Ryanair ameaça cancelar encomenda à Boeing se preços aumentarem devido a tarifas

CEO da Ryanair ameaça cancelar encomenda à Boeing e avaliar outros fornecedores (incluindo, chineses), caso tarifas de Donald Trump resultem num aumento significativo dos preços.

A transportadora aérea Ryanair ameaçou, esta quinta-feira, cancelar a encomenda de centenas de aviões à Boeing, caso a guerra comercial promovida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, leve a aumentos significativos dos preços. A notícia é avançada pela Reuters, que indica que a Ryanair admite optar por fornecedores chineses.

“Se o Governo dos Estados Unidos prosseguir com o seu plano imprudente de impor tarifas, e se estas tarifas afetarem de modo significativo os preços dos aviões exportados pela Boeing para a Europa, então certamente que reavaliaremos tanto as encomendas atuais, como a possibilidade de fazer encomendas a outros fornecedores“, avisou o CEO, Michael O’Leary, numa carta enviada às autoridades norte-americanas.

A Reuters destaca que a Ryanair é um dos maiores clientes da Boeing, sendo esta ameaça o sinal mais recente de uma potencial reorganização da indústria aeroespacial mundial, face às tarifas anunciadas por Donald Trump. Até ao momento, a Boeing ainda não reagiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rede europeia que gere redes elétricas cria comité para investigar apagão

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade vai "investigar as causas essenciais, elaborar uma análise exaustiva e avançar com recomendações num relatório final" sobre o apagão.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade vai criar um comité para investigar as causas do ‘apagão’ “excecional e grave” que deixou Portugal e Espanha às escuras na segunda-feira, foi hoje anunciado.

A organização disse que vai “investigar as causas essenciais, elaborar uma análise exaustiva e avançar com recomendações num relatório final” sobre o incidente de segunda-feira que deixou Portugal continental, Espanha e Andorra praticamente sem eletricidade e também uma parte do território de França.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade acrescentou que também será feito um relatório que vai apresentar de maneira exaustiva todos os detalhes do incidente.

O comité vai incluir investigadores de vários países da União Europeia e os que estiveram envolvidos no incidente, assim como as entidades nacionais dos países afetados.

Nas redes sociais, o comissário europeu para a Energia, Dan Jørgensen, saudou “o anúncio da Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade de criar um painel de especialistas para investigar o ‘apagão’ em Espanha e Portugal, que vai atualizar regularmente a Comissão Europeia”.

O membro do executivo comunitário acrescentou que “é necessário apurar as causas do incidente”, depois de estar reestabelecida a eletricidade nos dois países: “São necessárias medidas para melhorar, com base na informação que seja disponibilizada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brent desce do nível dos 60 dólares após dados negativos sobre atividade na China

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

Atividade industrial da China desacelerou em abril, um mês em que as tensões comerciais com os Estados Unidos aumentaram. Em reação, o preço do petróleo Brent já está abaixo dos 60 dólares por barril.

O preço do petróleo Brent, a referência na Europa, caiu hoje e já está abaixo dos 60 dólares por barril, pela primeira vez desde 09 de abril e influenciado pela guerra comercial e com dados menos positivos sobre a China.

O Brent está a ser pressionado por dados dececionantes sobre a atividade na China, tendo descido a até 59,3 dólares por barril, contra 58,4 dólares por barril em 09 de abril, segundo dados da Bloomberg.

Excluindo o valor de 09 de abril, o nível atual é o mais baixo desde o início de 2021.

A atividade industrial da China desacelerou em abril, um mês em que as tensões comerciais com os Estados Unidos aumentaram, de acordo com o índice de compras (PMI) divulgado na quarta-feira pelo National Bureau of Statistics (NSO).

O PMI situou-se em 49 pontos em abril, 1,5 pontos abaixo dos 50,5 pontos do mês anterior, segundo a agência Efe.

Os sinais de fraqueza da economia chinesa coincidem com os planos da OPEP+ (organização que reúne os parceiros da OPEP e outras potências petrolíferas, como a Rússia) para aumentar a produção.

A reunião da OPEP+ está prevista para segunda-feira para discutir a situação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street abre no “verde” com subida dos lucros da Meta e Microsoft

S&P 500, Dow Jones e Nasdaq abriram penúltima sessão da semana em terreno positivo, com tecnológicas Meta e Microsoft em destaque.

Os principais índices dos mercados norte-americanos arrancaram a penúltima sessão da semana em “terreno positivo“, depois de a Meta e a Microsoft terem apresentado resultados fortes quanto ao primeiro trimestre do ano.

Na abertura da sessão de quinta-feira, o índice de referência em Wall Street, o S&P 500, está a valorizar 1,01% para 5.625,14 pontos. Também no “verde”, o tecnológico Nasdaq sobe 1,99% para 17,793.136 pontos e o industrial Dow Jones avança 0,61% para 40,918.04 pontos.

Em destaque na sessão desta tarde estão as tecnológicas Meta e Microsoft.

A primeira viu os seus lucros crescerem 35% para 16,6 mil milhões de euros, nos primeiros três meses do ano face ao registado há um ano, sendo que estes resultados estão agora a animar os investidores. Os títulos da tecnológica de Mark Zuckerberg avançam 5,38% para 578,56 dólares, na sessão desta quinta-feira.

a Microsoft apresentou lucros trimestrais de 25,8 mil milhões de dólares, o que corresponde a um aumento homólogo de 18%. Esse salto foi explicado, sobretudo, pelo crescimento da informática à distância e da inteligência artificial. Nesta sessão, as ações desta gigante disparam 9,52% para 432,89 dólares.

Por outro lado, numa nota menos positiva, os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA aumentaram para 241 mil na semana passada, anunciou hoje o Departamento do Trabalho (DOL) norte-americano.

A taxa de desemprego antecipada (sazonalmente ajustada) foi de 1,3% para a semana que terminou a 19 de abril, um aumento de 0,1 pontos percentuais em relação à taxa não revista da semana anterior, indicou. Na mesma semana, o número de desempregados (ajustado sazonalmente) foi de 1.916.000, um aumento de 83.000 em relação ao nível revisto da semana anterior. Este é o nível mais alto de desemprego desde 13 de novembro de 2021, quando era de 1.970.000, adiantou ainda o DOL.

(Notícia atualizada às 14h58)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apagão. Ministro Castro Almeida não se arrepende de ter admitido ciberataque

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

Questionado sobre se se arrepende de ter admitido que o apagão poderia ter sido provocado por um ciberataque, Castro Almeida respondeu: "claro que não".

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, disse hoje que não se arrepende de ter admitido que o apagão energético que afetou Portugal na segunda-feira pudesse dever-se a um ciberataque.

“Só vim celebrar o 25 de Abril e o 1º. de Maio. Tudo o que disse está dito, está bem dito“, afirmou Manuel Castro Almeida em declarações aos jornalistas na residência oficial do primeiro-ministro.

Questionado sobre se se arrepende de ter admitido que o apagão poderia ter sido provocado por um ciberataque, respondeu: “claro que não”.

Na segunda-feira, em declarações à RTP 3, minutos depois do apagão, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial admitiu que esta falha de energia pudesse dever-se a um ciberataque.

“Há essa possibilidade, de facto”, referiu o ministro, salientando que tinha ainda pouca informação e que a que dispunha não era confirmada.

Manuel Castro Almeida considerou que, “pela dimensão” que teve, poderia ser “compatível com um ciberataque”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tarifas: General Motors desce previsões para o exercício de 2025

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

General Motors anunciou que baixava as suas previsões para todo o exercício de 2025 devido às tarifas introduzidas pela administração Trump.

A General Motors (GM) anunciou hoje que baixou as suas previsões quanto aos resultados deste ano, devido às tarifas introduzidas por Donald Trump e que estão a gerar uma guerra comercial.

Num comunicado de imprensa divulgado hoje, a General Motors anunciou que baixava as suas previsões para todo o exercício de 2025 devido às tarifas introduzidas pela administração Trump.

Para estas novas previsões, o grupo estimou o impacto bruto das sobretaxas em cerca de quatro a cinco mil milhões de dólares para o ano, um montante que deverá poder compensar em 30%, acrescentou.

Numa carta aos acionistas, hoje divulgada, a empresa disse que tem “mantido discussões contínuas com o Presidente e a sua equipa desde antes da tomada de posse“.

“Quase um milhão de pessoas neste país dependem da GM para a sua subsistência, incluindo os nossos empregados, fornecedores e concessionários”, destacou, salientando que o grupo conta com “uma rede de 50 fábricas e instalações de peças nos EUA em 19 estados, que inclui 11 fábricas de montagem de veículos”, tendo investido “60 mil milhões de dólares nos últimos cinco anos”.

“O nosso negócio está a crescer e continuaremos a aumentar os nossos investimentos à medida que avançamos”, salientou.

“Esperamos manter o nosso forte diálogo com a Administração sobre comércio e outras políticas à medida que estas continuam a evoluir”, salientou, lembrando que “estão a decorrer discussões com os principais parceiros comerciais que também podem ter impacto”.

Desde 03 de abril, os veículos importados são tributados a 25%, mas os provenientes do Canadá e do México – com os quais os EUA têm um acordo de comércio livre – podem ser tributados a uma taxa inferior em determinadas condições. Prevê-se que as peças sobressalentes sejam afetadas, o mais tardar, até 03 de maio.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um alívio temporário na terça-feira à noite.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apagão. Indústria dos laticínios quer ser prioritária nos planos de contingência

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

Indústria dos laticínios quer ser "formalmente incluída como entidade prioritária, em termos energéticos, nos planos de contingência nacionais".

A Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL) alertou hoje para os prejuízos causados pelo ‘apagão’ energético de segunda-feira e apelou ao Governo para que esta atividade seja considerada prioritária nos planos de contingência nacionais.

Em comunicado, a ANIL afirma que o apagão energético resultou em “prejuízos significativos” para o setor, que “merecem ser reconhecidos e tidos em conta”.

O leite “em natureza é altamente perecível, logo o setor não pode parar, de ponta a ponta”, alerta a associação no texto em que apela “reforçadamente ao Governo e às autoridades competentes” para que a indústria de laticínios, “enquanto atividade estratégica, seja formalmente incluída como entidade prioritária, em termos energéticos, nos planos de contingência nacionais, especialmente em situações de exceção” como a que se verificou na segunda-feira.

De acordo com a associação, a indústria de laticínios, é fortemente dependente de energia, como garantia de abastecimento de leite para transformação e colocação no mercado dos diferentes produtos lácteos, mas principalmente para as diferentes operações de transformação.

Apesar do retorno à normalidade, “neste momento é difícil quantificar o impacto causado pelo corte de energia sofrido na segunda-feira”, dia em que a falta de energia elétrica “colocou a indústria à prova”.

A ANIL lembra que “a queda de energia paralisou as linhas de produção e interrompeu o processo de fabrico”, tendo a prioridade sido retomar a atividade “evitando o avolumar de problemas aos agricultores e garantindo que o produto chegue aos consumidores sem falhas”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é o nono país da UE onde mais se trabalha aos fins de semana

Trabalhadores por conta própria trabalham mais aos fins de semana que trabalhadores por conta de outrem, tanto em Portugal, como no conjunto da União Europeia.

Quase um em cada quatro dos trabalhadores portugueses exerce funções regularmente aos fins de semana. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, Portugal é o nono país da União Europeia onde mais se trabalha aos sábados e domingos. Estes dias são conhecidos na data em que assinala o Dia do Trabalhador.

“Em 2023, 22,4% das pessoas empregadas na União Europeia trabalharam frequentemente aos fins semana“, informa o gabinete de estatísticas, numa nota publicada esta manhã.

Os dados mostram, porém, que há variações significativas entre os Estados-membros. Enquanto, na Grécia, 32,3% dos trabalhadores por conta de outrem exerceram funções com frequência aos sábados e domingos, na Lituânia só 3% estiveram nessa situação.

E em Portugal? Por cá, cerca de 20% dos empregados trabalharam frequentemente aos fins de semana, valor que ficou acima da média comunitária (os tais 22,4%) e foi, assim, um dos mais elevados entre os vários Estados-membros.

Por outro lado, o Eurostat destaca que, no conjunto da União Europeia, os trabalhadores por conta própria tendem a trabalhar mais aos fins de semana do que os por conta de outrem. “Enquanto 19,2% dos empregados trabalharam frequentemente aos fins de semana, este foi o caso para 46,7% dos trabalhadores independentes com empregados e para 37,8% dos trabalhadores independentes sem empregados”, detalha o gabinete de estatísticas.

Em Portugal, essa também é a tendência. Conforme já referido, 20% dos empregados trabalharam com regularidade aos sábados e domingos, o que compara com cerca de 45% dos trabalhadores por conta própria com empregados.

Quanto aos setores onde o trabalho aos fins de semana na União Europeia, destaque para a agricultura, florestas e pescas (49,5% dos trabalhadores), serviços e vendas (48,9%) e pessoas com ocupações elementares, isto é, nomeadamente, trabalhadores de limpeza, estafetas, e trabalhadores de armazéns (26,7%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Plano de Saúde para o Verão. A partir de hoje, urgências só podem fechar com aval da Direção Executiva do SNS

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

Plano para a Resposta Sazonal e Saúde - módulo de verão entra esta quinta-feira em vigor e se estende até 30 de setembro. Hospitais têm de comunicar diariamente a afluência aos serviços de urgência.

Os hospitais só podem, a partir desta quinta-feira fechar urgências externas com autorização da Direção Executiva do SNS (DE-SNS), e passam a ter de comunicar diariamente a taxa de ocupação de camas e a afluência aos serviços de urgência.

As medidas constam do Plano para a Resposta Sazonal e Saúde – módulo de verão, que entra esta quinta-feira em vigor e se estende até 30 de setembro, que visa reforçar a resposta assistencial no Serviço Nacional de Saúde (SNS) nesta época caracterizada por um aumento da procura dos serviços de saúde.

Segundo o despacho que estabelece estas medidas, publicado em 10 de abril, o aumento da procura deve-se a diversos fatores, como o aumento de doenças sazonais, a intensificação da atividade turística e o aumento das temperaturas extremas.

“Estes fatores exigem um reforço estratégico da capacidade assistencial do SNS, garantindo a continuidade e qualidade dos cuidados de saúde prestados”, lê-se no despacho assinado pela secretária de Estado da Saúde, Ana Povo.

Neste contexto, foram estabelecidas medidas específicas de reforço e reorganização dos serviços, como o encerramento do serviço de urgência externa só poder ocorrer com autorização prévia da DE-SNS, sob proposta do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS), não sendo suficiente a mera informação ao Instituto Nacional de Emergência Médica.

A proposta deve identificar a ULS para a qual devam ser encaminhados os utentes, assim como a referência ao período e motivo do eventual encerramento de valências no serviço de urgência, distinguindo obrigatoriamente entre encerramentos de curta duração e de duração mais prolongada.

As ULS também têm de comunicar diariamente a taxa de ocupação de camas e a afluência aos serviços de urgência, bem como a ativação do nível de contingência mais elevado e as medidas de mitigação implementadas.

Adicionalmente, deve ser reforçada a articulação entre as ULS, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e o INEM, para garantir “uma resposta integrada e eficiente às urgências e emergências, bem como a adequação dos tempos de resposta e reforçando os meios de emergência sempre que necessário”, salienta o diploma.

Outras medidas visam o reforço e a reorganização dos serviços, assegurando a adequada resposta assistencial, através da otimização dos recursos humanos, da reorganização das escalas de urgência, da articulação interinstitucional e do fortalecimento da capacidade operacional das unidades de saúde.

Assim, as ULS devem elaborar, atempadamente, escalas de serviço, afixadas em local visível para os profissionais de saúde, que garantam a presença de equipas médicas, de enfermagem e de outros profissionais de saúde adequadas às necessidades assistenciais e, sempre que necessário, reavaliá-las e remetê-las à DE-SNS com, pelo menos, dois meses de antecedência.

Devem também reforçar a capacidade das unidades de cuidados de saúde primários, garantindo, sempre que necessário, “o alargamento do horário e o reforço do atendimento em situações de doença aguda para evitar a sobrecarga das urgências hospitalares, em particular aquelas cuja localização geográfica permita antever maior afluência sazonal de utentes decorrente da deslocação sazonal da população para férias, de eventos de massas e do turismo internacional”.

Segundo o despacho, as ULS devem identificar e ativar camas adicionais para internamento, em particular para doentes crónicos, vítimas de desidratação e patologias associadas a temperaturas elevadas.

A DE-SNS, em articulação com as ULS, deve acompanhar a execução do plano para a resposta sazonal em saúde, garantindo a monitorização da resposta assistencial e ajustando as medidas sempre que necessário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Clientes da Spinumviva faturam mais de 100 milhões com Estado. Montenegro diz que “contratos não dependem” de si 

  • ECO e Lusa
  • 1 Maio 2025

Primeiro-ministro frisa que contratos em questão nunca dependeram de si. Pedro Nuno Santos crítica Luís Montenegro e defende que informação sobre clientes já devia ser conhecida há um ano.

Vários dos clientes da Spinumviva que foram relevados esta semana têm uma longa relação com o Estado português e, segundo avança esta quinta-feira o Correio da Manhã e a CNN Portugal, faturaram em torno de 100 milhões de euros desde que Luís Montenegro chegou ao cargo de primeiro-ministro. Em reação, o chefe do Executivo já assegurou que esses contratos nunca dependeram de si e deixou claro que “não admite a insinuação” de que tenha havido interferência.

De acordo com o Correio da Manhã, entre as clientes da referida empresa, a ITAU, a INETUM e a Sogenave têm um histórico longo de milhões com o Estado português. Já a CNN detalha que, desde abril de 2024, a ITAU conseguiu um total de 24 contratos com entidades que dependem diretamente da ação do Estado central ou com organizações de grande relevo público, num total de cerca de 53 milhões de euros.

Além disso, a multinacional tecnológica INETUM conseguiu 40 contratos com órgãos do Estado central desde 2 de abril de 2024, num valor total de cerca de 39 milhões euros, revela a CNN Portugal.

Em reação a estas notícias, o primeiro-ministro atirou, em declarações aos jornalistas: “não faço a menor ideia. Os contratos que essas empresas têm não dependem de mim, nunca dependeram de mim“. Luís Montenegro frisou ainda que não admite a ninguém a insinuação de que houve interferência sua nesses contratos.

“Desde que sou presidente do PSD que não tive contacto com nenhuma empresa. Não trabalhei com ninguém“, garantiu testa tarde o chefe do Executivo.

Também em reação a estas notícias, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou que esta informação “já devia ser conhecida há um ano” e salientou que não se pode “aceitar ter alguém a liderar um Governo com um manto de suspeição“. Por outro lado, o líder do Chega defendeu que “a real ligação” entre o primeiro-ministro e as empresas em questão deve ser rapidamente esclarecida, e argumentou que esta relação levanta “as maiores suspeitas”.

Hugo Carneiro pede registos de quem acedeu aos dados do primeiro-ministro no Parlamento

O social-democrata Hugo Carneiro pediu ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no Parlamento que peça à Entidade para a Transparência os registos de quem acedeu aos dados sobre o primeiro-ministro, divulgou hoje o deputado na rede social X.

O pedido do deputado surge depois de o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ter acusado Luís Montenegro de não ter “idoneidade para o cargo que ocupa”, após o jornal Expresso ter noticiado que o primeiro-ministro entregou uma nova declaração de interesses à Entidade para a Transparência, na qual revela novos clientes da Spinumviva.

Na quarta-feira, no debate entre os dois, antes das legislativas antecipadas de 18 de maio, transmitido em simultâneo por RTP, SIC e TVI, o primeiro-ministro disse que não foi ele a tornar pública qualquer interação, dizendo ter respondido a uma solicitação que lhe foi feita.

(Notícia atualizada às 16h44 com mais declarações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Procura por rádios disparou 4.594% e por powerbanks 1.728% durante apagão

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

Entre os produtos mais requisitados pelos portugueses na segunda e terça-feira, para enfrentar falhas de eletricidade, destacam-se os rádios (+4.594%), powerbanks (+1.728%) e fogões portáteis (+348%).

O apagão que afetou Portugal na segunda-feira, durante cerca de 10 horas, levou os consumidores a comprarem em massa soluções para garantir autonomia face a emergências, disparando a procura por rádios (+4.594%), powerbanks (+1.728%) e fogões portáteis (+348%).

Os dados foram divulgados hoje pelo comparador de preços e marketplace KuantoKusta, que registou a procura por artigos para situações de emergência na segunda e terça-feira, quando comparada com os dois dias anteriores.

Entre os produtos mais requisitados pelos portugueses na segunda e terça-feira, para enfrentar falhas de eletricidade, destacam-se os rádios (+4.594%), powerbanks (+1.728%) e fogões portáteis (+348%), pode ler-se, num comunicado.

De acordo com a KuantoKusta, o apagão “provocou uma reação imediata dos consumidores, que estão a comprar em massa soluções para garantir autonomia face a emergências”.

A plataforma realçou ainda que especialistas em proteção civil “reforçaram nestes dias a importância de manter kits de emergência atualizados, com rádios, lanternas, pilhas e meios alternativos para cozinhar, especialmente perante eventos inesperados como o da última segunda-feira”.

A súbita corrida a estes artigos revela não só uma preocupação dos consumidores com eventuais falhas futuras no fornecimento de eletricidade, mas também uma tentativa de estarem mais preparados para situações de emergência“, explicou André Duarte, diretor comercial do KuantoKusta, citado na nota de imprensa.

O responsável pelo marketplace do KuantoKusta detalhou ainda que “ao dia de hoje, o KuantoKusta não identificou variações significativas de preços nestes produtos”.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, durante cerca de 10 a 11 horas, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu na manhã de terça-feira que o serviço estava totalmente reposto e normalizado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meta apresenta lucro em alta de 35% para 16,6 mil milhões de dólares

  • Lusa
  • 1 Maio 2025

As receitas nos três primeiros meses do ano, por seu lado, aumentaram 16% homólogos, para 42,3 mil milhões, o que a Meta atribuiu quase na sua totalidade à publicidade nas redes sociais.

O conglomerado das redes sociais Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp) apresentou hoje resultados trimestrais em alta homóloga de 35%, para os 16,6 mil milhões de dólares.

As receitas nos três primeiros meses do ano, por seu lado, aumentaram 16% homólogos, para 42,3 mil milhões, o que a Meta atribuiu quase na sua totalidade à publicidade nas redes sociais.

Tivemos um forte começo de um ano importante: a nossa comunidade continua a crescer e o nosso negócio está a funcionar muito bem“, disse o presidente do grupo, Mark Zuckerberg, que também destacou os avanços na inteligência artificial (IA).

Segundo Zuckerberg, a Meta teve “um bom progresso na IA e na (assistente) Meta IA, que agora tem quase mil milhões (de utilizadores) ativos mensais”.

Em termos de investimento, o conglomerado reviu em alta a previsão, para um intervalo entre 64 mil milhões e 72 mil milhões, devido a “investimentos adicionais em centros de dados”, que sustentam o desenvolvimento da IA e a um “maior custo do hardware de infraestruturas”.

Apesar de tudo, o motor da Meta continua a ser a publicidade na “família de apps“, que em março tiveram 3,430 mil milhões de utilizadores diários ativos, mais seis por cento homólogos, enquanto a divisão Reality Labs, que desenvolve dispositivos e tecnologias do ‘metaverso’, continua com prejuízo.

A Reality Labs, que abarca tudo o que se relaciona com a realidade virtual, aumentada e mista, e é a aposta de futuro da Meta, só gerou receitas de 412 milhões de dólares, apresentando um resultado operacional negativo de 4,21 mil milhões, em alta de 10% homólogos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.