Portugal reforça embaixadas em Varsóvia e Bucareste para responder a pedidos de refugiados
Dois técnicos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e dois do Instituto do Emprego e Formação Profissional serão colocados em cada uma das embaixadas de Varsóvia e Bucareste.
As embaixadas portuguesas em Varsóvia e em Bucareste vão ser reforçadas com uma equipa do IEFP e do SEF para responder aos pedidos de refugiados ucranianos requerentes de proteção temporária em Portugal.
“Portugal vai, por decisão do Conselho de Ministros, ter na embaixada em Varsóvia, mas também na embaixada em Bucareste quatro técnicos em cada uma. Dois do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e dois do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para promover o acolhimento em Portugal”, disse o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, em declarações à Lusa.
As equipas serão temporárias e rotativas a cada dez dias, segundo Brilhante Dias, que aponta como objetivo que “possam auxiliar na tramitação e até, numa primeira fase, na integração com a oferta de emprego que já há em Portugal”.
O governante português estará em missão em Varsóvia, entre os dias 8 e 11 de março, “no âmbito da promoção de uma resposta concertada à crise dos refugiados provenientes da Ucrânia, sobretudo no âmbito da logística e apoio humanitário“, e explica que um dos objetivos é precisamente “acelerar” a implementação “deste modelo de trabalho entre o SEF, o IEFP e a embaixada em Varsóvia e falar com o Governo polaco para manifestar o nosso apoio”.
À Lusa, Eurico Brilhante Dias adiantou ainda que irá encontrar-se com as autoridades polacas, empresários nacionais e associações que estão a prestar apoio à vinda de refugiados ucranianos requerentes de proteção temporária em Portugal. O objetivo é “mostrar que Portugal foi capaz de rapidamente dar um quadro legal de acolhimento e também para corresponder à vontade que os portugueses têm tido de ajudar”.
O secretário de Estado da Internacionalização aponta o impacto da disponibilidade das câmaras municipais para, em ligação com a comunidade ucraniana, promoverem iniciativas de transportes a partir dos países vizinhos da Ucrânia.
“[O papel] não só das câmaras que têm procurado acolher, mas também aquelas que connosco coordenaram a saída de autocarros em direção, essencialmente, à Polónia, mas no caso particular da Câmara Municipal de Leiria, que foram à Hungria”, exemplifica, salientando também a disponibilidade de diversas outras câmaras do país.
O governante adianta ainda que irá brevemente à Roménia, com o executivo a “acompanhar também o que está a acontecer na Eslováquia e na Hungria”, para manifestar junto dos Governos destes países “uma ideia clara de que Portugal tem um quadro legal de acolhimento, de procura de emprego e de integração na […] malha social e de oferta de alojamento, que está a ser muito bem gerida pelos […] colegas para as migrações”.
Brilhante Dias assinalou ainda que existem operadores aéreos que manifestaram disponibilidade para organizar operações de transporte de ucranianos para Portugal. “Também há naturalmente algumas iniciativas no quadro do transporte aéreo, que continuamos a estudar no Ministério dos Negócios Estrangeiros, com propostas de operadores que manifestam vontade de fazer operações de transporte aéreo. Mas a seu momento veremos quando é que se podem concretizar”, disse.
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