Costa e Scholz abrem Hannover Messe a 30 de maio junto de 120 empresas portuguesas

Após ser adiada em cinco semanas, a feira industrial Hannover Messe vai arrancar a 30 de maio com 120 empresas portuguesas, e com discursos de António Costa e do chanceler alemão Olaf Scholz.

A Hannover Messe, a principal feira do mundo para a tecnologia industrial, e realizada na Alemanha, vai arrancar a 30 de maio com 120 empresas portuguesas e contará na abertura com a presença de António Costa e Olaf Scholz, foi anunciado esta quarta-feira em conferência de imprensa.

Depois de ter sido adiada por cinco semanas de modo a alinhar-se com o levantamento das restrições pandémicas na Europa, a edição deste ano irá contar com 2.500 a 3.000 expositores, e irá focar-se em temas como a segurança de abastecimento e crescimento, e o combate às alterações climáticas. Assim, vão estar em destaque as energias renováveis e o hidrogénio verde, bem como o papel da digitalização, automatização e inteligência artificial.

A feira irá contar com a participação de marcas internacionais como a Siemens, Microsoft, Bosch Rexroth, Nokia, Verizon, entre muitas outras, enquanto do lado português irão estar presentes empresas como Altice Labs, Cenfim, Energest, Fundiven, Marsilinox, Prozinco, TMG, entre outras a aguardar confirmação. Mas, a China não irá participar na edição deste ano da Hannover Messe.

Segundo Jochen Köckler, CEO da Deutsche Messe, o evento é “o mais político de todas as feiras”, razão pela qual o primeiro-ministro António Costa, e o chanceler alemão Olaf Scholz, irão fazer a abertura da Hannover Messe. A edição irá contar ainda com a participação do vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmerman, a ministra alemã para a Educação e Investigação, Bettina Stark-Watzinger, além de diversos outros oradores vinculados ao setor industrial alemão.

Portugal é o país parceiro desta edição, o que representa uma oportunidade para, nas palavras de Köckler, dispor de uma plataforma onde “todos se vão concentrar” no parceiro em questão. As empresas portuguesas participantes irão focar-se em peças e soluções de engenharia, soluções de energia e ecossistemas digitais, anunciou Francisco Ribeiro de Menezes, embaixador de Portugal na Alemanha.

Segundo o responsável, “Portugal faz sentido” (é o lema para a edição deste ano) por motivos como o crescimento de 4,9% do PIB português em 2021, o peso das energias renováveis e do corte da energia proveniente do carvão, ou a trajetória decrescente do endividamento nacional. Ribeiro de Menezes sublinhou ainda a importância do papel de Portugal na “reinvenção do modelo energético da União Europeia”.

“Estamos empenhados juntamente com Espanha, e com o crescente entusiasmo da Alemanha, num corredor de energia verde através dos Pirenéus, fornecendo à Europa uma fonte alternativa de energia limpa”, acrescentou o embaixador.

Questionado sobre os efeitos da invasão da Ucrânia no nearshoring em Portugal (subcontratação de uma atividade a terceiros, próximos geograficamente do país de origem), Ribeiro de Menezes referiu que esse é um efeito já em força desde o início da pandemia. O embaixador lembrou que a pandemia obrigou a trabalhar “mais próximo de casa”, mas sublinhou a dificuldade em quantificar os efeitos da invasão nesse aspeto.

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