Lisboa lidera ganhos na Europa, após alívio de tensões na Ucrânia. EDP Renováveis e BCP disparam mais de 4%

A bolsa de Lisboa recuperou na sessão desta terça-feira das fortes perdas registadas na segunda-feira, na sequência do desanuviar das tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia, depois de Moscovo ter anunciado a retirada de algumas tropas junto à fronteira ucraniana. O índice de referência nacional ganhou 2,47%, isto é, o maior ganho percentual desde 19 de fevereiro de 2021, com o BCP e a EDP Renováveis a dispararem mais de 4%.

Pela Europa, o Stoxx 600 somou 1,3%, enquanto o alemão DAX avançou 1,8%, o francês CAC-40 ganhou 1,6% a par com o espanhol IBEX-35 e o britânico FTSE 100 somou 0,8%. Os investidores estiveram, deste modo, a digerir os sinais de alívio de tensões entre a Rússia e a Ucrânia, depois de o Ministro da Defesa russo ter anunciado o regresso de algumas tropas às suas bases permanentes após a conclusão dos exercícios militares. Ainda assim, a NATO adiantou que ainda não registou sinais de qualquer retirada no terreno, mantendo-se em sobreaviso.

Lisboa liderou os ganhos na Europa, com o PSI-20 a valorizar 2,47% para 5.643,62 pontos, isto é, o maior ganho percentual desde 19 de fevereiro de 2021 e depois de na sessão anterior as tensões a leste terem tirado 320 milhões à capitalização bolsista. A puxar pelo desempenho do índice de referência nacional estiveram a EDP Renováveis que disparou 4,71% para 17,80 euros por ação e o BCP, que subiu 4,53% para 19,60 cêntimos.

Ainda pelo setor energético, a EDP subiu 2,03% para 4.081 euros, enquanto a Greenvolt somou 2,70% para 5,71 euros. Ao mesmo tempo, a REN valorizou 0,80% para 2,51 euros.

Nota positiva ainda para as papeleiras e para a Jerónimo Martins, que são particularmente expostas ao contexto internacional. No setor da pasta e do papel, a Navigator somou 2,20% para 3.528 euros, a Altri valorizou 2,97% para 5.73 euros, enquanto que a Semapa subiu 0,84% para os 12 euros por ação. Ao mesmo tempo, a retalhista portuguesa somou 2,83% para 20 euros por ação.

Em contrapartida, e a ganhos mais expressivos estiveram os títulos da Galp Energia. A petrolífera portuguesa recuou 0,06% para 998 euros, isto num dia os preços do “ouro negro” nos mercados internacionais estão a afundar após máximos de sete anos. O Brent, referência para as importações nacionais, desvaloriza 3,51% para 92,97 dólares o barril, enquanto o WTI recua 3,81%, para 91,65 dólares.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h12)