Empresários do Minho pedem boicote às relações comerciais com a Rússia
“É imperativo isolarmos economicamente a sociedade empresarial russa", reclama a Associação Empresarial do Minho, que vai lançar uma plataforma de oferta de emprego para refugiados ucranianos.
A Associação Empresarial do Minho (AEM), com sede em Braga, apelou hoje aos associados e à comunidade empresarial em geral que “cesse de forma imediata” as relações comerciais que tenham com a Rússia.
Em comunicado, a AEM refere que o objetivo é “exercer pressão” sobre o governo de Moscovo para que pare imediatamente o “ataque vil e infundado” à Ucrânia. “É imperativo isolarmos economicamente a sociedade empresarial russa, para que isso seja um catalisador de desenvolvimento de ações que nos levem à paz”, sublinha.
Liderada por Ricardo Costa, a AEM acrescenta que vai lançar, de imediato, duas ações para ajudar a Ucrânia e os seus cidadãos, uma das quais é o lançamento de uma plataforma de oferta de emprego em empresas suas associadas.
Na plataforma, os empresários poderão colocar as suas ofertas de emprego, que serão remetidas para as entidades diplomáticas ucranianas para a receção, emprego, fixação e integração de refugiados que queiram vir trabalhar e fixar as suas famílias na região do Minho.
Por outro lado, a associação vai lançar uma campanha de angariação de fundos para apoio à Ucrânia, em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de quase 500 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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