Portugal declara dez funcionários russos “persona non grata”

O Governo português notificou o Embaixador russo da decisão de declarar “persona non grata” dez funcionários dessa missão diplomática, cujas atividades são “contrárias à segurança nacional".

O Governo português notificou esta tarde o Embaixador da Federação Russa da sua decisão de declarar “persona non grata” dez funcionários dessa missão diplomática, cujas atividades assinala como “contrárias à segurança nacional”.

Em comunicado enviado às redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros informa ainda que “nenhum destes dez elementos é diplomata de carreira” e avisa que estes dez funcionários da Rússia têm “duas semanas para abandonar o território nacional”.

“O Governo português reitera a condenação, firme e veemente, da agressão russa em território ucraniano”, acrescenta o Ministério tutelado agora por João Gomes Cravinho, que deixou a pasta da Defesa Nacional para suceder a Augusto Santos Silva como chefe da diplomacia portuguesa na legislatura que acaba de começar.

O Executivo liderado por António Costa segue a decisão adotada por vários países europeus nas últimas horas, como a França, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Países Baixos ou Espanha, que expulsaram dezenas de diplomatas russos na sequência da divulgação de vídeos que mostram centenas de civis mortos na cidade ucraniana de Bucha, nas imediações de Kiev. Até o embaixador da China na ONU já classificou essas imagens como “muito perturbadoras”.

Já esta tarde, também o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia (UE), Josep Borrell, anunciou a decisão de designar persona non grata um total de 19 membros da Representação Permanente da Federação Russa na UE por “envolvimento em atividades contrárias ao seu estatuto diplomático”.

 

Esta medida insere-se num novo pacote de sanções a Moscovo proposto pela Comissão Europeia. Em comunicado, Borrell explica que a lista acrescenta “dezenas de pessoas da política ao setor dos negócios e envolvidos em atividades de propaganda – e ainda mais entidades dos setores financeiro, da indústria militar e dos transportes, entre os quais quatro importantes bancos russos que, além de serem excluídos do sistema Swift, serão ainda proibidos de participar em quaisquer transições financeiras na UE”.

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