Petróleo afunda mais de 4% após máximos de sete anos

Barril de petróleo desvaloriza mais de 4%, com os investidores a respirarem de alívio em relação a um conflito na Ucrânia, depois de a Rússia ter anunciado a retirada de algumas tropas na fronteira.

O desanuviar das tensões entre a Rússia e a Ucrânia, depois de Moscovo ter anunciado o regresso à base de algumas tropas na fronteira ucraniana, está a afundar os preços do petróleo, com o barril a cair mais de 4% em Londres e Nova Iorque, após máximos de sete anos.

O contrato de Brent que expira a 28 de fevereiro cai 4,03% para 92,59 dólares por barril, registando a maior queda desde o final de novembro. Também o contrato de Crude que expira no dia 22 de fevereiro desvaloriza 4,27% para 91,31 dólares por barril.

Ambos os contratos estão em máximos de sete anos, perante a incerteza na região, numa altura em que se estima que cerca de 130 mil tropas russas tenham cercado a Ucrânia, suportadas num vasto arsenal de guerra. Os EUA consideram que uma invasão pode estar iminente.

Petróleo em queda

Entretanto, a agência Bloomberg noticiou esta terça-feira de manhã que o Ministério da Defesa russo informou que algumas tropas vão regressar às bases habituais após concluírem exercícios militares, mas ainda não é clara a dimensão da retirada. A NATO respondeu que ainda não tinha registo de que as tropas estavam de volta a casa. Também a Ucrânia e o Reino Unido deixaram abordagens cautelosas quanto às notícias vindas da Rússia.

“A pressão de venda pode ser observada no mercado petrolífero esta terça-feira, com os futuros do Brent e WTI a perderem mais de 4% à medida que continuam a surgir notícias de que parte das tropas russas começaram a sair da fronteira da Ucrânia e depois dos comentários de Putin que mostraram que a Rússia está disposta para dialogar”, afirmam aos analistas da XTB.

“Por outro lado, surgiram alguns relatos de bombardeamentos na região de Luhansk/Donetsk. Neste momento, os principais diplomatas americanos e russos, Blinken e Lavrov, estão a falar ao telefone. O resultado desta conversa poderá desencadear novamente volatilidade nos mercados”, acrescentam.

Os investidores também estão atentos ao desenrolar das negociações entre os EUA e o Irão por causa de um acordo sobre o nuclear, e havendo um desfecho positivo poderá permitir um aumento das exportações iranianas de petróleo, o que ajuda também a baixar os preços.

(Notícia atualizada às 16h30 com comentário dos analistas da XTB)

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