Especialistas dizem que inflação é conjuntural? “Vamos ver”, diz Marcelo
Presidente da República prefere ser cauteloso quanto à magnitude do aumento dos preços. "A esperança é que seja conjuntural e curta. A realidade, vamos esperar para ver", sublinha Marcelo.
O Presidente da República lembrou esta sexta-feira que os especialistas dizem que a atual inflação é conjuntural e preveem que dure “semanas ou poucos meses”, mas considerou que é preciso esperar para ver se isso se confirma.
Questionado pelos jornalistas sobre se concorda com o entendimento do primeiro-ministro, António Costa, de que a inflação é conjuntural e não estrutural, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Bom, a posição das organizações internacionais é dizer que é conjuntural”.
“Isto é, que dura um tempo, que corresponde à duração da guerra, por um lado, da pandemia, por outro – o que significa a esperança de não haver vagas de pandemia indefinidas e graves e de a guerra terminar rapidamente. Acontecerá, não acontecerá? Os especialistas dizem que sim, que é uma questão de semanas ou poucos meses. Vamos ver”, acrescentou.
“A esperança é que seja conjuntural e curto. A realidade, vamos esperar para ver”, reforçou o chefe de Estado, no fim de uma visita à sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Oeiras, distrito de Lisboa.
De acordo com o Presidente da República, a confirmar-se um cenário de inflação conjuntural, “os efeitos ainda vão continuar durante um tempo, certamente este ano, mas não para o ano que vem e consecutivamente”. “Se aquilo que não esperamos, a pandemia conhecer uma vaga ou a guerra se prolongar muito, aí é muito difícil fazer a previsão”, assinalou.
“Por isso, o senhor primeiro-ministro disse que tem de ser feito um ajustamento caso a caso, quando lhe perguntaram em relação ao salário mínimo nacional como é vai ser e como é que vão ser as reações, as medidas do Governo”, notou Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo “não tem falado” com Zelensky
Sobre o convite ao Presidente da Ucrânia para discursar por videoconferência perante o parlamento português, o chefe de Estado disse que “cabe ao Presidente Zelensky escolher a data de acordo com as suas disponibilidades” e que “a Assembleia da República está a conduzir esses acertos em termos de datas, porque é a Assembleia da República que recebe”.
Interrogado se falou recentemente com Volodymyr Zelensky, sobre este ou outros assuntos, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Agora não tenho falado”.
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