Tejo Energia recorre da avaliação preliminar no concurso para conversão da central do Pego
Tejo Energia, que ficou em segundo lugar na avaliação preliminar, alega que "é penalizada" num ponto. Empresa tem mais duas semanas para apresentar a contestação.
A Tejo Energia vai recorrer da avaliação preliminar do júri para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, que a posicionou no segundo lugar entre as seis propostas participantes, disse esta sexta-feira fonte oficial da empresa.
“A Tejo Energia vai-se pronunciar porque há um ponto onde a Tejo Energia é penalizada e, como temos uma visão diferente, vamos apresentar os nossos argumentos”, disse à Lusa fonte oficial da empresa, atual proprietária da Central Termoelétrica do Pego, que tem mais duas semanas para apresentar a contestação.
O prazo para os concorrentes ao ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego se pronunciarem sobre a decisão preliminar, que põe a Endesa à frente, foi prorrogado por mais 10 dias úteis, segundo despacho do Governo.
No relatório preliminar divulgado no dia 4 de fevereiro pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), a Endesa obteve a melhor classificação do júri, entre as seis propostas participantes, com uma pontuação de 3,72, batendo as demais, nomeadamente a da Tejo Energia SA, que ficou na segunda posição, com 3,27.
No documento, a que a Lusa teve acesso, no que se refere ao “critério de majoração M8, relativo aos postos de carregamento de veículos elétricos”, na proposta da Tejo Energia SA, lê-se que “a instalação de postos não abertos ao público em geral não confere a atribuição desta majoração”.
Segundo a mesma justificação, os postos devem ser “num local do domínio público com acesso a uma via pública ou equiparada, ou em local privado que permita o acesso do público em geral”, entendimento que a empresa não acompanha, avançando assim para recurso.
No relatório preliminar divulgado pela DGEG, a proposta apresentada pela Endesa, empresa espanhola que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica obteve uma pontuação de 3,72, batendo as propostas da Tejo Energia SA, EDP Renováveis, Greenvolt, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA.
A Greenvolt ficou em terceiro lugar, o consórcio da Brookfield Ltd & Bondalti SA em quarto, a Voltalia SA em quinto e a EDP Renováveis em último lugar.
O concurso está em fase de audiência de interessados, permitindo a todos os participantes contestar a avaliação do júri. “Face à elevada complexidade das matérias e da avaliação em causa, e por forma a permitir que todos os concorrentes possam, de forma fundamentada e ponderada, pronunciar-se relativamente ao relatório preliminar do Júri do Procedimento, considera-se justificada a concessão de um prazo mais alargado do que o proposto”, lê-se num despacho assinado pelo secretário de Estado adjunto e da Energia, João Galamba, publicado na quinta-feira, ao final do dia.
Assim, o prazo foi alargado por mais 10 dias úteis, “até às 23:59 do dia 25 de fevereiro”.
Fonte oficial do Ministério do Ambiente tinha confirmado à Lusa que o prazo para os concorrentes ao ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego, em Abrantes, cuja produção a carvão foi encerrada em 2021, se pronunciarem relativamente ao relatório preliminar terminava esta sexta às 23:59, conforme o calendário inicial, que previa cinco dias úteis para o efeito.
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