Eco do dinheiro. Como a tensão na Ucrânia mexe com o seu bolso
Receio de um ataque à Ucrânia está a aumentar o preço das matérias-primas energéticas. Subidas já se fazem sentir nos postos de abastecimento e podem chegar ao preço da eletricidade.
- O receio de um ataque está a provocar fortes oscilações nos mercados, que acabam por ter impacto no bolso dos investidores e dos consumidores. Veja o vídeo:
O fim de semana foi marcado por um aumento da tensão na ameaça russa à Ucrânia, com os Estados Unidos a alertarem para a possibilidade de uma invasão do país a qualquer momento.
Segunda-feira mostrou bem o que espera o mercado acionista se a invasão se consumar, com o dia a ser marcado por quedas pronunciadas nas bolsas europeias, a que a praça portuguesa não escapou.
Para os consumidores, esta crise já está a representar custos mais elevados. O preço dos combustíveis tem vindo a aumentar nas bombas — ainda esta semana subiram mais um cêntimo — mas esta tendência não deverá ficar por aqui.
O petróleo subiu para um novo máximo em mais de sete anos, acima dos 96 dólares por barril. Cada vez mais analistas consideram inevitável que a cotação chegue aos 100 dólares a breve trecho.
O petróleo não é sequer a matéria-prima energética que mais sobe. O gás natural aumentou mais de 10% na Europa, impulsionando também os custos da eletricidade.
A energia mais cara acaba por encarecer a generalidade dos outros bens, alimentando a subida da inflação. O que, por sua vez, pode traduzir-se em taxas de juro mais elevadas no futuro e menos crescimento económico.
A Rússia insiste que quer manter a via diplomática, mas com a concentração de tropas junto à fronteira da Ucrânia a aumentar, as reais intenções de Putin são difíceis de descortinar.
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