Operação Marquês: Relação acusa Sócrates de comportamento “abusivo e ostensivo”

  • ADVOCATUS
  • 20 Novembro 2024

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu "indeferir a reclamação do acórdão" apresentada pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates em que pedia a "declaração de nulidade" do despacho.

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu “indeferir a reclamação do acórdão” apresentada pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates em que pedia a “declaração de nulidade” do despacho, avança a Sic Notícias.

Para além do indeferimento, a Relação criticou a ação de Sócrates afirmando que “não é legalmente admissível a apresentação de sucessivas reclamações”. “Este tem sido o comportamento processual do reclamante/recorrente, pois apresenta sucessivas reclamações para a conferência, contra o despachos do relator e acórdãos”, referem. O Tribunal sublinhou ainda que Sócrates encontra-se a “protelar de forma manifestamente abusiva e ostensiva o trânsito do despacho de pronúncia e, consequentemente, da sua submissão a julgamento”.

No processo Operação Marquês, Sócrates foi acusado pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o ex-governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento e três de falsificação.

Uma decisão posterior do Tribunal da Relação de Lisboa viria a dar razão a um recurso do MP, e em janeiro determinou a ida a julgamento de um total de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória, que remeteu para julgamento apenas José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.

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BA&N e SEC Newgate unem-se em “parceria estratégica”

  • + M
  • 20 Novembro 2024

O acordo visa reforçar a capacidade das duas empresas na criação e entrega de valor nas áreas da comunicação e public affairs, tendo por base uma intensa atividade de research e insight, avançam.

A consultora de comunicação BA&N associou-se à SEC Newgate numa “parceria estratégica“, através da qual a BA&N “passa a integrar o footprint internacional da SEC Newgate”, enquanto afiliada.

Este acordo “permitirá à BA&N não só aumentar a cobertura geográfica na prestação de serviços de comunicação e public affairs aos seus clientes, mas também beneficiar do conhecimento, tecnologia e melhores práticas internacionais que a SEC Newgate integra“, lê-se em nota de imprensa.

Por seu lado, a SEC Newgate “assegura uma presença robusta no mercado português, com capacidade de atuar de igual forma nos mercados africanos de língua oficial portuguesa e consolidando a sua presença no continente europeu, a par com a presença nos restantes continentes, incluindo a América Latina e o Brasil em particular”.

O acordo visa assim reforçar a capacidade das duas empresas na criação e entrega de valor aos clientes nas áreas da comunicação e public affairs, tendo por base uma intensa atividade de research e insight.

Por parte da BA&N, Armandino Geraldes, CEO, refere que o acordo é “muito relevante” para a consultora, uma vez que vai “gerar oportunidades para a companhia e para os seus clientes”. “A BA&N reforçará assim a sua capacidade de entregar aos seus clientes serviços de comunicação e public affairs nas mais importantes regiões do mundo. Estamos muito satisfeitos de em integrar a equipa da SEC Newgate e totalmente em sintonia com os seus valores e o seu propósito”, acrescenta.

Já Fiorenzo Tagliabue, CEO do Grupo SEC Newgate, sublinha que o acordo “reforça” a presença do grupo na Europa, e contribui para que a BA&N e a SEC Newgate “prestem um melhor serviço ao cliente local e globalmente”.

A BA&N está totalmente alinhada com o posicionamento da SEC Newgate, entregando um serviço diferenciado e com um foco permanente na entrega do melhor resultado ao cliente. Para nós é muito importante a presença em Lisboa, nomeadamente enquanto hub para o mundo de língua portuguesa“, acrescenta o CEO.

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Governo “está bem ciente” das necessidades da PSP

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

O Governo "está bem ciente" das necessidades da PSP em termos de instalações, recursos humanos e meios técnicos, garantiu a ministra da Administração Interna.

O Governo “está bem ciente” das necessidades da PSP em termos de instalações, recursos humanos e meios técnicos, garantiu esta quarta-feira a ministra da Administração Interna, avançando com alterações na formação dos polícias para assegurar o respeito pelos direitos humanos.

“Asseguramos que o Governo está bem ciente do exigente ambiente em que a PSP atua e está bem ciente do ambiente que coloca a PSP na linha da frente do combate a uma complexa teia de desafios criminais de manutenção da segurança e da ordem públicas. Está bem ciente de todas estas necessidades, investimento em meios técnicos, operacionais, infraestruturas e, principalmente, nos recursos humanos”, disse Margarida Blasco na cerimónia comemorativa do 157º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da Polícia de Segurança Pública.

No discurso, a governante avançou que tem de ser dedicada “uma especial atenção ao processo de recrutamento” na PSP e adequar as ações de formação inicial e permanente dos polícias.

“Um reforço do treino quer jurídico, quer operacional, o respeito pelos direitos humanos e a eliminação dos sentimentos de racismo e de xenofobia, as motivações profissionais para todos aqueles que trabalham ou querem vir a trabalhar e servir na PSP. Em todas estas matérias, o Governo, juntamente com a Direção nacional da PSP e com todos os elementos da PSP, encontram-se a trabalhar”, precisou.

A ministra deu conta que o ministério conseguiu fixar no orçamento do próximo ano “um conjunto de medidas necessárias para a requalificação das instalações policiais”.

Não podemos compactuar com a degradação visível de todos aqueles que trabalham diariamente nestas instalações”, disse, acrescentando que o Governo vai fazer com as autarquias obras de requalificação das instalações policiais.

Margarida Blasco reconheceu também o problema nas viaturas policiais, sustentando que “o parque automóvel da PSP é muito antigo e tem uma quilometragem acima da média”.

“Vamos com certeza trabalhar nisso e ainda ontem [terça-feira] foi aprovado uma situação de podermos transitar saldos no sentido de manter e conseguir uma frota cada vez mais moderna. Nós sabemos que a quilometragem, a ação policial, as ações de proximidade, as ações de visibilidade têm que ter instrumentos”, salientou.

Estas promessas da ministra foram feitas depois do comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Luís Elias, ter dado conta, no seu discurso, das necessidades da polícia.

Luís Elias falou das condições nas esquadras, da falta de recursos humanos e das necessidades ao nível dos recursos tecnológicos, meios informáticos, câmaras portáteis do uso individual, armas elétricas, drones e das viaturas para melhorar a qualidade da atuação policial.

“Acolheremos com entusiasmo todos os contributos para a melhoria da formação contínua dos polícias em áreas como os direitos humanos”, disse ainda.

Na cerimónia que assinalou o aniversário do Cometlis e que decorreu no Museu da Polícia foram condecorados vários polícias pelas ações praticadas em serviço na Área Metropolitana de Lisboa no último ano.

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“Era só o que faltava”: ERA aposta no humorista Guilherme Duarte para se aproximar dos mais jovens

Para simplificar um tema considerado complicado - a compra de casa - a marca optou pela criação de uma websérie de seis episódios, apostando no humorista Guilherme Duarte como protagonista.

É com o objetivo de “preencher uma lacuna na comunicação do mercado imobiliário português para um público mais jovem” que a ERA Portugal lança a campanha “Era só o que faltava”, procurando brincar e simplificar algo que pode ser encarado como complicado, apostando para isso numa colaboração com o humorista Guilherme Duarte.

Embora o Governo e os media tenham vindo a dar “muita atenção” a este tema ao longo dos últimos meses, “a comunicação das marcas ainda não o faz e por isso quisemos assumidamente dar início a esta conversa“, explica Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal.

No entanto, para comunicar com este público temos de adaptar não apenas a mensagem como também o próprio formato. Conteúdo em vez de publicidade, entretenimento em vez de informação. É assim que surge uma campanha assumidamente de branded content, 100% digital“, acrescenta ao +M.

Neste sentido, a marca optou pela criação de uma websérie de seis episódios que tem o humorista Guilherme Duarte como protagonista. Em formato de monólogo humorístico e em sketches mais satíricos, vai ser “esmiuçado” ao longo dos próximos meses “todo o processo de procura e compra de casa, bem como os seus intervenientes, exacerbando os desafios, brincando com as vicissitudes inerentes e aproximando-nos de uma experiência coletiva complexa, cansativa e bastante emocional – que com a ERA poderia ser bem mais simples”, diz a responsável.

“Este é um caminho no qual temos apostado já há algum tempo, sobretudo desde que as palavras ‘incerteza’ e ‘crise’ assolaram o setor pós-pandemia, mas queremos agora adaptar essa comunicação a um formato mais descontraído, cómico, mas que não deixa de ser bastante informativo”, refere ainda Mariana Coimbra.

Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal.

O objetivo passa assumidamente por conseguir uma aproximação a um público mais jovem, “historicamente mais desligado do setor”, adaptando o conteúdo e os canais às suas tendências de consumo.

“Queremos que a marca ERA possa começar a fazer parte do seu dia-a-dia, com o propósito maior de fazer crescer a notoriedade e reputação da marca junto deste target. Além disto, pretendemos informar o nosso público-alvo, com leveza, sobre o processo de compra e venda de casa, posicionando-nos como especialistas na matéria e, sobretudo, como uma marca capaz de falar diretamente para eles. Por fim, queremos criar um conteúdo diferenciador e adequado para assinalar o lançamento do nosso canal oficial de TikTok“, diz Mariana Coimbra.

Para alcançar estes objetivos, a ERA contou com o trabalho da Pepper, a sua agência digital, em cocriação com a Setlist, equipa criativa e de produção que acompanha Guilherme Duarte. Além disso, houve também um “grande envolvimento da equipa interna da ERA Portugal, tanto do marketing como também de quem está no terreno”, sublinha a responsável.

Sobre a associação a Guilherme Duarte, esta surge tendo em conta que este é “um dos mais conceituados humoristas da nova geração em Portugal, com um público-alvo muito diversificado e abrangente”, mas onde a maior fatia é precisamente a dos 25 aos 34 anos (40,8%), faixa etária que a marca tem interesse em impactar.

“Contudo, mais do que um target em específico, o que nos convenceu no Guilherme foi a sua capacidade de falar tanto para a geração Z como para as gerações anteriores. Na verdade, a maioria dos jovens a comprar casa atualmente pertencem ainda aos ‘millennials’ e não queríamos deixar de falar tanto para estes como para outros públicos-alvo mais habituais nas nossas campanhas”, avança Mariana Coimbra.

“Além disto, o Guilherme consegue abordar temas sérios, de forma bastante credível, com grande leveza e humor, exatamente o que pretendíamos para esta campanha. Por tudo isto, houve um match perfeito entre o perfil do Guilherme, a nossa equipa e os objetivos desta campanha”, afirma, acrescentando que “a cereja no topo do bolo” passou pelo facto de o humorista ter recentemente comprado casa com a ERA.

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PS acusa ministra da Saúde de ter feito audição parlamentar com base em dados errados

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Esta posição foi assumida pela líder da bancada socialista, Alexandra Leitão, que considera que no caso do relatório da área ministerial da Saúde aconteceu "algo de inaceitável".

O PS acusou esta quarta-feira a ministra da Saúde de ter baseado em dados errados a sua audição no âmbito do Orçamento, apresentando posterior correção do saldo de 600 milhões de euros positivos para 270 milhões negativos.

Esta posição foi assumida pela líder da bancada socialista, Alexandra Leitão, no final da reunião da conferência de líderes parlamentares, onde o PS suscitou a questão da circunstância de vários relatórios do Governo serem enviados apenas na véspera dos debates na especialidade do Orçamento.

No caso do relatório da área ministerial da Saúde, segundo Alexandra Leitão, aconteceu “algo de inaceitável” e o PS “logo na ocasião apontou muitas omissões e incorreções, quer quanto à estimativa de saldo durante o ano 2025, quer quanto a vários dados estatísticos relativos ao movimento assistencial do Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

“Seis dias depois foi enviado um aditamento, que na verdade é uma errata. Uma errata que corrigiu vários dos elementos que o PS tinha apontado. Afinal, o SNS não vai ter 600 milhões de saldo positivo, mas antes cerca de 270 milhões de saldo negativo. Por outro lado, afinal, verifica-se uma desaceleração dos movimentos assistenciais do SNS”, assinalou a líder da bancada socialista.

Para Alexandra Leitão, a audição da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, “foi feita com base em dados errados e omitidos, o que objetivamente prejudicou o escrutínio que é exigido e o trabalho que é competência do parlamento fazer”.

É algo que o Ministério da Saúde e a ministra da Saúde nos têm habituado desde o início: Omissões no portal da transparência do SNS, erros nos dados que são veiculados, coisas de que não se lembra, ou sindicatos que diz não conhecer e afinal houve reuniões com eles. Este é mais um momento grave”, sustentou.

Perante os jornalistas, Alexandra Leitão salientou a sua recusa em aceitar que o Governo tenha procedido à entrega de um normal aditamento aos dados do relatório do Ministério da Saúde.,

“Repito, é uma errata. Está disponível para quem o queira consultar”, acrescentou.

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Ford vai eliminar mais 4.000 postos de trabalho na Europa

A nova ronda de despedimentos em cima da mesa equivale a 14% dos trabalhadores da empresa automóvel na região. A Alemanha e o Reino Unido são as regiões que serão mais afetadas pelas reduções.

A Ford Motor pretende avançar com uma redução de 4.000 postos de trabalho na Europa, o equivalente a 14% da força de trabalho da empresa na região, num momento em que a transição para os veículos elétricos tem vindo a perder tração.

A nova ronda de despedimentos, que se junta aos planos anunciados no ano passado para cortar 3.800 postos de trabalho, irá afetar sobretudo a Alemanha e o Reino Unido, e irá decorrer até ao final de 2027, permanecendo pendente de conversações com os sindicatos e os governos, escreve a Bloomberg.

A companhia anunciou ainda esta quarta-feira que vai reduzir a produção dos modelos Explorer e Capri na fábrica de Colónia, na Alemanha.

A Ford anunciou no início de 2021 uma reformulação dos seus negócios na Europa, adiantando que quase toda a produção seria de veículos elétricos até ao final da década. Contudo, esta aposta não tem corrido bem.

Outras empresas do setor, como a Volkswagen e a Stellantis também reviram em baixa as duas previsões de lucro devido à desaceleração nas vendas de veículos elétricos.

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Nossa ganha criatividade da Santa Casa. Concurso é de 20,8 milhões de euros

A agência liderada por Duarte Durão, Nuno Cardoso e Vasco Teixeira-Pinto ganhou os três lotes a concurso e abdicará do lote 1 para a VML, segunda classificada, apurou o +M. Contrato é de três anos.

A Nossa ganhou o concurso de criatividade da Santa Casa, apurou o +M. O concurso divide-se em três lotes, que em conjunto totalizam 20,8 milhões de euros, tendo a agência fundada por Duarte Durão e Nuno Cardoso ficado em primeiro lugar nos três. Pelos valores envolvidos, este será o maior concurso de criatividade do mercado e está a ser disputado por nove agências, confirmou o +M.

O primeiro lote, no valor de 7,5 milhões de euros, diz respeito ao Euromilhões, M1LHÃO, Totoloto, Raspadinha e Novo Jogo. O segundo lote, no valor de 8,1 milhões de euros, destina-se ao Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e EuroDreams. A parte institucional, Marcas/Serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Marca, compõe o terceiro lote e tem um preço base de 5,25 milhões de euros.

De acordo com o regulamento, os três lotes não podem ser trabalhados pela mesma agência, que abdicará para a segunda classificada do lote de produto de valor mais baixo. Assim, as marcas Euromilhões; M1LHÃO; Totoloto; Raspadinha e Novo Jogo passam então para a agência que ficou na segunda posição que, apurou o +M, é a VML.

Na segunda posição no lote 2 ficou a Bar Ogilvy, enquanto no lote 3 a agência classificada na segunda posição foi a Havas Worldwide.

Atualmente a criatividade da Santa Casa, também dividida em três lotes, é trabalhada pela VML, pela Bar Ogilvy e pela Nossa, que, além da conta de publicidade institucional, vai agora também trabalhar marcas/produto.

O concurso de aquisição de serviços de agência criativa para as marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi aberto em abril e terá a duração de três anos. Até segunda-feira, dia 26, decorre o período de contestação, pelo que o resultado só se torna efetivo após essa data.

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AdC acusa associação empresarial de serviços de arquitetura de fixação ilícita de tabela de preços mínimos

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Investigação aberta em junho pela Autoridade da Concorrência à associação empresarial descobriu que prática anticoncorrencial acontecia reiteradamente desde, pelo menos, desde 1994.

A Autoridade da Concorrência (AdC) acusou de fixação de preços mínimos uma associação de empresas de serviços de arquitetura, disse em comunicado.

Segundo a AdC, que não identifica a associação visada, a nota de ilicitude é o resultado de uma investigação aberta em junho à associação empresarial pela fixação de tabelas de preços mínimos.

A AdC disse que foi desta investigação que “resultaram indícios de que a associação de empresas em causa terá elaborado, adotado e divulgado tabelas de honorários, fixando os preços mínimos a cobrar pelas empresas associadas e servindo de referência a todo o mercado, em todo o território nacional“.

A associação tinha esta prática anticoncorrencial reiteradamente desde, pelo menos, desde 1994, referiu.

Concluída a fase de inquérito, o regulador da concorrência emitiu uma nota de ilicitude e dá início à fase de instrução do processo, em que a associação terá oportunidade de se defender da acusação. Só após a fase de instrução, a AdC tomará a decisão final.

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Grande Porto paga 344 milhões de euros pela STCP até 2034

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Os municípios do Grande Porto acionistas dos STCP vão pagar 344 milhões de euros à transportadora até 2034, no âmbito do novo contrato de serviço público com vigência de 10 anos.

Os municípios do Grande Porto acionistas da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vão pagar 344 milhões de euros à transportadora até 2034, no âmbito do novo contrato de serviço público com vigência de 10 anos.

De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, os municípios do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia e Valongo vão desembolsar, ao longo de 10 anos, 334.067.854,22 euros à transportadora.

Em causa está o novo contrato de serviço público que deverá entrar em vigor em janeiro de 2025, após o fim do atual no final do ano.

O novo documento terá de ser aprovado pelos respetivos executivos e assembleias municipais, tendo já sido votado favoravelmente em reunião de Câmara de Gaia, sendo também hoje votado em Matosinhos.

Por município, o Porto será o que desembolsará a maior ‘fatia’ da compensação a ser paga à STCP, totalizando 180 milhões de euros entre 2025 e 2034, representando um montante anual entre os 16 e os 19 milhões de euros ao longo dos 10 anos de vigência do contrato.

Segue-se o município de Vila Nova de Gaia, que desembolsará 49,3 milhões de euros até 2035, com valores compreendidos entre os 3,9 milhões de euros em 2025 e os 5,7 milhões 10 anos depois.

Matosinhos desembolsará 44,3 milhões de euros em 10 anos, mas no caso matosinhense a verba anual diminui de 2025 a 2034, passando de 4,6 milhões de euros no próximo ano até 3,9 milhões uma década depois.

Já Gondomar desembolsará 28,5 milhões de euros durante a década, passando de uma verba anual 2,6 milhões no próximo ano a três milhões em 2034.

O município da Maia gastará 26,4 milhões de euros, diminuindo de 2,7 milhões de euros em 2025 para 2,2 em 2034.

Por fim, Valongo desembolsará 15,1 milhões de euros ao longo de 10 anos, passando de 1,5 milhões de euros anuais em 2025 para 1,4 em 2034.

Atualmente, a STCP tem o seu capital dividido entre o Porto (53,69%), Vila Nova de Gaia (12,04%), Matosinhos (11,98%), Maia (9,61%), Gondomar (7,28%) e Valongo (5,4%).

O contrato prevê três cenários de implementação da rede de serviços da STCP, baseados nos investimentos feitos pelo Metro do Porto já implementados ou que aguardam a conclusão de obras.

Assim, de acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, o cenário 1 está dependente “da entrada em operação de expansões da rede de Metro do Porto, nomeadamente do prolongamento da linha Amarela de Santo Ovídio a Vila d’Este, que está previsto ainda para o ano de 2024 [já abriu], da entrada em funcionamento da linha Rosa, entre a Casa da Música e São Bento, e do sistema BRT/Metrobus da Boavista — Império/Anémona [ainda em obras ou sem estar em funcionamento]”.

“Como são variáveis que a STCP não controla em termos de cronograma, é expectável que a entrada em funcionamento do Cenário 1 da rede ocorra apenas aquando estas condições se encontrem reunidas para serem cumpridas”, pode ler-se no contrato.

Já a rede a explorar no âmbito do cenário 2 “advém de alterações que coincidem com ajustes fruto da entrada em funcionamento da nova Linha Rubi da rede de Metro do Porto entre a Casa da Música e Santo Ovídio, bem como da inauguração do BRT de Matosinhos, entre o Mercado de Matosinhos e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, ambos previstos para o ano de 2026”, pode ler-se no documento.

Já o cenário 3 está dependente do “final dos atuais contratos com os operadores privados na AMP (rede UNIR)”, em que “poderão ser realizados ajustes na rede da STCP em virtude desse momento, sem pôr em risco o equilíbrio financeiro dos atuais contratos”, que terminam no final de 2030.

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Assembleia Municipal do Porto aprova orçamento de 2025 com dotação de 450 milhões de euros

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

A Assembleia Municipal do Porto aprovou, por maioria e com críticas da oposição, mas também elogios ao diálogo, o orçamento municipal para 2025, com mais 38 milhões de euros face ao deste ano.

A Assembleia Municipal do Porto aprovou, por maioria e com críticas da oposição, mas também elogios ao diálogo, o orçamento municipal para 2025, que se fixa em 450 milhões de euros, mais 38 milhões de euros face ao deste ano.

O orçamento municipal para 2025 foi aprovado na terça-feira à noite, em Assembleia Municipal, com os votos favoráveis do movimento independente Rui Moreira: Aqui Há Porto, do PSD e do Chega, a abstenção do PS e do PAN, e os votos contra do BE e CDU.

Para Susana Constante Pereira, do Bloco de Esquerda (BE), este é “um orçamento que encerra três mandatos de muitos anúncios, bastante propaganda feita, mas ouvidos moucos e autoindulgência quanto ao que são promessas que não foram cumpridas”.

Considerando que “este orçamento não corrige desequilíbrios na cidade”, a bloquista exigiu mais medidas para a mobilidade, habitação, nomadamente de estudantes, combate à especulação que retira fogos habitacionais, um plano municipal de combate à pobreza, a criação de equipas multidisciplinares para intervenção em territórios vulneráveis e a criação de uma carta para a cultura, entre outras propostas.

Já Rui Sá, da CDU, defendeu mais apostas na habitação e criticou o “esvaziamento ao nível da estrutura municipal” que, do seu ponto de vista, “opta pelas empresas municipais”, concluindo que este “orçamento mostra que uma coisa é a propaganda municipal com sucessivos instrumentos e prazos e outra coisa é a realidade”.

Sá enumerou projetos anunciados e que ficam, ao fim de três mandatos de Rui Moreira, “por concretizar”, como o Programa Rua Direita, cujas intervenções estavam previstas no mandato de 2021, ou a requalificação da Praça da Corujeira, cujas obras arrancariam em 2022, de acordo com o anunciado.

“Alguns [projetos] até desapareceram do orçamento deste ano”, disse, apontando uma lista da qual se destaca o Ramal da Alfândega, as ciclovias, a recuperação da Quinta de Salgueiros ou o pavilhão multiúsos.

Já Agostinho Sousa Pinto, do PS, justificou a abstenção apontando que não está de acordo com várias medidas, mas o documento inclui outras com as quais concorda, avisando: “É o maior orçamento maior de sempre do Porto. Isso atribui responsabilidade ao executivo”.

“Continua a ser pouco ambicioso, por exemplo, nas políticas de habitação para a classe média. Também não é o orçamento do PS pela intensidade com que regulamenta o Alojamento Local”, disse o socialista, aplaudindo, no entanto, algumas propostas como o reforço da coesão social, a reabilitação de escolas ou a diminuição dos impostos.

Pelo PAN, Paulo Vieira de Castro referiu as “oportunidades perdidas do Porto ser inovador”, dando como exemplo uma das propostas enviadas, o Programa de Apoio Emocional Psicológico para os cuidadores de animais.

A esse propósito, falou de um estudo nacional sobre a fadiga e stress dos profissionais de veterinária, elencou medidas sobre adoção de animais e centros de recolha lotados, defendeu a criação de um parque intergeracional de matilhas e mais financiamento para o bem-estar animal.

Já Fernando Monteiro, do PSD, considerou que o “orçamento reflete a visão estratégica deste executivo e prioriza investimentos que respondem aos desafios estruturais e às oportunidades que o Porto enfrenta”, destacando três rubricas que representam 40% do total do orçamento: ambiente, energia e qualidade de vida, urbanismo e habitação e coesão territorial.

Pelo Chega, Jerónimo Fernandes considerou que o movimento independente “até podia ter prometido mais”, ironizando: “Podiam fazer como fazem os socialistas, até porque prometiam, saiam, embandeiravam em arco e a malta aqui aplaudia toda”.

Em resposta, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse que, em matéria de habitação, “o Porto quando diz mal do seu parque habitacional devia ter algum cuidado” porque “não está como queria estar, mas está muito bem, sobretudo comparando com o resto do país, tendo sido este um investimento de sucessivos executivos”.

“Nos últimos anos investimos 170 milhões de euros para recuperar o parque habitacional. Curiosamente ninguém pergunta como está o parque habitacional do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), uma competência do Governo (…) Resolvemos o problema da habitação? Não, não temos uma varinha mágica. Espero que o próximo executivo considere a habitação o problema prioritário da cidade do Porto”, apontou.

Numa intervenção na qual fez reparos às criticas da oposição e uma espécie balanço dos três mandatos, Moreira lembrou temas e projetos passados que foram “resolvidos”, como o do Pavilhão Rosa Mota, Rivoli, Batalha, Mercado do Bolhão, entre outros, falou do aumento das zonas verdes na cidade e das intervenções para travar perdas de água.

“E só não conseguimos fazer mais por causa das obras do metro. Há obras que não conseguimos fazer sob pena de virarmos a cidade ao contrário”, referiu.

Pelo movimento independente, o deputado Rui Almeida considerou que “o Porto é uma cidade de que hoje os portuenses se orgulham”, afirmando que “já não é uma cidade triste”, mas “uma cidade virada para fora, reconhecida internacionalmente e procurada por todos (…). O dever cumprido em política não é fácil de se poder dizer que se conseguiu. Este executivo passou por uma pandemia, por várias guerras que afetam diretamente e indiretamente o Porto, e continua a poder a dizer que tem o dever cumprido, fez aquilo com que mais se comprometeu. Vai entregar aos portuenses uma cidade completamente diferente daquela que recebeu”.

Para 2025, o orçamento fixa-se em 450 milhões de euros. A receita corrente atingirá os 320,3 milhões de euros, montante que “suporta a despesa corrente de 303,1 milhões de euros”. Já a receita de capital será de 23,2 milhões de euros e a despesa de capital de 133,1 milhões de euros.

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Penela vai oferecer plano de saúde a partir de 2025 e lança concurso público para construção de habitação

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

A Câmara de Penela, vai contratar um plano de saúde, com descontos, para os 5.400 habitantes. No capítulo da habitação, foi lançado um concurso público para construção de novos fogos.

A Câmara de Penela vai contratar um Plano de Saúde para que, a partir de 2025, os 5.400 habitantes do concelho tenham descontos no acesso a serviços complementares ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ainda no capítulo do investimento, a autarquia lançou um concurso público para construção de 12 fogos de habitação a custos controlados, num investimento de dois milhões de euros.

“A aquisição de um Plano de Saúde para a nossa população é o início do cumprimento do nosso compromisso eleitoral de possibilitar acesso a serviços de saúde, inclusive consultas, a preços reduzidos aos penelenses”, frisou o presidente da autarquia, em comunicado enviado à agência Lusa.

Eduardo Nogueira dos Santos (PS) salientou que esta aposta, sem custos para os habitantes do concelho de Penela, não significa “o descrédito/desinvestimento no SNS, antes pelo contrário”.

“As nossas ações determinadas na requalificação do Centro de Saúde e em dar condições às equipas para prestar os melhores cuidados médicos demonstram o nosso empenho em dar à população acesso a cuidados de saúde de qualidade”, considerou.

Segundo o comunicado, o Centro de Saúde de Penela tinha previsto um apoio financeiro de 123 mil euros para pequenas reparações e, após quase dois anos de “negociações intensas com o anterior Governo, passou a ter disponível um financiamento de 1,9 milhões de euros que permitirá uma profunda requalificação”.

Salientando que o plano será complementar ao SNS, Eduardo Nogueira dos Santos frisou que a requalificação do Centro de Saúde vai criar “melhores condições de conforto e de segurança para os utentes e profissionais que lá trabalham, melhorando os cuidados de saúde primários no concelho”.

“Na área da saúde, muito pouco foi feito em Penela nas últimas décadas, pelo que este Plano de Saúde pode ser um ponto interessante que nos distingue e que apoia os penelenses financeiramente”, realçou.

A abertura do procedimento para contratar o Plano de Saúde foi aprovada na terça-feira, na reunião do executivo municipal, com um preço base de 58.806 euros, depois de uma consulta preliminar ao mercado.

“Esta é uma proposta exequível, com grande responsabilidade de gestão orçamental e que é escalável, permitindo aumentar paulatinamente a qualidade dos serviços assegurados, pelo que se o orçamento o permitir e caso se justifique, o apoio poderá ser aumentado todos os anos”, explicou o presidente do município de Penela.

De acordo com o comunicado, “os preços base unitários a suportar pelos munícipes serão bastante mais reduzidos do que os praticados no mercado”.

Para consultas de clínica geral e enfermagem ao domicílio, os munícipes vão suportar no máximo 25 euros, enquanto em consultas de Oftalmologia, Cardiologia, Nutrição, Psicologia, Pediatria, Ginecologia-Obstetrícia e Dermatologia o preço terá o máximo de 35 euros.

O Plano de Saúde prevê ainda um preço máximo a suportar pelos penelenses de 15 euros em sessões de fisioterapia, de 25 euros em Terapia da Fala, de 15 euros em consultas ao domicílio, de 50 euros em consultas de urgência e de 10 euros em videoconsultas, entre outros apoios previstos.

No acesso à rede de óticas convencionadas, o município pretende aplicar descontos de até 35%, além de um desconto de até 15% em exames de diagnóstico e no acesso à rede de farmácias convencionadas, enquanto o acesso à medicina dentária será ilimitado, dentro dos valores convencionados com as clínicas.

O plano deverá entrar em vigor a partir de meados de 2025, abrangendo os cidadãos inscritos na base de dados do recenseamento eleitoral no concelho de Penela e respetivos descendentes com idade inferior a 18 anos.

Quanto à construção de 12 habitações a custos controlados, o presidente do município realçou, em declarações à Lusa, que o concelho “tem carências habitacionais fortes há muitos anos”, tendo a autarquia avançado com cinco projetos para construção de habitação a custos controlados, para arrendamento acessível.

“Estamos a falar de habitação para a classe média”, vincou o autarca daquele concelho do distrito de Coimbra.

Além deste investimento cujo concurso público é agora lançado, a Câmara vai levar a discussão na reunião do executivo na segunda-feira a proposta de adjudicação da construção de 18 fogos no Bairro de São Jorge, num investimento de cerca de 2,8 milhões de euros, referiu.

Segundo Eduardo Santos, faltam ainda lançar mais três concursos públicos – um outro edifício na urbanização da Camela, 25 fogos no Espinhal e seis fogos na freguesia da Cumeeira.

O autarca referiu que três das empreitadas são em terrenos municipais e as restantes em terrenos comprados pela Câmara de Penela, para libertar o máximo de orçamento possível para a construção.

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BCE alerta para riscos da sustentabilidade da dívida pública dos países da Zona Euro

O BCE destaca como principais riscos à estabilidade financeira na Zona Euro as vulnerabilidades na dívida pública e a pressão dos juros sobre as finanças de empresas e famílias.

O Banco Central Europeu (BCE) publicou esta quarta-feira a sua mais recente avaliação dos riscos para a estabilidade financeira na Zona Euro, alertando para um conjunto de vulnerabilidades num contexto de elevada incerteza geopolítica e económica, com particular foco para a sustentabilidade da dívida pública dos países da área do euro.

No “Financial Stability Review” de novembro, o BCE destaca que o crescimento económico na Zona Euro permanece frágil, enquanto as preocupações com as perspetivas do comércio global se somam à incerteza geopolítica e política. “Ao lado da incerteza geopolítica e política, as tensões comerciais globais estão a aumentar, elevando o risco de eventos extremos”, alerta Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, no prefácio do relatório.

Esse risco é particularmente visível ao nível da sustentabilidade da dívida soberana em alguns países da Zona Euro, face à elevada incerteza política, fundamentos orçamentais fracos e crescimento potencial lento. “As vulnerabilidades soberanas estão a aumentar à luz da elevada incerteza política e geopolítica, fundamentos fiscais fracos e crescimento tendencial lento”, lê-se no relatório.

Apesar das reduções recentes nos rácios de dívida relativamente ao PIB de vários Estados-membros, os técnicos do BCE sublinham que os desafios orçamentais persistem em vários países da área do euro, sendo exacerbados por questões estruturais como o fraco crescimento potencial e a elevada incerteza política.

O BCE alerta, por exemplo, para o deslizamento orçamental ou incertezas em torno dos caminhos de consolidação orçamental sob o novo quadro orçamental da União Europeia que poderiam levar a uma reavaliação do risco soberano, alimentando a volatilidade do mercado obrigacionista e a incerteza política.

Pressão sobre os mercados financeiros

Outro ponto de destaque do “Financial Stability Review” de novembro é o facto de “os mercados financeiros estarem a demonstrar resiliência”, com episódios de volatilidade a revelarem-se breves e com impacto limitado no sistema financeiro mais amplo. No entanto, o BCE refere que “as avaliações elevadas e forte concentração de risco deixam os mercados financeiros vulneráveis a dinâmicas adversas que poderiam ser amplificadas por entidades não bancárias, dadas as vulnerabilidades de liquidez e alavancagem”.

O BCE destaca, por exemplo, que as avaliações elevadas nos mercados de ações e obrigações de empresas, com a alta concentração de risco, tornam os mercados financeiros suscetíveis a correções súbitas e acentuadas, especialmente nos mercados de ações.

As insolvências empresariais têm aumentado em todos os setores e países, “embora a partir de níveis moderados”, refletindo tanto “a eliminação gradual do apoio político relacionado com a pandemia como as perspetivas de negócio continuamente fracas e incertas”, refere o BCE.

A autoridade responsável pela política monetária da Zona Euro alerta que há sinais de que os investidores podem estar a subestimar e a sobrestimar a probabilidade e o impacto de cenários adversos, como indicado pelos prémios de risco de ações em mínimos históricos e pelos spreads de obrigações empresariais relativamente comprimidos em ambos os lados do Atlântico.

Além disso, refere que a concentração da capitalização bolsista e dos lucros entre um conjunto de grandes empresas, especialmente nos EUA, aumentou significativamente nos últimos anos, notando que isso “levanta preocupações sobre a possibilidade de uma bolha de preços de ativos relacionados com as empresas de inteligência artificial.”

Riscos sobre empresas e famílias

No setor privado não financeiro, o BCE identifica preocupações com o risco de crédito para algumas empresas e famílias da Zona Euro, que poderão afetar a qualidade dos ativos dos bancos e das instituições financeiras não bancárias. “Os custos de financiamento elevados e as perspetivas de crescimento fracas continuam a afetar os balanços das empresas, especialmente das empresas do setor imobiliário comercial e das PME”, lê-se no relatório.

O BCE salienta também que as insolvências empresariais têm aumentado em todos os setores e países, “embora que a partir de níveis moderados”, refletindo tanto “a eliminação gradual do apoio político relacionado com a pandemia como as perspetivas de negócio continuamente fracas e incertas”.

Quanto às famílias, o BCE nota que as suas vulnerabilidades diminuíram, mas “os custos com juros estão a desafiar os grupos de rendimentos mais baixos”, notando que as finanças das famílias beneficiaram de menor alavancagem, mercados de trabalho resilientes, forte crescimento dos rendimentos e poupanças mais elevadas. No entanto, as famílias com rendimentos mais baixos e empréstimos à habitação à taxa variável “estão a ser desafiadas pelas taxas de juro elevadas”.

Este ambiente de pressão junto de famílias e empresas, em virtude de “fracas condições macrofinanceiras, riscos de abrandamento do crescimento económico e impacto desfasado das elevadas taxas de juro sobre os mutuários” leva o BCE a referir que as perspetivas de risco de crédito para as carteiras das empresas e das famílias “continuam a ser negativas”, com possibilidade e refletir-se no balanço dos bancos.

Embora considerando que a qualidade dos ativos dos bancos tenha permanecido resiliente, o BCE refere que as preocupações com a qualidade do crédito em partes dos setores não financeiros sugerem que há desafios pela frente. “Os bancos podem ainda enfrentar custos de provisionamento mais elevados se os riscos nos setores não financeiros se materializarem, não menos porque os valores decrescentes das garantias podem não estar totalmente refletidos nos seus balanços”, alerta o relatório.

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