Petróleo atinge os 106 dólares. Bolsas na Europa caem 2% com guerra na Ucrânia
Cenário negro nas bolsas europeias. Lisboa não escapa e cai mais de 1%, com BCP a recuar 6%.
As bolsas europeias voltam a registar quedas fortes, superiores a 2%, nesta terça-feira, sem sinais de abrandamento da invasão da Rússia à Ucrânia. A bolsa de Lisboa tinha conseguido escapar devido à fuga para as renováveis, mas já não se sente esse efeito, perdendo mais de 1% nesta sessão. BCP e EDP pesam no desempenho.
Entre as praças do Velho Continente, a sessão foi muito negativa, com os receios relativamente à guerra na Ucrânia, nomeadamente depois da Rússia alertar que vai atingir alvos em Kiev. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 2,22%, enquanto o britânico FTSE 100 perdeu 1,73%, e o alemão DAX recuou 3,53%. Já o francês CAC 40 cedeu 3,70%, e o espanhol IBEX desvalorizou 2,85%.
Já em Lisboa, o PSI-20 caiu 1,17% para os 5.498,27 pontos. A maior queda foi do BCP, que recuou 6,72% para os 0,1540 euros, mínimos de um mês, numa altura em que a banca europeia tem sido bastante penalizada devido às sanções impostas à Rússia por várias potências.
BCP cai mais de 6%
Nas quedas, nota também para a família EDP: a casa-mãe desvalorizou 3,96% para os 4,19 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis perdeu 2,21% para os 21,24 euros, quebrando as fortes valorizações que tinha registado nos últimos dias, com a fuga dos investidores para as energias renováveis.
Por outro lado, a Galp Energia destaca-se nos ganhos, ao subir 3,72% para os 10,22 euros. Isto numa altura em que os preços do petróleo disparam para mais de 100 dólares. O barril de Brent, referência europeia, sobe 9,05% para os 106,81 dólares, enquanto o crude WTI, em Nova Iorque, avança 10% para 105,5 dólares.
Neste cenário, EUA e aliados já decidiram que vão libertar 60 milhões de barris de petróleo enquanto a guerra na Ucrânia agita os mercados, segundo avança a CNN. Metade deste montante – 30 milhões – virá da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA, e a outra metade virá de aliados na Europa e na Ásia. Isto acontece numa altura em que o presidente dos EUA procura atenuar o efeito da invasão sobre os preços do gás.
(Notícia atualizada às 17h05)
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