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Keep it Real assume assessoria de imprensa da Promenade

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  • 25 Fevereiro 2025

A escolha pela Keep it Real faz parte da "procura de formas inovadoras de criar, promover e distribuir os projetos da Promenade", justifica Justin Amorim, fundador da produtora independente.

A produtora independente de cinema e televisão Promenade escolheu a agência Keep it Real para assegurar a área de assessoria de imprensa.

“Estamos muito entusiasmados com o desafio de reforçar a presença mediática da Promenade e dos seus projetos e acompanhar o crescimento da produtora num setor que está em constante transformação”, diz João Pedro Ferreira, CEO da Keep it Real, citado em comunicado. Este novo desafio vem reforçar o nosso compromisso em contar histórias envolventes e impactantes, em amplificar projetos que merecem ser conhecidos, falados e vistos pelo grande público”, acrescenta.

Já Justin Amorim, fundador da Promenade, diz que a escolha da Keep it Real faz parte da “procura de formas inovadoras de criar, promover e distribuir os projetos da Promenade, garantindo e potenciando sempre a qualidade das obras cinematográficas e conteúdos audiovisuais“.

A Promenade junta-se ao portefólio da Keep it Real, que já conta com outros clientes do setor como as produtoras Shine Iberia Portugal e Endemol ou os canais AMC, Canal História, Odisseia, AMC Break e AMC Crime. A sua integração “reforça assim a expertise da Keep it Real no que toca à comunicação de projetos de entretenimento”, refere-se em nota de imprensa.

A Promenade “aposta em projetos que quebram barreiras, desafiam normas e dão palco a novas vozes, que mergulham no universo queer, exploram o zeitgeist das gerações mais novas e abordam temas sociais e económicos com um olhar crítico”, lê-se na mesma nota, onde se acrescenta que as suas criações já passaram por festivais como Cannes, Locarno, IndieLisboa e San Francisco International Film Festival e chegaram a plataformas como Max (HBO), Amazon, Disney+ e Filmin.

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JCDecaux defende “necessidade urgente de fiscalização eficaz” na publicidade exterior

A JCDecaux entende que existe uma "proliferação de painéis ilegais em Portugal", sendo necessária fiscalização mais eficaz. "Precisamos de uma EMEL da publicidade exterior a nível nacional", defendeu.

A JCDecaux defendeu esta terça-feira em audição parlamentar que, embora já exista regulamentação, há uma “necessidade urgente de fiscalização eficaz” no que diz respeito à área de out-of-home (OOH) de grande formato, uma vez que se tem verificado a “proliferação de painéis ilegais em Portugal“.

A ideia foi exposta por Natália Casimiro, diretora de património e relações institucionais da JCDecaux, empresa que originou várias notícias no último ano, pela instalação de painéis de grandes dimensões em Lisboa, que explicou os passos necessários para a instalação de painéis publicitários. Este processo tem início com um pedido de licenciamento e de instalação junto do respetivo município e de uma autorização por parte da Infraestruturas de Portugal (IP), sempre que o painel se situe numa área sob a sua jurisdição.

Após a aprovação da licença municipal é necessário proceder-se ao pagamento das taxas de publicidade e de ocupação espaço público — que rondam, em média, os 3.500 euros por ano, embora os valores aplicados variem entre as autarquias –, após o que o processo culmina então com a instalação do painel, explicou a responsável.

Referindo que um processo desta natureza pode levar entre quatro a seis meses a estar concluído, Natália Casimiro disse que se “tem vindo a assistir a um desvio deste processo”, com a instalação de painéis sem licença camarária ou da IP ou com a instalação de painéis com dimensões superiores àquelas que foram licenciadas.

Esta realidade traz consequências, alertou a responsável, como a perda de erário público, impactos na paisagem urbana e a existência de concorrência desleal que “favorece os que atuam de forma ilícita”. “É fundamental que todos tenhamos consciência dos impactos negativos“, disse.

Segundo avançou a diretora de património e relações institucionais, e referindo-se a respostas que a JCDecaux recolheu junto das autarquias, são conhecidas irregularidades em mais de 500 painéis, sendo que os municípios enfrentam um “desafio enorme” no seu combate, desde logo pela falta de meios tanto para a fiscalização, como para a aplicação de sanções ou remoção coerciva dos painéis.

A responsável da JCDecaux pela gestão dos contratos e contacto com os municípios disse ainda na audição parlamentar que já existem autarquias que adotam “boas práticas”, existindo uma “tendência positiva” que passa pela regulação da instalação dos painéis de grande formato por meio de contratos de concessão. Esta solução permite obter um “controlo eficaz dos painéis”, contribuindo para o ordenamento do território e também maximizar a receita do município, explicou.

Outra boa prática passa pela realização de hastas públicas para a instalação de painéis publicitários, que permitem definir o número de locais e painéis que podem ser licenciados, e que permitem abrir à concorrência a licitação de painéis.

Referindo que em Portugal o processo que se segue à deteção de uma irregularidade pode demorar meses e culminar na aplicação de uma coima onde os valores mínimos podem não ultrapassar as duas centenas de euros, Natália Casimiro defendeu que é preciso serem tomadas ações que passem pela sensibilização das autarquias e entidades competentes para a importância do ordenamento de publicidade exterior e da fiscalização, pelo reforço da fiscalização e pela aprovação de legislação adequada.

Precisamos de uma EMEL da publicidade exterior a nível nacional“, concluiu Natália Casimiro.

A sessão desta terça-feira acabou por ser adiada, sem os deputados terem tido oportunidade de se pronunciar ou questionar a JCDecaux. A audição tinha sido pedida pela agência Burson em nome da JCDecaux, e não pela empresa de mobiliário exterior, pelo que alguns deputados poderiam não estar presentes por não saberem que seria a JCDecaux a entidade a ser ouvida, observou Bruno Nunes, deputado do Chega e presidente da mesa.

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Poluição na Índia pode encarecer seguros de saúde em 10% a 15%

  • ECO Seguros
  • 25 Fevereiro 2025

Se as intenções se materializarem será a primeira vez de sempre que a poluição atmosférica será utilizada como um fator direto para calcular os prémios dos seguros de saúde na índia.

As seguradoras que operam na Índia ponderam aumentar os preços das novas apólices seguros de saúde entre 10% a 15% para os residentes de Nova Deli após um aumento significativo de sinistros relacionados com a poluição atmosférica em 2024 na capital da Índia, segundo nove executivos avançaram à Reuters.

O plano está a ser debatido entre os seguradores mas, se avançar, vai requerer aprovação do regulador de seguros e surge após a capital da Índia ter registado níveis recorde de poluição atmosférica.

Se os objetivos se concretizarem, será a primeira vez de sempre que a poluição atmosférica será utilizada como um fator direto para calcular os prémios dos seguros de saúde na índia e poderá justificar subidas nos prémios nas próximas cidades.

A toxicidade no ar fez com que mais residentes da capital procurassem o tratamento para asma, doença pulmonar obstrutiva crónica e doenças cardiovasculares em 2024 num valor superior a qualquer ano precedente, indicaram cinco responsáveis contactados pela agência.

Importa referir que os sinistros respiratórios aumentaram 8,3% entre o ano fiscal de 2023 e o ano fiscal de 2025 no estado de Deli, que registou o maior aumento dos custos dos cuidados de saúde na Índia durante esse período, de acordo com um relatório Boston Consulting Group e do Medi Assist.

Além disso, a Bajaj Allianz General Insurance indicou que o setor poderia eventualmente acrescentar novas cláusulas que abordassem especificamente os problemas de saúde relacionados com a poluição.

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“Nem todo o investimento em petróleo faz sentido nesta altura”, afirma co-CEO da Galp

A Galp conta que os combustíveis fósseis permaneçam úteis nas próximas três a quatro décadas.

O co-CEO da Galp, João Diogo Marques, prevê que o investimento em petróleo continue a verificar-se nas próximas décadas, mas ressalva que “nem todo o investimento em petróleo faz sentido”.

“O investimento na Namíbia é um investimento que muita gente podia pensar que não faria sentido. Mas ainda temos décadas de investimento em petróleo que vai ter de acontecer”, afirmou João Diogo Marques da Silva, para depois deixar a ressalva: “Mas cuidado, que nem todo o investimento em petróleo faz sentido nesta altura“.

O responsável da Galp falava na Electric Summit, uma conferência que decorreu esta terça-feira no Tagus Park. Mais tarde, na mesma intervenção, completou que a empresa aponta para que todos os combustíveis fósseis permaneçam nas próximas três a quatro décadas. “Vão ter que ficar. Se não ficarem, será um enorme risco”, rematou.

Esta intervenção acontece num dia em que a Galp comunicou novos dados em relação ao projeto de exploração de petróleo na Namíbia, à qual os mercados reagiram positivamente: os títulos da cotada chegaram a valorizar mais de 8%, e fecharam com uma subida de quase 7% na sessão.

Para o co-CEO da Galp, “a transição [energética] tem de manter neutralidade tecnológica. Acreditamos pouco numa transição totalmente subsidiada ou que vai representar custo acrescido à economia que deve ser servida por essa transição”. O gestor assinala que existem “vários exemplos” de empresas que aceleraram na transição e “nesta altura podem estar em grandes dificuldades”.

Olhando ao investimento em Portugal, João Diogo Marques assume que “continua a ser atrativo”, embora possa haver “dificuldade em escalar e ter complementaridade com outros investimentos”.

No mesmo painel participou o COO da REN, João Conceição. Este assinalou que tem existido um desequilíbrio no “triângulo” que sustenta as políticas energéticas na Europa: a competitividade e segurança têm sido mais sustentadas que a sustentabilidade ambiental. “O que a Europa peca é que cria o momento, mas depois não consegue manter a locomotiva com a aceleração” de outros países, assinala.

O mesmo sublinha que as redes “são necessárias” para a transição mas são um investimento “caro” e não há para já consenso em quem as irá pagar. Apesar dos custos elevados, há um montante até ao qual João Conceição entende que não deveria existir grande discussão: os 150 milhões de euros de investimento anuais, até aos quais não irá aumentar o custo relativo às redes que é pago pelo consumidor na fatura de eletricidade.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h24)

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Bilionário Buffett explica como se ganha no negócio dos seguros

Os seguros fizeram da Berkshire Hathaway uma das maiores empresas do mundo e de Warren Buffett uma das pessoas mais ricas. Na carta anual aos acionistas revelou como se fazem seguradoras de sucesso.

A carta anual que o bilionário Warren Buffett envia aos acionistas da Berkshire Hathaway tornou-se um manual simples da racionalidade com que encara os seus investimentos. Destaca sempre o negócio dos seguros como o primeiro motor da empresa e hoje a Berkshire é, depois da Allianz, a 2ª maior seguradora do mundo em ativos e está no top 10 das seguradoras do mundo por prémios vendidos, depois das seguradoras norte-americanas de saúde e em conjunto com a China Life, Allianz e AXA.

Warren Buffett: “Também é nosso papel contestar decisões judiciais excessivas, litígios infundados e comportamentos fraudulentos”.

A Geico, sua principal marca de seguros, deve contar com 30 milhões de veículos seguros, mas a Berkshire também tem resseguradoras e um grupo vasto de participações diversificadas. Buffett está, pessoalmente na lista dos 10 mais ricos do mundo, com exceção dos tecnólogos apenas o francês Bernard Arnault, da LVMH, faz parte dessa elite.

Por volume de negócios a Berkshire, em que Buffett tem 38,5% do capital e as gestoras de fundos Vanguard e BlackRock têm respetivamente 26,8% e 16,5%, também está no top 10 das maiores empresas do mundo. Entre as não tecnológicas, só a Saudi Aramco e a Tesla estão na frente. Na sua carta de 2025, Buffett voltou a lembrar os seguros, mas explicou como e só uma gestão rigorosa leva aos resultados que obteve.

Ficam as suas opiniões em extratos retirados da carta.

Seguro de Propriedade e Acidentes: Ameaças escondidas numa oportunidade

“O seguro de propriedade e acidentes (P&C) continua a ser o principal negócio da Berkshire. A indústria segue um modelo financeiro que é raro – muito raro – entre grandes empresas. Normalmente, as empresas incorrem em custos com mão de obra, materiais, estoques, instalações e equipamentos antes – ou simultaneamente – da venda de seus produtos ou serviços. Consequentemente, seus CEOs têm uma noção clara do custo do produto antes de vendê-lo. Se o preço de venda for inferior ao custo, os gestores rapidamente percebem que há um problema. Um fluxo de caixa negativo é difícil de ignorar.

No caso do seguro P/C, recebemos o pagamento antecipadamente e só muito mais tarde descobrimos quanto nosso produto realmente nos custou – às vezes, esse momento da verdade pode levar 30 anos ou mais. (Ainda estamos fazendo pagamentos substanciais relacionados a exposições ao amianto que ocorreram há mais de 50 anos.) Esse modelo operacional tem o efeito desejável de fornecer liquidez aos seguradores antes que a maior parte das despesas seja incorrida, mas também traz o risco de que a empresa possa estar perdendo dinheiro – às vezes quantias gigantescas – antes que o CEO e os diretores percebam o que está acontecendo.

Algumas linhas de seguro minimizam esse descompasso, como seguros agrícolas ou contra granizo, onde as perdas são rapidamente reportadas, avaliadas e pagas. Outras linhas, no entanto, podem criar uma falsa sensação de sucesso para executivos e acionistas enquanto a empresa caminha para a falência. Pense-se, por exemplo, em seguros contra erros médicos ou responsabilidade por produtos. Nessas áreas de “long tail” (“cauda longa”), um segurador P/C pode reportar lucros elevados, mas fictícios, para os seus proprietários e reguladores durante muitos anos – ou até décadas. A contabilidade pode ser particularmente perigosa se o CEO for um otimista ou um vigarista. Essas possibilidades não são meras hipóteses: a história mostra inúmeros casos de cada tipo”.

Dinheiro antecipado, pagamentos de perdas depois

“Nas últimas décadas, esse modelo de “dinheiro antecipado, pagamentos de perdas depois” permitiu à Berkshire investir grandes quantias com esse “float”, enquanto geralmente gerava um pequeno lucro de subscrição. Fazemos estimativas para imprevistos e, até agora, essas estimativas têm sido suficientes. Não nos deixamos intimidar pelos pagamentos crescentes e dramáticos de perdas decorrentes das nossas atividades (enquanto escrevo isso, penso em incêndios florestais). O nosso trabalho é precificar para absorver esses impactos e encarar os desafios de forma pragmática quando eles surgem. Também é nosso papel contestar decisões judiciais excessivas, litígios infundados e comportamentos fraudulentos.

Sob a liderança de Ajit (refere-se a Ajit Jain, um dos principais executivos da Berkshire Hathaway) , a nossa operação de seguros passou de uma empresa obscura sediada em Omaha para uma líder mundial, conhecida tanto pelo apetite por risco quanto pela solidez financeira comparável à de Gibraltar.

Além disso, Greg (aludindo a Gregory Edward Abel, vice-presidente de operações não relacionadas a seguros), os nossos diretores e eu temos um investimento muito significativo na Berkshire em relação a qualquer compensação que recebemos. Não usamos opções ou outras formas de remuneração unilaterais. Se você (referindo-se aos acionistas da Berkshire) perde dinheiro, nós também perdemos. Essa abordagem incentiva a cautela, mas não garante previsão absoluta”

Reduzir exposição quando o prémio não é adequado

“O crescimento do seguro P/C depende do aumento do risco económico. Sem risco, não há necessidade de seguro. Pense apenas em 135 anos atrás, quando o mundo não tinha automóveis, caminhões ou aviões. Hoje, há 300 milhões de veículos apenas nos EUA, uma frota massiva que causa enormes danos diariamente. Os danos materiais resultantes de furacões, tornados e incêndios florestais são enormes, estão a crescer e a tornarem-se cada vez mais imprevisíveis, tanto em padrões quanto em custos finais.

Seria uma loucura – aliás, uma insanidade – oferecer apólices de dez anos para essas coberturas, mas acreditamos que assumir esses riscos por um ano é geralmente viável. Se mudarmos de opinião, alteraremos os contratos que oferecemos. Durante a minha vida, os seguradores automóvel geralmente abandonaram as apólices anuais e passaram para as de seis meses. Essa mudança reduziu o float, mas permitiu uma subscrição mais inteligente.

Nenhum segurador privado tem a disposição de assumir a quantidade de risco que a Berkshire pode oferecer. Em certos momentos, essa vantagem pode ser importante. No entanto, também precisamos reduzir a nossa exposição quando os preços são inadequados. Nunca devemos subscrever apólices mal precificadas apenas para continuar no jogo. Essa estratégia é um suicídio corporativo. Precificar adequadamente o seguro P/C é uma combinação de arte e ciência – definitivamente não é um negócio para otimistas. Mike Goldberg, o executivo da Berkshire que recrutou Ajit, disse isso da melhor maneira: “Queremos que nossos subscritores venham trabalhar todos os dias nervosos, mas não paralisados.”

Subscrição de riscos inteligente em negócio que não é para otimistas

Considerando tudo, gostamos do negócio de seguros P/C. A Berkshire tem capacidade financeira e psicológica para lidar com perdas extremas sem hesitação. Também não dependemos de resseguradores, o que nos proporciona uma vantagem de custo significativa e duradoura. Finalmente, temos gestores excecionais (nenhum deles otimista) e estamos particularmente bem posicionados para utilizar os valores substanciais que o seguro P/C gera para investimentos.

Nas últimas duas décadas, nosso negócio de seguros gerou 32 mil milhões de dólares em lucros líquidos de subscrição, o que equivale a cerca de 3,3 centavos por dólar de vendas após impostos. Enquanto isso, nosso float cresceu de 46 mil milhões para 171 mil milhões de dólares. O float provavelmente continuará a crescer com o tempo e, com uma subscrição inteligente (e um pouco de sorte), há uma boa possibilidade de que continue a ser um custo zero”.

Os ensinamentos simples de Warren Buffett, nesta sua carta ano dirigida em 2025 aos acionistas da Berkshire Hathaway.

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Governo quer participação de até 51% em futura fábrica de munições

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A fábrica poderá estar operacional em mais ou menos três anos, segundo o ministro da Defesa. "O investimento esperado, supõe-se, será à volta de 45 milhões de euros", disse.

O ministro da Defesa afirmou esta terça-feira que o Governo pretende ter uma participação entre 35 e 51% numa futura fábrica de munições, cujo investimento deverá rondar os 45 milhões de euros e criar “mais de 100 postos de trabalho”.

“O que pretendemos é uma participação significativa entre 35% e 51%. A fábrica poderá estar operacional em mais ou menos três anos. O investimento esperado, supõe-se, será à volta de 45 milhões de euros, sendo que também há possibilidades de entregas em espécie, mas com uma criação de mais de 100 postos de trabalho”, adiantou Nuno Melo, numa audição na Assembleia da República.

Em resposta a perguntas do PS, Nuno Melo começou por criticar “a forma precipitada” como os socialistas “geriam a coisa pública”.

Nós queremos partir para projetos, mas suficientemente pensados, o que significa que nós não queremos uma fábrica de munições por uma fábrica de munições. Queremos uma empresa que seja capaz de criar munições, gerando lucro para que depois não se transforme num buraco para o Estado”, salientou.

O Governo espera uma recuperação do investimento entre cinco a dez anos, “tendo em conta um plano de negócios que está, obviamente, também a ser tratado”, adiantou Nuno Melo. O ministro acrescentou que há um memorando de entendimento que está a ser trabalhado, um grupo técnico a analisar “detalhes logísticos”, e projetos a ser elaborados que serão apresentados “a seu tempo”.

“O nosso é o tempo que consideramos necessário para não garantirmos buracos ao Estado, porque, infelizmente, o Estado já tem que suportar suficientes buracos que depois geram prejuízo e não receita”, completou.

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Estudo da ACP aponta perda de interesse em compra de carro elétrico

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

Segundo estudo do ACP, 59% dos inquiridos admite não comprar elétricos, uma subida de 16 pontos percentuais (p.p.) face a 2023.

A intenção de comprar um carro elétrico por quem não tem um veículo deste tipo caiu face a 2023, com a maioria a admitir que não os quer, segundo um estudo divulgado esta terça-feira pelo Observatório ACP.

De acordo com um estudo sobre mobilidade elétrica, divulgado pelo Observatório Automóvel Club de Portugal (ACP), 59% dos inquiridos admite não comprar elétricos, uma subida de 16 pontos percentuais (p.p.) face a 2023, enquanto 30% admite comprar (descida de 17 pontos).

Entre os 1.200 inquiridos, 96,5% não tem carro elétrico, sendo que, entre estes, a preferência num momento de compra seria uma marca tradicional (48%, mais dois p.p.). Cerca de metade (51%) admite comprar um carro elétrico entre 20.000 e 40.000 euros, “mas 49% aponta um teto máximo de 30.000 euros para assumir a probabilidade de compra”.

Já para quem tem carro elétrico, cerca de quatro em cada cinco inquiridos (82%) tem elétricos há menos de cinco anos e dois em cada três fazem mais de 400 quilómetros por mês, sendo que a maioria percorre até 60 quilómetros por viagem (60%, mais sete p.p.).

Os detentores de carro elétrico referem que as viagens superiores a 90 quilómetros são pouco frequentes (7%) e cerca de 33% faz menos de 400 quilómetros por mês, enquanto 51% dos inquiridos que não têm carro elétrico dizem que a autonomia deve ser superior a 400 quilómetros para se sentir confortável.

A maioria dos inquiridos (54%) apontou que encontrar um posto de carregamento é uma tarefa acessível, com 18% a dizer que é muito fácil ou fácil e 27% a sugerir que é difícil ou muito difícil. Cerca de 86% carrega o seu carro em casa com uma frequência semanal (49%), enquanto 44% usa postos públicos pelo menos uma vez por mês.

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APPM com nova identidade visual para “responder aos desafios do marketing atual”

  • + M
  • 25 Fevereiro 2025

A nova identidade é desenvolvida pela Happy Brands, agência que é também responsável pelo design dos APPM Marketing Awards. Inclui um novo logótipo, paleta de cores e assinatura.

A APPM – Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing tem uma nova imagem. O objetivo é responder aos desafios do marketing atual“, tendo a Happy Brands sido a agência responsável pelo rebranding. Esta identidade renovada inclui um novo logótipo, paleta de cores e assinatura.

Esta nova assinatura — “Presente no Futuro do Marketing” — apresenta-se como “uma mensagem assertiva que transmite confiança na continuidade da APPM como peça fundamental no futuro do marketing, reforçando a sua relevância e visão de longo prazo” e a ideia de que a associação “está presente na vida dos profissionais e ativa no mercado”.

A nova identidade da APPM representa um marco na nossa história, evidenciando o nosso compromisso com a inovação e a excelência. Este rebranding é o resultado do esforço coletivo de toda a equipa e do desejo de projetarmos a APPM para o futuro”, diz Carlos Sá, presidente da APPM, citado em comunicado.

Já Tiago Charrua, CEO da Happy Brands — agência que é também responsável pelo design dos APPM Marketing Awards –, refere que “desenvolver o rebranding de uma instituição com a história da APPM foi um enorme desafio e uma grande responsabilidade”.

O objetivo foi encontrar o equilíbrio certo entre a solidez e a credibilidade de quase 60 anos de existência e a necessidade de uma marca mais moderna, dinâmica e alinhada com o futuro do marketing. Este rebranding não é apenas uma mudança visual, é uma nova atitude, uma nova forma de comunicar e de reforçar a presença da APPM num setor cada vez mais competitivo“, acrescenta.

Esta transformação “demonstra o compromisso da APPM com a evolução e a excelência, mantendo-se fiel à sua história enquanto se projeta para o futuro”, refere-se em nota de imprensa.

Com esta nova identidade, a associação “reafirma a sua posição como referência no setor, refletindo a sua visão inovadora e adaptada aos desafios do marketing atual”, lê-se ainda na mesma nota.

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Regime de isenção fiscal dos biocombustíveis deve ser repensado, defende presidente da ENSE

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

Alexandre Fernandes sublinhou que é "mais barato comprar fora do que produzir em Portugal ou na União Europeia" e que o regime não aumentou a produção nacional, mas sim as importações.

O presidente da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), Alexandre Fernandes, disse esta terça-feira que o regime de isenção fiscal para biocombustíveis deve ser repensado e considerou que o fim desta isenção terá um efeito marginal no consumidor.

Alexandre Fernandes esteve a ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública a propósito da proposta de lei do Governo prevendo o fim da isenção fiscal em sede de ISP para os biocombustíveis, medida criada em 2021 e que o executivo tem referido não estar a cumprir os objetivos a que se propôs, nomeadamente de aumento da produção nacional e de promoção da economia circular.

“Se de facto, aquilo que esteve na origem da criação do mecanismo de isenção não produziu as duas realidades para o qual foi criado, temos de repensar”, referiu o presidente da ENSE, acrescentando que os dados indicam que a medida não contribuiu para a produção nacional de biocombustíveis (e dessa forma para a promoção da autonomia do abastecimento), nem criou uma cadeia de valor de aproveitamento dos resíduos.

O Governo tem referido que, além de se tratar de uma “singularidade” portuguesa, esta medida fiscal tem levado a um aumento e importações, sem que tenha tido impacto positivo na produção nacional de biocombustíveis.

Questionado sobre esta vertente pelos deputados, o presidente da ENSE referiu que o não aumento da produção nacional em detrimento do aumento das importações, sobretudo do sudoeste asiático, tem a ver com o facto de ser mais barato comprar fora do que produzir em Portugal ou na União Europeia, mesmo com a pegada ambiental, o que acaba por criar problemas, nomeadamente ao nível da fiscalização e controlo das fontes de produção.

Os deputados também colocaram questões sobre o impacto que o fim desta isenção poderá ter no consumidor final, tendo Alexandre Fernandes referido que tal será marginal, de valor inferior a um cêntimo.

Já o secretário-geral da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB) disse esta terça-feira, em audção na mesma comissão parlamentar, que mais relevante do que o fim ou manutenção da isenção fiscal dos biocombustíveis é a falta de equidade na fiscalização de produtores e importadores.

Alguns associados defendem a manutenção da isenção, outros consideram que não estão criadas condições para ela ser funcional. Aquilo em que há consenso é que há uma diferença estrondosa na fiscalização dos operadores”, afirmou Jaime Braga. Considerando que as isenções fiscais são uma decisão política, Jaime Braga acentuou que neste mercado, que tem restrições ambientais, “dá-se uma distorção da concorrência” se não houver cuidados na rastreabilidade.

Em causa está uma isenção fiscal aprovada em 2021 e que o atual governo quer extinguir, por ser, como já foi apontado por vários governantes, “um caso único” a nível europeu, e que custa cerca de 100 milhões de euros anualmente. A associação que representa, afirmou, tem pugnado “por um mínimo de equidade” na fiscalização face à diferença que apontou ao nível desta rastreabilidade e fiscalização dos produtos usados no biocombustível entre os produtores nacionais e os que importam o produto.

“A isenção é igual para todos, mas é desvirtuada na fiscalização”, disse Jaime Braga, notando que a diferença de tratamento deriva da própria lei que não é equitativa uma vez que sobre os produtores nacionais há um controlo total, enquanto nas importações é apenas exigido um certificado de sustentabilidade e de matérias incorporadas.

O sistema de isenção em si mesmo não é bom nem mau, mas se não for regulamentado não resulta. Ou seja, a produção nacional não cresce. Crescem as importações? Não tenham a menor dúvida. O que não é controlado, é mais barato”, sublinhou.

Entre os motivos que justificaram a proposta do Governo para acabar com esta isenção está o facto de a medida não estar a cumprir os objetivos a que se propôs, nomeadamente de aumento da produção nacional e de promoção da economia circular.

(Notícia atualizada com mais informação às 18h16)

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Gouveia e Melo sem “nenhuma pressa” para as presidenciais. “A minha intervenção cívica vai continuar”

Gouveia e Melo, apontado como candidato à presidência da República, diz que "não há nenhum tabu" e que hoje está a exercer um "direito cívico que não exerceu nos últimos 45 anos".

Henrique Gouveia e Melo afirma que “não existe nenhum tabu” em relação a uma possível candidatura a Belém. O almirante diz não ter “pressa” e que, para já, está a “participar na sociedade como cidadão”.

“Há muito tempo para decidir, para refletir e não há necessidade de nenhuma pressa”, disse o almirante. “Estou a fazer o meu percurso”, afirma em declaração aos jornalistas à margem do encontro promovido pela SEDES Jovem.

Há muito tempo para decidir, para refletir e não há necessidade de nenhuma pressa.

Gouveia e Melo

Questionado pelos jornalistas se ao adiar a decisão não estará a iludir os portugueses, o almirante respondeu que “está a participar na sociedade como cidadão”, um “direito cívico que não exerceu nos últimos 45 anos”.

O almirante esclareceu ainda que “acabou de sair das Forças Armadas” e que “deixou um tempo para distanciar-se”. Estou a intervir no espaço público”, referiu.

Henrique Gouveia e MeloLusa

Gouveia e Melo rejeita que a demora em anunciar uma eventual candidatura seja uma “questão tática”.

“A questão é que há tempo para tomar um conjunto de decisões“, disse Gouveia e Melo. “Neste momento, estou a usar o tempo que acho que tenho de usar”, afiança.

Na segunda-feira, Marques Mendes, candidato a Belém, disse que Gouveia e Melo será candidato à Presidência da República. Gouveia e Melo não confirmou essa informação. “Os candidatos podem dizer o que quiserem. Não quer dizer que isso me influencie ou não”, avançou o almirante.

Gouveia e Melo distancia-se do estilo presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa e assume uma posição centrista de agente “isento” acima dos partidos. Num artigo publicado na semana passado no Expresso, Gouveia e Melo escreveu que, “na conjuntura atual, um Presidente sem a independência necessária afunila a democracia”.

(Notícia atualizada com mais informação às 17h15)

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Agências da APAP estão a oferecer estágios. Iniciativa é promovida com campanha

  • + M
  • 25 Fevereiro 2025

A associação pretende "colocar a publicidade no mapa" de jovens universitários, permitindo-lhes fazer um estágio numa das agências associadas, mesmo não estando em cursos relacionados com a área.

A Associação Portuguesa das Agências de Publicidade, Comunicação e Marketing (APAP), que representa as agências de publicidade em Portugal, lançou uma campanha junto dos universitários portugueses. O objetivo passa por “colocar a publicidade no mapa destes jovens que, não estando em cursos diretamente relacionados com esta área profissional, são apaixonados pelo estudo do comportamento humano“, oferecendo-lhes a possibilidade de fazerem um estágio numa das agências associadas.

A campanha, criada pel’O Escritório e produzida pela Garage, pela Nossa e pela Uzina, conta com uma divulgação assegurada através da parceria com a Inspiring Future, canais Star, CNN, SIC Notícias, JCDecaux, MOP, Tequilha e Google.

A iniciativa surge tendo em conta que a escolha da área profissional “é uma das decisões que mais angústia provoca nos jovens”, pelo que a APAP desafia os jovens universitários a experimentar trabalhar em publicidade num estágio, inscrevendo-se em www.estagios-apap.pt.

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Participações na Galp e Banco Millenium BCP são para manter, indica Sonangol

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

O presidente da Sonangol diz que "nenhuma empresa que queira ter alguma receita se dá ao luxo de se desfazer desse ativo [BCP], portanto, ainda continua estratégico”.

O presidente do conselho da administração da Sonangol, petrolífera estatal angolana, disse esta terça-feira que as participações na Galp Energia e no Banco Millenium BCP continuam a ser estratégicas e para manter, destacando os resultados positivos alcançados. Sebastião Gaspar Martins falava dos resultados alcançados pela empresa em 2024, durante uma cerimónia no âmbito do 49.º aniversário que a Sonangol completa esta terça-feira.

“(Temos indicações) que é para permanecer”, acompanhando o que é decidido em termos da estratégica da empresa, “mas (essas participações) têm dado resultados positivos, não temos dúvidas”, referiu o presidente da petrolífera angolana, lembrando que o BCP tem distribuído dividendos, tal como a Galp.

“Para nós continua a ser um ativo a manter, não vemos razão pela qual sair”, disse Sebastião Martins, referindo-se a “momentos difíceis” vividos “no caso particular do BCP”, cujas ações chegaram a um valor mínimo de pouco cêntimos “próximo de zero”, mas têm estado a valorizar chegando esta terça a 0,57 cêntimos de euro.

“Nenhuma empresa que queira ter alguma receita se dá ao luxo de se desfazer desse ativo, portanto, ainda continua estratégico”, frisou Sebastião Gaspar Martins. A Sonangol detém uma participação indireta na petrolífera portuguesa através da Amorim Energia, que controla 36,7% do capital da Galp, e é o segundo maior acionista do BCP, com uma participação de 19,49%.

Relativamente ao anúncio feito pela Galp de mais uma descoberta de petróleo na vizinha República da Namíbia, Sebastião Martins referiu que a Sonangol tem acompanhado o que está a ser feito, o que “tem servido para valorizar mais a Galp”.

“E se houver necessidades de investimento ela (a Galp) vai aproximar-se aos acionistas para ver que tipo de necessidades terá”, salientou. Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, disse que há investimento no upstream de Angola e espera que as descobertas na Namíbia “algumas resultem em projetos”.

“Estou contente que isso aconteça, que algumas delas resultem em projetos, porque sabem que nem tudo vai resultar em projetos, portanto, não vamos ser tão eufóricos também, vamos pedir que aconteça algum sucesso como é usual nesta indústria para que os nossos irmãos da Namíbia beneficiem também disso e nós também possamos beneficiar”, sublinhou.

Diamantino Azevedo disse que Angola tem estado a trabalhar com a Namíbia para que a experiência angolana seja levada ao país vizinho, “mas em termos económicos” para o bem do país. “O êxito deles será bom para nós também, mas aqui no nosso país também tem havido investimentos”, reforçou.

Volume de negócios da Sonangol atingiu mais de 10 mil milhões em 2024

A Sonangol atingiu um volume de negócios de 10,5 mil milhões de dólares (cerca de 10 mil milhões de euros) em 2024, segundo resultados provisórios da empresa.

A Sonangol referiu que o ano de 2024 ficou marcado “por inúmeros desafios”, com destaque para a “instabilidade no ambiente geopolítico e consequente impacto no comportamento dos mercados, com uma redução do preço do petróleo das ramas comercializadas pela Sonangol”. O preço médio por barril foi de 80,09 dólares, abaixo dos 82,04 alcançados no ano anterior.

A empresa salienta, num comunicado, que ainda assim a Sonangol prevaleceu “sólida e constante” com um volume de negócios de 10,5 mil milhões de dólares e um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3,4 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros) refletindo a “capacidade de gerar lucro num cenário de volatilidade do mercado.

Em 2023, a Sonangol registou um volume de negócios de 7.872.965 milhões de kwanzas, equivalente a cerca de 11,4 mil milhões de dólares ao câmbio da altura e um EBITDA consolidado de 2.513.653 milhões de kwanzas, equivalente a 3,7 milhões de dólares. A petrolífera adianta que realizou um investimento de 2,4 mil milhões de dólares (2,28 mil milhões de euros) em linha com os objetivos estratégicos definidos e produziu 201 mil barris de petróleo/dia.

A Sonangol mantém-se como a maior investidora nas concessões petrolíferas em Angola, com uma presença estratégica em 35 concessões petrolíferas, das quais nove operadas diretamente. A Sonangol destaca também a conclusão da construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD), “um projeto fundamental para a segurança energética do país, garantindo reservas estratégicas de combustíveis e contribuindo para a sua autossuficiência.

 

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