020, contrariando a tendência de quebras homólogas que persistiam desde junho. No entanto, quando comparado com 2019, registou-se uma diminuição de 9%.

De acordo com o barómetro Standvirtual da ACAP, os SUV foram o segmento mais pesquisado na secção de veículos novos, ficando acima de 40% das intenções de compra. Seguem-se os utilitários (15%) e os citadinos (10%), com os restantes segmentos abaixo de 10%.

Quanto ao tipo de combustível com maior procura nos veículos novos, a tendência é pela gasolina (quase 50%) e depois pelo Diesel (20%). Existe também uma grande procura pelos híbridos a gasolina (12,4%), que, ainda assim, não supera a procura pelos elétricos (14,6%).

No mercado de veículos novos (ligeiros e pesados), os dados da ACAP mostram uma quebra de 3% em janeiro face ao mesmo mês de 2021. Porém, no mercado de motociclos, triciclos e quadriciclos, verificou-se um crescimento de 44,5% em relação a janeiro de 2021.

Por outro lado, mantém-se a escassez de carros abaixo dos dez mil euros, com cerca de 18% do share de anúncios, sendo que, há um ano, a percentagem era de 25%. Mantém-se o share de veículos entre os 10 e 20 mil euros (41%), mas abaixo dos níveis de janeiro de 2021 (46%). A representatividade dos carros acima dos 20 mil euros aumentou de 27% para 40% no último ano.