CEO da Starbucks sai. Substituto deverá ser conhecido no outono
Kevin Johnson terá sinalizado a sua intenção de sair do cargo há cerca de um ano. Novo CEO deverá ser conhecido no outono. Até lá será ocupado interinamente por Howard Schultz.
Kevin Johnson está de saída do cargo de CEO da Starbucks a partir de abril, num momento em que a companhia navega o impacto da pandemia na operação e enfrenta o maior movimento de sindicalização de baristas nos Estados Unidos. O cargo será ocupado de forma interina pelo antigo CEO, Howard Schultz. Novo CEO deverá ser conhecido no outono.
Há sete anos na Starbucks, cinco dos quais como CEO, Kevin Johnson enfrentou no último ano um dos maiores movimentos de sindicalização dos baristas nos Estados Unidos, para a obtenção de melhores salários e condições. Mais de 130 de 9.000 cafés Starbucks já solicitaram a adesão ao sindicato e, desde o final de 2021, seis locais já votaram no sentido de serem representadas pelo Starbucks Workers United, sindicato dos trabalhadores da cadeia, noticia o Wall Street Journal (conteúdo em inglês, acesso condicionado).
Johnson tem apelado aos trabalhadores para manterem uma relação direta com a empresa e, no ano passado, Howard Schultz chegou a viajar a Buffalo para dialogar com os colaboradores dos primeiros cafés que votaram para a sindicalização.
Vários investidores da Starbucks, liderados pelo Trillium Asset Management e que juntos representam mais de mil milhões de dólares em ações da companhia, pediram na terça-feira que a empresa abandone a sua comunicação anti-sindical com os funcionários e adotasse uma política de neutralidade
A Starbucks anunciou aumentos o ano passado para os baristas, que, juntamente com outros anúncios no mesmo sentido, resultaram numa subida de mil milhões de dólares nos custos salariais.
A cadeia de cafés tem sido impactada pela pandemia, com fecho de espaços durante o confinamento, tendo levado a uma quebra do valor das ações: recuaram 24% nos últimos 12 meses, acima do índice de ações de restauração do Standard & Poor’s que recuaram 5% no mesmo período. Os analistas apontam que o aumento de custos com salários, formação, abastecimento, entre outros custos, irá pesar nos lucros da empresa a curto prazo.
Kevin Johnson terá sinalizado a sua intenção de sair do cargo há cerca de um ano. Mellody Hobson, chairman da Starbucks, frisou que a saída do CEO não resultou de uma pressão externa ou da administração.
A companhia contratou a Russell Reynolds Associates no ano passado para planear a potencial saída do CEO. Espera ter um novo CEO no outono.
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