BESA: Ex-braço-direito de Salgado diz que Sobrinho reportava diretamente ao ex-banqueiro

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

O ex-braço-direito de Salgado disse em tribunal que, quando em 2012 assumiu o pelouro do BESA, o banqueiro informou-o que Álvaro Sobrinho, líder do BESA, não iria reportar-lhe.

O ex-braço-direito de Ricardo Salgado disse esta segunda-feira em tribunal que, quando em 2012 assumiu o pelouro do Banco Espírito Santo Angola (BESA), o banqueiro informou-o que Álvaro Sobrinho, líder do BESA, não iria reportar-lhe.

No primeiro dia do julgamento em que responde por abuso de confiança e burla, em Lisboa, Amílcar Morais Pires assegurou que, na altura, pediu ao então presidente do Banco Espírito Santo (BES) que o informasse sobre as questões “pendentes no dossiê de Angola” e desse orientações sobre como discutir com o BESA a situação financeira da instituição, tendo-lhe Ricardo Salgado respondido que, mesmo tendo o pelouro, não poderia contactar com Álvaro Sobrinho.

“O Dr. Ricardo [Salgado] disse que ia ver o assunto. Não teria acolhimento que o Dr. Álvaro Sobrinho reportasse a mim. Ele continuaria a reportar ao Dr. Ricardo [Salgado]“, afirmou o economista, de 63 anos.

Questionado pelo juiz-presidente se tal significava que o ex-banqueiro tinha o pelouro material do BESA, Amílcar Morais Pires respondeu que sim. “O Dr. Ricardo [Salgado] disse-me: ‘eu falo primeiro com o Álvaro [Sobrinho] antes de te passar a pasta’. Até novembro, até à Assembleia-Geral de 06 de novembro de 2012, não tive contacto com Álvaro Sobrinho”, acrescentou.

Amílcar Morais Pires tinha assumido o pelouro do BESA em maio de 2012, no âmbito de uma reorganização interna.

O arguido garantiu que só soube dos desequilíbrios na subsidiária angolana do BES e dos riscos que tal constituía para o banco português em junho de 2012, numa reunião com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco de Portugal, numa altura em que o país estava sob assistência financeira.

Três dias mais tarde, o alerta do FMI foi discutido na Comissão Executiva do BES, assegurou.

“A minha atuação ao longo do meu mandato foi sempre referendada com os membros da Comissão Executiva [do BES]”, frisou, rejeitando a imputação de que tenha omitido informações.

Em causa neste processo está, nomeadamente, o alegado desvio, entre 2007 e 2012, de fundos de um financiamento do BES ao BESA em linhas de crédito do Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário.

Amílcar Morais Pires recordou, a propósito da subscrição há cerca de 20 anos pelo BESA de dívida pública angolana, que “sempre houve, pelo menos durante uma fase, uma cobertura institucional por parte do Estado angolano” na relação entre os dois bancos, traduzida, por exemplo, no depósito significativo na esfera do BES de “reservas externas” do Banco Nacional de Angola (BNA).

Num depoimento que vai prosseguir na sexta-feira, o economista associou ainda a subscrição da dívida pública a uma necessidade de mostrar um “compromisso com Angola” numa altura em que existiam rumores de nacionalização de bancos no país africano.

Além de Amílcar Morais Pires, estão a ser julgados Ricardo Salgado, de 80 anos e doente de Alzheimer, Álvaro Sobrinho, de 62, o empresário luso-angolano Helder Bataglia, de 78, e o ex-administrador do BES Rui Silveira.

Na primeira sessão do julgamento estiveram presentes apenas Amílcar Morais Pires e Rui Silveira.

Ricardo Salgado foi autorizado pelo coletivo de juízes a não estar presente devido ao seu estado de saúde e Helder Bataglia por residir em Angola.

Álvaro Sobrinho, que alegou não ter o visto necessário para se deslocar a Portugal para ser julgado, foi multado pelo tribunal em 204 euros por ter faltado.

Em geral, os arguidos respondem por abuso de confiança, branqueamento e burla e negam a prática dos crimes.

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“Cavaco Silva, 13 dias antes do BES cair, disse que estava tudo bem”, lembra Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

Cavaco Silva defendeu, num artigo, que o primeiro-ministro foi alvo de uma "campanha de suspeitas e insinuações" da oposição e de "alguma comunicação social".

O líder do PS recordou esta segunda-feira que, 13 dias antes da queda do BES, Cavaco Silva “disse que estava tudo bem” com o banco, ao comentar um artigo do antigo Presidente da República a defender Luís Montenegro.

À entrada para o comício da campanha para as legislativas, em Viseu, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre o artigo de Cavaco Silva publicado no Observador, no qual defendeu que o primeiro-ministro foi alvo de uma “campanha de suspeitas e insinuações” da oposição e de “alguma comunicação social”.

“Eu lembro que Cavaco Silva, 13 dias antes de o BES cair, disse que estava tudo bem”, respondeu apenas e em movimento enquanto se dirigia para o anfiteatro onde decorre o comício.

Sobre as acusações do primeiro-ministro, esta manhã no debate das rádios, de que Pedro Nuno Santos fez um “re-styling” para esta campanha e que agora estava a aparecer na última semana nos debates, o líder do PS respondeu: “Eu sou genuíno, eu sou aquilo que as pessoas veem. Luís Montenegro não é”.

“[Estas acusações são] de um homem que não está de forma séria na política, que está habituado a mentir e a enganar as pessoas e acha que são todos iguais. Eu não engano ninguém, eu sou genuíno, sou transparente”, assegurou. O antigo Presidente de República Aníbal Cavaco Silva defendeu esta segunda-feira que o primeiro-ministro foi alvo de uma “campanha de suspeitas e insinuações” da oposição e de “alguma comunicação social”, centrada “em boa parte” na devassa da sua vida privada.

Num artigo de opinião publicado no jornal online Observador, Cavaco Silva reiterou ainda a defesa da postura ética e moral do primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, assim como da sua superioridade técnica e política relativamente aos outros líderes partidários e estabeleceu um paralelismo entre a moção de confiança chumbada pelo parlamento e a que ele próprio também apresentou, mas que foi aprovada em 1986.

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Montenegro pede a pensionistas que “ignorem medo”

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

“Os pensionistas e reformados portugueses sabem que nós somos mesmo de confiança, nós somos mesmo de cumprir a nossa palavra”, disse o líder da AD.

O líder do PSD pediu esta segunda-feira aos pensionistas e reformados que “ignorem o medo e as tentativas de contaminação do debate com novos temores”, dizendo que a AD cumpriu todas as promessas que fez aos idosos.

Num comício em Castelo Branco, Luís Montenegro recordou os vários compromissos que, há pouco mais de um ano, deixou aos mais velhos, como o aumento de todas as pensões segundo a lei e do Complemento Solidário para Idosos, dizendo que não só “cumpriram estas promessas”, como as excederam ao dar um suplemento extraordinário às reformas mais baixas a meio do ano.

“É altura de todos ignorarem o medo, ignorarem as tentativas de contaminação do debate com as velhas táticas de criar novos temores. Há um ano já não havia muito como colar, mas agora é que não há mesmo nada como colar: desta vez respondemos por aquilo que fizemos e estamos a fazer”, defendeu.

O líder do PSD escolheu centrar grande parte da sua intervenção neste tema ao recordar que, antes das últimas legislativas antecipadas de março de 2024, veio a Castelo Branco elencar os seus compromissos para com os pensionistas e reformados e as dúvidas que se geraram na oposição.

“Tanto medo quiseram cria: ‘vem aí isto e vem aí aquilo, e eles não vão cumprir, e eles cortam pensões, e eles são aqueles dos 600 milhões e querem privatizar a segurança social’. Aquela conversa que toda a gente já estava fartinha de ouvir. E nós dissemos: isso não é verdade, nós temos palavra”, recordou.

Um ano e dois meses depois, disse querer prestar contas: “Os pensionistas e reformados portugueses sabem que nós somos mesmo de confiança, nós somos mesmo de cumprir a nossa palavra”, disse, numa resposta implícita às críticas do líder do PS que tem acusado a AD de querer privatizar a Segurança Social.

Neste comício, Montenegro repetiu uma mensagem que tem sido uma constante nestes primeiros dias: que apenas o voto na AD pode significar um Governo mais estável a partir de 18 de maio. “Quero dizer aos portugueses que veem na estabilidade um elemento fundamental: votem mesmo na AD porque este é único que dá esta garantia”, defendeu.

O também recandidato a primeiro-ministro voltou a referir que “as pessoas estão cansadas de eleições”, e considerou que, além da escolha de um programa, nas próximas eleições está em causa escolher um Governo que tenha condições para o executar. Por isso, apelou ao voto na AD de todos os que priorizam um Governo estável, mesmo que não concordem “a 100% com as suas ideias”, mas no essencial aprovam o que tem sido feito em áreas como salários, pensões, imigração, segurança, saúde ou educação.

“Só no domingo, dia 18, é que há uma possibilidade de dar estabilidade ao país. Na segunda-feira, dia 19, já não é possível. Não é possível corrigir na segunda-feira aquilo que se fez no domingo”, disse, noutra mensagem constante desta campanha.

Perante algumas centenas de pessoas que encheram o cineteatro de Castelo Branco, Luís Montenegro justificou a escolha de Pedro Reis, ministro da Economia, como cabeça de lista para este círculo, substituindo a professora universitária Liliana Reis, que este ano nem integrou a lista de deputados da AD.

“O Pedro Reis está em Castelo Branco para que nós possamos dizer a todos aqueles que aqui vivem e trabalham que a nossa aposta é termos uma economia forte com indústria, com serviços, com comércio, com turismo, com agricultura, e com isso poder fixar as populações”, disse, considerando a escolha “um sinal inequívoco” da importância que a AD dá não só ao distrito, mas também a todos os territórios de baixa densidade.

Para Montenegro, “estas são terras de baixa densidade, mas de elevado potencial, desde logo humano”.

“De gente de princípios, de valores, gente de trabalho, gente que quer acrescentar, gente positiva, gente alegre, gente que está disponível para acrescentar valor ao país”, disse. A alegria do Governo PSD/CDS-PP foi, aliás, outro dos argumentos usados pelo primeiro-ministro para pedir o voto na AD. “Nós somos um país alegre, um governo alegre, que confia naquilo que é a raiz e a alma do ser português”, elogiou.

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Lucro da Vista Alegre caiu 34% em 2024

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

O grupo registou um volume de negócios de 137 milhões de euros, um crescimento de 5,5% face ao ano anterior.

O Grupo Vista Alegre registou um lucro de 4,5 milhões de euros no exercício de 2024 o que corresponde a uma quebra de 34% face ao mesmo período do ano anterior. Segundo os resultados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que ainda vão ser aprovados em assembleia-geral, agendada para 27 de maio, o grupo registou um volume de negócios de 137 milhões de euros, um crescimento de 5,5% face ao ano anterior.

Em 2024, os produtos da marca Vista Alegre e Bordallo Pinheiro apresentaram uma evolução positiva no retalho, quer nas lojas físicas quer online, a nível nacional e internacional, resultando num crescimento de 3,4% face ao mesmo período de 2023. O grupo com sede em Ílhavo, distrito de Aveiro, destaca ainda a “evolução significativa das vendas na Polónia e Alemanha, com um aumento de 83,3% e 49%, respetivamente, face ao período homólogo”.

O mercado externo representou 69,2% do volume de negócios, com 94,7 milhões de euros de vendas. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu os 27,4 milhões de euros, um decréscimo de 3% face ao exercício homólogo. Já a margem EBITDA situou-se nos 20% apresentando uma redução de 1,8 pontos percentuais face ao ano anterior.

A empresa justifica esta redução com o aumento dos custos de energia, refletindo uma margem menor no negócio da Vista Alegre. O resultado operacional do exercício de 2024 registou um decréscimo de 7,8% face ao período homólogo, situando-se nos 12,9 milhões de euros.

“Devido aos recentes investimentos realizados pelas empresas da Vista Alegre, as amortizações tiveram um aumento de 0,7 milhões de euros que impactou negativamente o resultado operacional”, explica a empresa. O Grupo Vista Alegre é constituído por 16 empresas e está dividido por quatro áreas de negócio: porcelana, faiança, grés e cristal e vidro manual.

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Associação Comercial do Porto parceira de rede mundial para aumentar exportações e relações com diáspora

A Associação Comercial do Porto junta-se à Rede das Câmaras de Comércio Portuguesas no Mundo para impulsionar exportações e posicionar ainda mais as empresas nortenhas no mapa internacional.

Atrair investimento direto para a região nortenha assim como reforçar as exportações e posicionar o tecido empresarial local como motor de crescimento da economia nacional; além de incrementar as relações económicas com a diáspora portuguesa. São estes os principais objetivos que estão na base do protocolo que a Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria (ACP-CCIP) assinou, nesta segunda-feira, com a Rede das Câmaras de Comércio Portuguesas no Mundo (RCCPM).

A cerimónia antecedeu o jantar anual de associados da ACP-CCIP, no Palácio da Bolsa, que teve o ex-CEO da Stellantis Carlos Tavares como convidado de honra, num momento de reflexão sobre o panorama empresarial português e internacional. A este propósito, Nuno Botelho, presidente da ACP-CCIP, chamou a atenção para o “contexto económico internacional instável” que se vive e aproveitou, por isso, a oportunidade para lançar um repto aos associados no sentido “de tirarem partido deste acordo para atração de investimento direto e criação de valor acrescentado dos produtos” portugueses.

Para Nuno Botelho, esta parceria com a RCCPM representa “um passo estratégico no cumprimento da missão de apoiar as empresas da região, promover a internacionalização e reforçar o papel do Porto como motor económico do país”.

Portugal precisa de desenvolver reformas necessárias à melhoria da competitividade e carece de uma sociedade civil mais forte e participativa.

Nuno Botelho

Presidente da Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria (ACP-CCIP)

Segundo o empresário, “este protocolo vai permitir estreitar laços com a diáspora, identificar oportunidades concretas de negócio e abrir novas portas à capacidade exportadora das empresas”, contribuindo ainda mais para “o empreendedorismo português”. Não deixou, contudo, de deixar um alerta: “Portugal precisa de desenvolver reformas necessárias à melhoria da competitividade e carece de uma sociedade civil mais forte e participativa“.

Também o presidente da RCCPM, Carlos Vinhas Pereira, realçou a importância deste acordo: “É uma etapa importante com vista a criar oportunidades para os nossos associados e empresários, desenvolver partilhas de know-how entre as nossas instituições e reforçar dinâmicas que permitam o crescimento da presença empresarial portuguesa nos mercados onde estamos presentes”.

O mapeamento de oportunidades de investimento e de negócio para as comunidades empresariais que fazem parte das duas instituições, bem como a realização de ações de promoção e de missões empresariais constituem mais alguns dos propósitos desta parceria.

Para levar a bom porto este desígnio, a ACP e a RCCPM vão criar um grupo de trabalho constituído por três representantes de cada uma das entidades.

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Benfica exerce direito de preferência sobre ações de Luís Filipe Vieira

  • ECO
  • 5 Maio 2025

O clube adianta que "tudo fará" para comprar as ações representativas de 3,28% do capital da SAD do Benfica, penhoradas a Luís Filipe Vieira, no leilão que deve decorrer nos próximos dias.

O Sport Lisboa e Benfica anunciou esta segunda-feira que vai exercer o direito de preferência das ações penhoradas, representativas de 3,28% do capital da SAD, detidas por Luís Filipe Vieira. O clube já comunicou “atempadamente ao tribunal competente o seu direito de preferência” no leilão que deve ter lugar nos próximos dias.

O Jornal de Negócios tinha avançado esta segunda-feira que o Novobanco – que penhorou estas ações em 2021 ao ex-presidente do clube encarnado – mandatou a casa de investimento espanhola JB Capital para realizar a operação. “O Sport Lisboa e Benfica reitera que tudo fará no superior interesse do clube para adquirir esse volume de ações”, acrescentam a nota do clube.

No total foram penhoradas 753.615 ações a Luís Filipe Vieira após uma providência cautelar na qual o banco reclamava o pagamento de 7,5 milhões de euros por um financiamento à Promovalor. Como a dívida não foi saldada, o Novobanco acionou as livranças pessoas dadas por Vieira, entre as quais estavam os títulos do clube.

As ações do Benfica fecharam a sessão desta segunda-feira a valer 3,95 euros, ou seja, o bloco de títulos que sobe a leilão deve valer cerca de 2,97 milhões de euros.

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ECO da Campanha. Terminados os debates, partidos metem a ‘carne no assador’

Antes de se fazerem à estrada, os líderes partidários ainda foram ao debate das rádios para o derradeiro confronto. PSD chama ex-líderes à campanha e Pedro Nuno avisa que vem aí o ‘diabo’ da recessão.

Depois do debate de ‘todos contra um’ no domingo à noite que fechou o ciclo de debates televisivos entre os principais protagonistas, a AD – Coligação PSD/CDS-PP acordou com uma sondagem animadora: a diferença entre as duas principais forças políticas nunca foi tão grande, com a coligação a alargar a vantagem sobre o PS para 8,7 pontos percentuais e afastando-se, assim, do cenário de empate técnico.

Mas antes de partirem para a estrada, naquele que foi o segundo confronto a oito em apenas 12 horas, desta vez transmitido pelas rádios, voltaram a ser todos contra o líder da AD, da gestão do apagão ao caso Spinumviva que provocou estas eleições antecipadas. Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos apenas estiveram alinhados em dois temas: no apelo ao voto útil e na disponibilidade para consensos na Justiça.

Ligados os motores da campanha, o presidente do PSD esteve à conversa com agricultores da região do Oeste, prometendo aliviar as regras burocráticas e tornar o setor mais autossustentável, reduzindo gradualmente o défice comercial, mas sem qualquer protecionismo e com acordo fechado com o Mercosul.

Na véspera de almoçar com ex-líderes do partido, ouviu André Ventura (Chega) dizer que “Portugal precisa de futuro” e que tal não se consegue “com históricos”. E Rui Rocha (IL) advertir que a campanha eleitoral não é o momento para “decidir coligações”, mas para discutir propostas. Como aquela de reduzir o número de funcionários administrativos que Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) considerou “perigosa”, com a bloquista a acusar a direita de ser uma ameaça para a escola pública.

Em Coruche, conhecida pela sua resistência antifascista, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, lembrou que a luta “ainda não acabou”, opondo-se à política “da loucura da guerra”.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, durante uma ação de campanha no âmbito das eleições legislativas, nas Avenidas Novas, em Lisboa.ANDRÉ KOSTERS/LUSA 5 maio, 2025

 

Tema quente

O que fará a direita se o PS ficar à frente?

“Era só o que faltava! Era só o que faltava!”. Foi esta a reação do secretário-geral socialista quando o presidente da Confederação do Turismo de Portugal o confrontou com o cenário de a direita chumbar um Governo do PS no provável cenário pós-eleitoral de haver uma maioria de direita no Parlamento.

Na resposta a Francisco Calheiros, durante um almoço da organização, Pedro Nuno Santos disse ter dado “todas as condições de governabilidade à AD” neste último ano, considerando que “ninguém do Governo, e muito menos o ainda primeiro-ministro, se pode queixar do PS” no que toca às condições de “estabilidade política ao país” que diz ter dado. O líder socialista diz ser “impensável” a AD não fazer o mesmo, caso isso esteja em cima da mesa no pós-eleições.

“Não é um favor ao Partido Socialista. É simplesmente respeitar o país. E já agora respeitar também, primeiro o país e os portugueses, e em segundo lugar um partido que quando estava na oposição deu estas condições de governabilidade à AD”, insistiu Pedro Nuno Santos, para quem é preciso “exigir que seja garantida estabilidade política” a seguir às eleições de 18 de maio, assim como “a reciprocidade ao PS”.

Pedro Nuno Santos participou num almoço da Confederação do Turismo de Portugal, liderada por Francisco CalheirosLusa

A figura

Aníbal Cavaco Silva

Depois de na semana passada, aos microfones da Renascença, ter dito que Luís Montenegro “não fica atrás de nenhum dos outros líderes partidários no que se refere à dimensão ética na vida política”, Aníbal Cavaco Silva voltou a entrar na campanha para defender que o líder da AD foi alvo de uma “campanha de suspeitas e insinuações” da oposição e de “alguma comunicação social”, centrada “em boa parte” na devassa da sua vida privada.

Num artigo de opinião publicado no Observador, o antigo primeiro-ministro (1985-1995) e ex-Presidente da República (2006-2016) reiterou a defesa da postura ética e moral do primeiro-ministro cessante e presidente do PSD, assim como da sua “superioridade” relativamente aos concorrentes “em matéria de competência técnica e política, de capacidade de liderança do Governo e de defesa dos interesses portugueses na União Europeia”. No final do debate das rádios, Montenegro agradeceu a “lucidez e discernimento da análise política” de Cavaco Silva.

 

A frase

"A direita pode estar a quatro lugares apenas – fazendo a transposição dos resultados para deputados – não de uma maioria de Governo, mas de uma maioria constitucional. Ou a esquerda tem clareza e mobiliza os votos progressistas e democráticos, ou podemos estar em face de uma situação que é constitucionalmente perigosa para o país.”

Rui Tavares

Porta-voz do Livre

A surpresa

De Passos a Rio, ex-líderes do PSD vão entrar na campanha

Já se sabia que, no dia do 51º aniversário do PSD, a coligação ia assinalar esta terça-feira a efeméride num mega jantar no Centro de Congressos de Lisboa. A novidade, pré-anunciada por Montenegro no final do debate das rádios e confirmada depois na nota de agenda enviada às redações, passa pela inclusão de um almoço na sede do partido com antigos presidentes do partido.

À mesa laranja e ao lado do candidato da AD, na São Caetano à Lapa, vão estar personalidades como Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Marques Mendes, Rui Rio, Manuela Ferreira Leite, Pedro Santana Lopes, Luís Filipe Menezes e Fernando Nogueira.

José Manuel Durão Barroso vai enviar uma mensagem, enquanto Francisco Pinto Balsemão e Rui Machete não poderão estar presentes por razões de saúde. Dos antigos líderes social-democratas ainda vivos, fica apenas a faltar Marcelo Rebelo de Sousa, a terminar o mandato como Presidente da República e que tem andado mais ‘resguardado’ no comentário político nesta fase de campanha eleitoral.

 

Prova dos 9

"Luís Montenegro deixa-nos uma economia a cair e um cenário macroeconómico completamente irrelevante – aliás, o crescimento económico para 2025 já vai ter de ser revisto em baixa. É o resultado do fracasso na governação.”

Pedro Nuno Santos

Secretário-geral do PS

O crescimento da economia portuguesa desacelerou para 1,6% no primeiro trimestre em termos homólogos, contra uma expansão do PIB de 2,8% nos três meses precedentes. O cenário traçado pelo INE fica mais cinzento quando a comparação é feita em cadeia. Aí, o PIB contraiu-se 0,5% no arranque do ano, após um crescimento de 1,4% no último trimestre de 2024, resultado do contributo nulo da procura interna (após ter sido positiva nos últimos três meses de 2024) e do contributo negativo da procura externa líquida.

Esta segunda-feira, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, atribuiu esta contração do PIB em cadeia aos níveis de crescimento registados nos três meses precedentes. “Não nos deve surpreender muito, porque o crescimento em cadeia do quarto trimestre foi o mais elevado desde a entrada no euro, com exceção da pandemia”, referiu durante um almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, embora aludindo a “alguma desaceleração do investimento em construção” e assinalando o impacto do abrandamento do consumo privado.

No Orçamento do Estado para 2025, o Governo estimou um crescimento de 2,1% este ano, que no cenário macroeconómico inscrito pela AD no programa eleitoral foi ‘revisto em alta’ para 2,4% e é mais otimista do que o desenhado pelo PS. No debate de domingo à noite, Montenegro garantiu que o país tem “todas as condições para chegar ao final do ano com [estas] estimativas cumpridas”, confiando no impacto que as medidas a implementar terão nesta “ambição” para o crescimento. No entanto, ainda que este arrefecimento não seja (apenas) resultado do “fracasso na governação”, como reclama Pedro Nuno Santos, no horizonte há demasiadas nuvens negras e que deverão ‘ensombrar’ a performance macroeconómica para 2025.

A conjuntura internacional levanta desafios, particularmente devido à política comercial da Administração Trump. Este fator tem sido apontado pela generalidade das instituições como de risco para o crescimento mundial, o que terá impacto para Portugal — mesmo que indiretamente, como através de uma menor procura dos principais parceiros comerciais.

O FMI cortou recentemente a expansão do PIB mundial para 2,8% este ano, face aos 3,3% que apontou em janeiro, e para 0,8% o da Zona Euro, menos duas décimas do que projetava anteriormente. Para já, o efeito Trump já se sente nos EUA. A economia americana registou uma contração de 0,3% no primeiro trimestre, pela primeira vez em três anos. E o cenário pode agudizar-se se as tarifas americanas (atualmente suspensas) avançarem.

Conclusão: incerto.

 

Norte-Sul

Depois de todos os partidos com representação parlamentar terem arrancado a manhã no debate das rádios, Montenegro seguiu para um almoço com agricultores na Adega Cooperativa da Vermelha (Cadaval) e para um comício na Guarda ao final da tarde, terminando o dia com um jantar na NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda.

Pedro Nuno Santos participou num almoço com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e viu a previsão de chuva anular um contacto com a população em Viseu, substituído por um comício na Aula Magna do Instituto Politécnico.

André Ventura (Chega) realizou uma arruada no mercado municipal de Santarém, Rui Rocha (Iniciativa Liberal) ficou em Lisboa para ações de campanha junto ao Campo Pequeno, terminando com um jantar na Casa do Alentejo.

À esquerda, Mariana Mortágua e Rui Tavares também ficaram na capital – a bloquista visitou a Escola Básica Nuno Gonçalves e o porta-voz do Livre contactou com a população no Cais do Sodré, enquanto Paulo Raimundo (CDU) rumou a Coruche para um almoço com reformados e termina o dia em Sines.

Inês de Sousa Real foi a única a rumar a Norte para ações de campanha no Mercado do Bolhão (Porto).

O presidente do PSD, Luís Montenegro, durante uma visita à Adega Cooperativa da Vermelha (Cadaval) no âmbito da campanha para as eleições legislativas.MIGUEL A. LOPES/LUSA 5 maio, 2025

 

Na agenda de terça-feira, Luís Montenegro tem previsto contactos com a população em Sintra, o tal almoço com ex-líderes do PSD na sede nacional e o “grande jantar” do 51.º aniversário do PSD, no Centro de Congressos de Lisboa.

Com cinco momentos na agenda socialista, Pedro Nuno Santos começará o dia com uma visita ao mercado municipal de Leiria, cidade onde voltará para um almoço com estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) logo após visitar na Marinha Grande a empresa Aníbal H. Abrantes.

A meio da tarde visitará as oficinas do Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, e termina o dia com um comício em Santarém.

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Sai Marques Mendes e entra José Luís Arnaut na Vista Alegre

  • ECO
  • 5 Maio 2025

A Visabeira Indústria propôs José Luís Arnaut para próximo presidente da mesa da assembleia-geral da Vista Alegre. Nome será votado na assembleia-geral marcada para 27 de maio.

José Luís Arnaut vai substituir Luís Marques Mendes como presidente da mesa da assembleia geral da Vista Alegre durante o mandato de 2025, segundo um comunicado enviado esta segunda-feira ao mercado. O ex-líder do PSD renunciou a este cargo no grupo de Ílhavo, detido pela Visabeira e Cristiano Ronaldo, a 12 de fevereiro deste ano, com efeitos imediatos, para assumir a candidatura a Belém.

“Ambos os candidatos a membros da Mesa da Assembleia Geral (presidente e secretário) declararam cumprir os requisitos de independência definidos na lei, não tendo nenhum deles igualmente indicado qualquer situação de incompatibilidade por referência ao disposto nos artigos 374.º-A e 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais”, lê-se no relatório.

Licenciado em Direito, José Luís Arnaut desempenha o cargo que vai assumir na Vista Alegre em mais quatro empresas: Siemens (desde 2014), Tabaqueira (desde 2027), Super Bock Group (desde 2019) e Portway (desde 2013).

Presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal desde 2018, Arnaut acumula ainda o cargo de administrador da REN desde 2012.

O advogado fundou em 2002 a sociedade de advogados CMS, na qual desempenha o cargo de managing partner. É ainda membro do Comité Executivo da CMS Legal Services EEIG e do Conselho Consultivo Internacional da Goldman Sachs International. É ainda membro do Financial Advisory Board do European Patent Office desde 2017 e membro do Conselho de Opinião da RTP desde Março 2023;

Em termos de funções públicas, foi ministro-adjunto do primeiro-ministro Durão Barroso na Presidência do Conselho, XV Governo Constitucional (2003-2005); ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional do XVI Governo Constitucional (2004-2005); e membro do Parlamento (1999-2011).

Os acionistas da Vista Alegre votam, na assembleia-geral de 27 de maio, também o conselho de administração que mantém Nuno Terras Marques como presidente e os vice-presidentes – Paulo Lourenço Pires, Nuno Barra e Teodorico Pais.

Inalterado fica também a restante equipa da administração, que inclui Luís Poiares Maduro, Celine Abecassis Moedas, Nuno Thomaz, Alexandra Lopes, Alda Costa, Carlos Garcia da Costa, Cristina Lopes, Fernando Nunes, Maria Isabel Fernandes e Tiago Craveiro.

(Notícia atualizada às 20h09)

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Warren Buffet mantém-se como presidente da Administração da Berkshire Hathaway

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

A partir de 1 de janeiro de 2026, o investidor Warren Buffet permanecerá como presidente do Conselho de Administração, enquanto o atual vice-presidente do grupo, Greg Abel, passa a presidente.

Warren Buffett, de 94 anos, vai manter-se como presidente do Conselho de Administração da Berkshire Hathaway, após deixar o cargo de presidente executivo no final do ano.

A partir de 1 de janeiro de 2026, o investidor norte-americano Warren Buffet permanecerá como presidente do Conselho de Administração, enquanto o atual vice-presidente do grupo, Greg Abel, passa a presidente executivo.

Esta decisão foi anunciada num encontro com os acionistas, que decorreu no domingo, em Omaha, no Nebraska.

Chegou a hora de Greg [Abel, já antes apontado como seu sucessor] se tornar presidente executivo da empresa no final do ano”, disse, no domingo, o multimilionário.

Os únicos membros do conselho que sabiam da sua intenção, referiu o empresário, eram os seus dois filhos, Howard e Susie Buffett, e até Greg Abel, que estava sentado ao lado de Buffett no palco, não tinha sido avisado.

O Conselho de Administração aprovou, por unanimidade, a escolha de Greg Abel, de 62 anos.

O encontro de acionistas da Berkshire Hathaway atrai cerca de 40 mil pessoas todos os anos que querem ouvir Buffett, incluindo algumas celebridades e investidores conhecidos.

O grupo Berkshire Hathaway, avaliado em mais de um bilião de dólares, atua em vários segmentos de negócio como seguros, transportes, serviços públicos, energia, produtos para a construção ou vestuário.

O conglomerado detém ações em empresas como a Coca-Cola, Bank of America, Chevron e American Express.

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Fidelidade apoia a FCUL na criação de novo laboratório

  • ECO Seguros
  • 5 Maio 2025

O apoio da seguradora inclui o investimento na renovação do espaço, aquisição de equipamento, mobiliário e tecnologia bem como a instalação de novas infraestruturas.

A Fidelidade celebrou um protocolo de mecenato com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), com vista à criação do DataLab powered by Fidelidade. Segundo avançou a seguradora em comunicado, o novo laboratório será dedicado à análise e analítica de dados, estando também preparado para acolher seminários, workshops e outros eventos científicos, com especial foco nas áreas de Matemática Aplicada, Estatística e Analítica Avançada.

Luís Carriço, diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, assinam protocolo para a criação do DataLab powered by Fidelidade

O apoio da seguradora inclui o investimento na renovação do espaço, aquisição de equipamento, mobiliário e tecnologia de apoio ao funcionamento do laboratório, bem como a instalação de novas infraestruturas elétricas.

De acordo com a companhia, “este investimento pretende contribuir para a criação de conhecimento e valor nas empresas e na sociedade”.

“Na Fidelidade, o conhecimento e a transferência de tecnologia são pilares fundamentais do nosso compromisso de responsabilidade social. Ao reforçarmos a ligação ao mundo académico, queremos impulsionar soluções inovadoras que nos ajudem a enfrentar os desafios do futuro e da longevidade” refere Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, citado no comunicado,

Também o diretor da FCUL, Professor Luís Carriço, destaca a importância da colaboração entre o meio académico e empresarial: “É mais do que tempo de a academia olhar para as empresas como parceiras para potenciar a formação avançada, a inovação, o conhecimento e, em última instância, a evolução da ciência e da sociedade. Com este protocolo, juntamos forças com a Fidelidade, fortalecendo uma relação próxima e dinâmica, fundamental para a Faculdade cumprir esses objetivos”.

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Secretário do Tesouro garante que economia americana é “imparável”

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

“De cada vez que a economia americana é atingida, recupera mais forte do que estava antes”, afirmou o Secretário do Tesouro dos EUA.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse esta segunda-feira que a economia norte-americana é “imparável” e que apostar contra a América continua a ser um erro de investimento. “De cada vez que a economia americana é atingida, recupera mais forte do que estava antes”, afirmou o responsável da administração de Donald Trump, no arranque da Conferência Global do Milken Institute, que decorre em Los Angeles.

“Os mercados norte-americanos são anti-frágeis”, continuou o governante. “No horizonte de longo prazo, nunca é um mau momento para investir na América, mas especialmente agora”, defendeu. Bessent, cujo cargo equivale a ministro das Finanças, reiterou a promessa de Donald Trump de que os EUA estão a entrar “numa nova era dourada de prosperidade económica” e que o Presidente tornará o país mais “apelativo” para os investidores.

As declarações acontecem num momento de tumulto nos mercados financeiros devido ao efeito das tarifas lançadas pela administração, receios de recessão e uma contração de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. O dólar também enfraqueceu nas últimas semanas.

“Conseguir melhores condições nas trocas comerciais não é sempre uma linha reta, não é sempre um processo agradável”, admitiu Bessent. “Mas penso que, no final, as relações comerciais vão ser mais fortes e a nossa segurança e laços de valores vão continuar”, concluiu.

O secretário do Tesouro elogiou o acordo de minerais estratégicos conseguido entre os EUA e a Ucrânia e disse que foi uma ideia desenhada e executada pelo Presidente Trump, que será benéfica para ambos os países e será uma vantagem nas negociações com a Rússia. Também prometeu desregulação em setores como a energia e banca e afirmou que o objetivo é criar “o melhor ambiente para taxas de juro estáveis”, desvalorizando a instabilidade repentina dos mercados.

“Estamos a tentar regressar ao crescimento não inflacionário do primeiro mandato de Trump”, descreveu. “Se conseguirmos eliminar o risco de crédito do governo dos EUA, as taxas vão baixar”, considerou, estabelecendo o propósito de “voltar a privatizar a economia americana” e reduzir o défice ao ritmo de 1% por ano.

Multimilionário com 40 anos de atividade no negócio de gestão de ativos, Bessent frisou que o seu foco será criar as condições para que todos os norte-americanos tenham oportunidades de sucesso, sejam filhos de mineiros ou de médicos. “Precisamos de crença no sistema e continuar a garantir que ele funciona. Esse é o sonho americano”, realçou.

A Global Conference do Milken Institute decorre até quarta-feira, 7 de maio, no Beverly Hilton em Los Angeles. Terá um grande foco na atual situação económica e financeira no mundo, incluindo discussões sobre os mercados de capital globais e uma sessão com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva.

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Apagão. “Nenhum elemento” aponta nesta fase para energias renováveis, avança operador francês

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

A RTE admitiu que a energia eólica e solar, que cobria imediatamente antes do apagão cerca de 70% da produção elétrica espanhola, era “significativa, mas não inédita”.

O operador da rede elétrica de alta tensão francesa (RTE) afirmou esta segunda-feira não dispor de elementos que indiquem que as energias renováveis foram “a causa do apagão” em Espanha e Portugal, ainda inexplicado.

A RTE admitiu que a energia eólica e solar, que cobria imediatamente antes do apagão cerca de 70% da produção elétrica espanhola, era “significativa, mas não inédita”, uma vez que “tais configurações” tinham já sido atingidas antes em 2024 e 2025.

O operador da rede divulgou no site da Internet um documento sob a forma de 20 perguntas e respostas, algumas das quais destinadas a desmentir as numerosas notícias falsas que circulavam nas redes (incêndios, condições atmosféricas, etc.), ao passo que outras tinham por objetivo relativizar algumas hipóteses aventadas.

Desde o apagão, a 28 de abril, as energias renováveis foram acusadas por alguns partidos políticos espanhóis de serem responsáveis por um desequilíbrio entre a oferta e a procura de eletricidade, uma vez que o operador da rede não tem qualquer controlo sobre a quantidade de horas de sol ou a intensidade do vento.

Mas os respetivos operadores lembraram que, nos apagões anteriores, os problemas tiveram frequentemente origem na rede de distribuição e não nas centrais de produção. O operador francês considerou igualmente que os resultados das investigações realizadas à escala europeia “não serão conhecidos nos próximos dias”.

Estas terão, em particular, de “analisar em que medida a elevada percentagem de energias renováveis pode ter contribuído para a propagação do incidente”. Um grupo de especialistas, formado pela Rede Europeia de Operadores de Sistemas de Distribuição (ENTSO-E), vai investigar o incidente, indicou hoje a Agência Europeia de Cooperação dos Reguladores da Energia (ACER).

Segundo a RTE, a legislação europeia estabelece um prazo de seis meses para a apresentação de conclusões completas. Após o apagão, França conseguiu reinjetar gradualmente até dois Gigawatts na rede espanhola. Seis interconexões ligam os dois países.

Está atualmente em construção uma nova linha no golfo da Biscaia, maioritariamente submarina, que aumentará a capacidade de intercâmbio entre os dois países de 2,8 para cinco Gigawatts até 2028, o que permitirá assim reduzir o isolamento elétrico da Península Ibérica.

No domingo, a ministra da Transição Ecológica espanhola, Sara Aagesen, sublinhou que “França tem de tomar consciência de que as ligações têm de ser feitas, aconteça o que acontecer”, acrescentando que, por razões ambientais, França vê com maus olhos a instalação de duas novas interligações através dos Pirenéus.

A RTE afirmou estar “pronta a trabalhar com (…) os homólogos espanhóis e portugueses”, mas insistiu “na necessidade de reforçar em paralelo a rede francesa, para garantir a exploração segura das interligações a longo prazo”.

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