Alemanha reforça orçamento militar para “proteger liberdade e democracia”
O chanceler alemão vai alocar uma verba extraordinária de 100 mil milhões de euros para equipar as suas forças armadas e fará um investimento anual de mais de 2% do PIB na Defesa.
Numa sessão extraordinária no Bundestag para avaliar a situação na Ucrânia, Olaf Scholz anunciou que as forças armadas vão ter uma verba extraordinária de 100 mil milhões de euros para equipamento, com o país aumentar o investimento anual em Defesa para mais de 2% do PIB.
No discurso proferido esta manhã, na sequência da invasão russa ao país vizinho, Olaf Scholz salientou a necessidade de um exército “eficiente, de última geração e avançado” para proteger o país, entre outras ameaças, daquela que representa a Rússia de Vladimir Putin.
O exército alemão sofre há anos de subequipamento. O valor do investimento na defesa é superior ao que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Nato) pede, acrescentou o chanceler, citado pela agência France-Presse. “Daqui para a frente vamos, ano após ano, investir mais de 2% do nosso PIB na nossa Defesa”, disse à câmara de deputados.
Daqui para a frente vamos, ano após ano, investir mais de 2% do nosso PIB na nossa Defesa.
Também hoje, a Alemanha decidiu fechar o seu espaço aéreo às companhias de aviação e jatos privados russos, a partir das 15h (14h em Lisboa). O anúncio foi feito pelo Ministério dos Transportes, acompanhando uma medida adotada por quase todos os países europeus e que este domingo deve ser formalmente adotada pela UE.
“O Ministério alemão dos Transportes decretou uma interdição de voo para os aviões e operadores de aeronaves russos no espaço aéreo alemão”, indicou, precisando que esta interdição é válida por três meses e que não envolve eventuais voos humanitários.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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