Rio só garante manter-se como deputado até ao verão

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Março 2022

O ainda presidente do PSD disse que a sua intenção é cumprir a sessão legislativa que se inicia esta terça-feira. Sobre a candidatura de Montenegro, recusou-se a comentar.

No dia em que se ficou a conhecer o primeiro candidato às diretas do PSD marcadas para dia 28 de maio, Rui Rio, que já anunciou que abandona a liderança do partido, reiterou esta terça-feira que se mantém como deputado no Parlamento até ao verão. Sobre a candidatura de Luís Montenegro, o ainda presidente dos social-democratas recusou-se a fazer comentários.

A minha intenção é cumprir esta sessão legislativa que está a iniciar-se hoje [terça-feira]”, sublinhou Rui Rio, em declarações transmitidas a partir da Assembleia da República na RTP3, acrescentando que a escolha dos social-democratas para o Conselho de Estado será conhecida “na altura certa”. Questionado depois sobre o seu futuro, limitou-se a afirmar: “Ainda vamos ver o que vou fazer. Estou tranquilo”.

Quanto à candidatura de Montenegro, que chegou a disputar a presidência do partido em janeiro de 2020, perdendo para o atual presidente, Rui Rio recusou-se a comentar. “Não acho nada estranho [o timing da candidatura de Luís Montenegro], mas não vou fazer comentários“, disse, reiterando, sobre a indicação de Paulo Mota Pinto para líder da bancada social-democrata, que “fosse quem fosse [a escolha], há sempre quem possa aplaudir e quem possa achar que há isto ou aquilo”.

Segundo Rui Rio, a indicação do presidente da Mesa do Congresso do PSD para liderar a bancada do partido no Parlamento teve em conta as suas competências e o estatuto académico. “Propus sempre pessoas de credibilidade e pessoas que tenham capacidade e currículo. É o caso”, apontou.

Sobre o novo Executivo, que tomará posse na quarta-feira, o líder social-democrata defendeu que a apreciação deve ser feita “passado algum tempo de o Governo estar em funções”, admitindo, contudo, notar um traço dominante: “O aparelho partidário [é] muito forte naquilo que são as pastas políticas, noutras nem tanto”.

No entanto, Rio criticou a escolha “polémica” de Pedro Adão e Silva para o Ministério da Cultura. “Sabemos que se impôs na vida pública fundamentalmente através de comentários permanentemente a defender o Governo como se de um comentador independente se tratasse e todos nós percebíamos — e agora está mais do que claro, já estava antes — que não era independente. Era um comentador ligado ao Partido Socialista“, acusou.

Já quanto à escolha do ex-presidente da autarquia de Lisboa Fernando Medina para as Finanças, disse que irá aguardar para ver o que é o “desempenho do ministro”.

Nas longas declarações de Rio, houve ainda espaço para comentar a escolha do socialista e agora ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva para presidir à Assembleia da República. “Tanto ser um bom como um mau presidente, [mas] não vamos dizer que é uma escolha sem lógica nenhuma. Claro que tem lógica, claro que tem currículo. Portanto, tem condições de ser um bom presidente“, frisou.

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